Alisantes naturais para cabelo: esclareça suas dúvidas
A tendência de minimizar a exposição a produtos químicos tem aumentado a busca por opções de alisantes naturais para cabelo.
Estrutura do cabelo
De forma simplificada, o fio de cabelo pode ser dividido em duas partes e três camadas.
As duas partes são o folículo piloso e a haste capilar.
O folículo piloso é a porção do fio que fica pra dentro da pele do couro cabeludo.
Ela é uma estrutura ativa, responsável pelo crescimento do cabelo.
Na base do folículo está o bulbo capilar ou raiz do cabelo. Nesse local, existem células que se proliferam em fluxo ascendente.
Essa proliferação é responsável pelo crescimento do fio.
Conforme as células vão subindo em direção ao meio externo, elas vão sendo preenchidas de proteína queratina.
A queratina é o principal componente da fibra capilar, sendo responsável por 65% a 95% do fio. O restante é formado por outras proteínas, água, lipídios, pigmento e oligoelementos.
Uma vez que o fio deixa o couro cabeludo, ela passa a se chamar haste capilar.
A haste capilar é a parte mais longa do fio, sendo constituída por células completamente queratinizadas e, portanto, mortas.
Dessa forma, a parte do fio de cabelo que fica visível, ou seja, a haste capilar, é uma estrutura inerte, sem vida.
Como um todo, o fio pode ser dividido em camadas que de fora para dentro são: cutícula, córtex e medula.
O córtex é a maior dessas camadas, sendo responsável pela maior parte das propriedades e características do fio.
Ao se utilizar alisantes naturais para cabelo ou outras químicas, o objetivo é sempre o de alterar a estrutura original dos fios.
Como funciona o alisamento capilar?
O alisamento promove a quebra temporária ou permanente das ligações químicas que mantêm a estrutura tridimensional do fio.
Em seguida, ele promove o realinhamento dessas ligações já no formato liso, para então realizar a fixação da nova forma.
A duração do efeito liso depende do tipo de ligações químicas que foram alteradas.
No caso de alisamentos com fontes de calor como secador e prancha, o efeito só dura até a lavagem seguinte.
Isso porque a água e o calor atuam apenas em ligações químicas fracas, no caso as pontes de hidrogênio.
Ao molhar novamente os cabelos, essas ligações voltam a se quebrar, fazendo com que o formato promovido pela escova ou chapinha volte ao que era inicialmente.
Já o alisamento permanente dos cabelos, como alisantes químicos como o relaxamento, causa alterações nas pontes de dissulfeto, ligações fortes entre moléculas contendo enxofre, existentes na queratina.
As ligações dissulfeto são as principais responsáveis pelo formato do fio.
Ao realinhar essas ligações, o fio adquire um novo formato, dessa vez de forma permanente.
Esse tipo de técnica, entretanto, afeta apenas a porção do fio em que ela é aplicada.
Portanto, o cabelo novo que vem depois mantém o formato original.
Por isso, o alisamento costuma ser repetido a cada 4 a 6 semanas.
Ainda que a haste capilar seja uma estrutura morta, o uso recorrente de tratamentos químicos faz com que ela acumule danos.
Com o objetivo de agredir menos os fios, tem-se observado uma crescente buscam por alternativas de alisantes naturais para cabelos.
Apesar de naturais, essas opções nem sempre são as mais seguras ou eficientes para atender às expectativas iniciais.
Receitas de alisantes naturais para cabelo
Na internet, existem diversas receitas de alisantes naturais para cabelo.
Uma parte delas diz respeito a técnicas para se fazer em casa para que os fios fiquem mais lisos.
Entre elas, estão:
- touca alisadora: após lavar e retirar o excesso de água, se divide os cabelos em duas tranças laterais e o prende com amarradores de cabelos. Depois enrola-se em um pano de seda antes de amarrar com grampos para formar uma touca;
- tranças romanas: após lavar e retirar o excesso de umidade, o cabelo é dividido em 4 partes. Dessas partes são feitas 4 tranças que são fixadas ao redor da cabeça formando um aro. O penteado é mantido durante toda a noite para ser desfeito pela manhã;
- bobes ou rolos de cabelo: método mais popular, consiste em prender bobes ao longo do fio úmido e deixar secar.
Já as receitas com alisantes naturais mais populares são:
- touca de leite de coco com suco de limão;
- óleo de rícino e óleo de coco aquecidos;
- banho de leite;
- máscara de ovo, iogurte, mel e azeite;
- máscara de banana e mamão.
Quais os riscos de se usar alisantes naturais para cabelo?
Apesar de parecerem seguros por serem hábitos ou itens caseiros usados no dia a dia, esses métodos podem gerar complicações.
A fórmula de limão com coco, por exemplo. O limão contém furocumarinas, substâncias que quando expostas ao Sol podem provocar queimaduras graves.
Por sua vez, o leite de coco pode agravar quadros de dermatite do couro cabeludo e por conseguinte, a queda de cabelo.
O risco de queimadura também é um problemas de se usar a receita com os óleos aquecidos como alisantes.
Além disso, quase todas os hábitos ou substâncias oleosas existentes nas receitas contribuem para o aumento da oleosidade e proliferação de fungos no couro cabeludo.
Essas condições são frequentemente associadas a quadros de inflamação no couro e queda.
Além disso, é importante destacar que nenhuma das fórmulas tem respaldo científico nem teste de compatibilidade com os diferentes tipos de cabelo, couro cabeludo e organismo.
Qual o alisante de cabelos mais adequado?
Além de não apresentar resultados satisfatórios como alisante, as técnicas caseiras ainda podem ser perigosas e causar danos aos cabelos.
Por outro lado, existem técnicas de alisamento seguras e eficientes.
Assim, o ideal é que se busque por um profissional capacitado para realizar o procedimento.
Ainda que procedimentos químicos apresentem riscos, eles podem ser minimizados pela escolha correta do produto e da técnica.
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Dr. Nilton de Ávila Reis
CRM: 115852/SP | RQE 32621