O que fazer para manter o cabelo da gravidez?
Existem muitas dúvidas sobre o comportamento do cabelo após gravidez.
A mais frequente delas é sobre a queda de cabelo que ocorre após o parto.
Mas outra questão também importante é quando procurar uma avaliação com um médico especialista.
Por que o cabelo fica bonito durante a gravidez?
Na gestação, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças.
Boa parte delas ocorrem devido a alterações hormonais decorrentes da gravidez.
Dois hormônios sexuais femininos são especialmente importantes nessa fase: o estrógeno e a progesterona.
Queda de cabelo na gravidez
O aumento da progesterona e estrogênio na gestação promove mudanças também no cabelo.
A primeira delas diz respeito à queda.
Os hormônios da gravidez são capazes de alterar o ciclo de renovação capilar.
Esse ciclo é dividido em 4 fases:
- anágena: período de maior crescimento do fio e também a fase mais longa do ciclo;
- catágena: caracterizada pela involução do folículo com atrofia da raiz e preparo para queda;
- telógena: fase de repouso na qual o fio para de crescer e cai por falta de sustentação da raiz;
- quenógena: intervalo entre o desprendimento do fio em fase telógena e substituição por um fio novo. Essa fase termina quando o novo fio entra em fase anágena e recomeça o ciclo.
Em um paciente saudável a média de fios na fase anágena ou de crescimento fica em torno de 80 a 90%.
Por outro lado, a quantidade de fios em fase telógena (de queda) varia entre 5 e 20%.
Nas gestantes, no entanto, esse valor pode ficar abaixo de 5%.
O motivo da redução drástica de fios na fase de queda durante a gravidez tem associação com as mudanças hormonais.
Os hormônios da gravidez prolongam o tempo de duração da anágena, ou seja, de crescimento do cabelo.
Por isso, os cabelos costumam ficar mais longos durante a gestação.
Além disso, ao segurar os fios em fase anágena, a gravidez também promove uma redução proporcional de fios na fase telógena, diminuindo a queda.
Dessa forma, é incomum ter queda capilar nesse período.
Espessura e volume do cabelo
Os hormônios da gestação não alteram apenas o ciclo e comprimento do fio de cabelo.
De acordo com estudos científicos, eles também são capazes de aumentar o calibre do fio.
O ganho de massa capilar na gestação é o responsável pela percepção de cabelos mais cheios.
Portanto, além de cair menos, os cabelos se tornam mais longos, fortes e volumosos na gravidez.
Queda de cabelo após gravidez
Após o parto, os níveis hormonais regridem ao normal.
Essa redução acentuada de hormônios no puerpério reflete nos cabelos.
Uma das mudanças mais marcantes dessa fase é justamente a queda capilar.
A razão para ver o cabelo caindo muito após o bebê nascer é simples.
Durante a gestação, os hormônios aumentados seguram os fios.
Ao nascer o bebê, esses hormônios diminuem e voltam aos níveis normais.
Assim, os fios que não caiam na gestação por causa deles passam a cair.
Ou seja, a queda de cabelo após gravidez nada mais é do que um ajuste.
Com as mudanças fisiológicas após o parto, os fios que estavam na fase anágena estendida entram na fase telógena.
Dessa forma, há uma queda de cabelo após gravidez mais acentuada se comparada com os parâmetros pré-gestação.
Apesar de drástica, a queda tende a normalizar entre 6 e 12 meses após o parto.
Trata-se, portanto, de uma queda temporária.
Em alguns casos, no entanto, o cabelo pode continuar caindo por mais tempo.
O quadro, conhecido como eflúvio telógeno crônico, tem diversas causas.
Durante a amamentação, por exemplo, a mulher tem maior tendência a apresentar déficit de ferro e vitamina D.
A falta de ferro, por sua vez, está associada a quadros de anemia e pode intensificar a queda de cabelo após gravidez.
Portanto, é importante ter acompanhamento com um especialista nesse período.
O médico vai pedir exames para avaliar os níveis desses nutrientes e, se necessário, suplementar.
Por que meu cabelo após a gravidez não voltou a ser como antes ?
A queda de cabelo após o parto é chamada de eflúvio telógeno. Essa condição consiste na entrada de uma grande quantidade de fios simultaneamente na fase telógena.
Apesar desse quadro gerar ansiedade e preocupação nas mulheres, ele é passageiro.
Quando não associada a outros fatores como, por exemplo, déficit nutricional, estresse ou medicação, a queda de cabelo após gravidez costuma normalizar dentro de alguns meses.
Mas não é só isso.
Uma outra queixa frequente de mulheres após o parto é o fato do cabelo não voltar a ser o mesmo de antes da gestação.
Nesse caso, a mudança do cabelo após gravidez pode ser um indício de algo mais sério.
Alopecia feminina
A alopecia androgenética é um tipo de perda de cabelo que acomete homens e mulheres.
Em pessoas predispostas, hormônios masculinos como a testosterona e a diidrotestosterona (DHT) promovem a atrofia progressiva dos folículos pilosos.
A condição afeta mais frequentemente os homens, sendo a principal causa de calvície masculina.
Mas as mulheres também podem apresentar alopecia androgenética.
O quadro é mais evidente após a menopausa em decorrência da diminuição de hormônios femininos.
Isso não significa, no entanto, que mulheres mais jovens não apresentam sinais de alopecia.
Muito pelo contrário, a alopecia pode se manifestar em meninas e mulheres de qualquer idade após a primeira menstruação.
Além de menos frequente, a alopecia feminina costuma ser mais lenta e difusa do que nos homens.
Muitas mulheres conseguem perceber esse afinamento através da mudança de aspecto do fio.
Algumas relatam fios mais ressecados, porosos, sem formato definido, mais fracos ou simplesmente diferentes.
Na alopecia, os fios que substituem os que caíram vêm cada vez mais finos e curtos.
Esse processo, conhecido como miniaturização, é típico da alopecia androgenética.
Gravidez e alopecia
A gravidez é um divisor de águas para mulheres com alopecia.
Durante a gestação, mulheres com alopecia têm uma melhora significativa dos cabelos.
No entanto, a queda de cabelo após gravidez pode agravar muito o quadro.
Isso porque geralmente há uma grande quantidade de fios que caem durante o período de amamentação .
Em mulheres com alopecia, ao caírem, há substituição desses fios por fios miniaturizados, ou seja, mais finos do que os de antes de ficarem grávidas.
Portanto, mudanças do cabelo após gravidez podem ser um indicativo de alopecia androgenética.
Esse é o caso, por exemplo, de fios com forma diferente, perda de volume e alteração na densidade.
Então, atenção! Se o cabelo que está nascendo está mais fino do que o normal, é preciso investigar alopecia feminina.
Como usar a gravidez para melhorar o cabelo?
Fisiologicamente, a gravidez é o processo mais eficaz para melhorar o aspecto do cabelo.
Durante a gestação, o cabelo aumenta em quantidade, volume e comprimento.
No entanto, as mudanças hormonais do pós-parto podem levar à acentuada queda de cabelo após gravidez.
Por se tratar de um processo hormonal natural, infelizmente não se consegue prevenir essa queda de cabelo após gravidez.
Mesmo assim, ela pode ser muito útil para o tratamento de mulheres com alopecia.
Isso porque ao caírem, os fios passam a ficar mais finos ou mais grossos, dependendo do estímulo que recebem.
Se não tratados, os fios naturalmente sofrem miniaturização, ou seja, ficam mais finos e curtos.
Por outro lado, se a mulher faz um tratamento capilar adequado, a queda serve de trampolim para os fios voltarem ainda mais fortes do que os da gravidez.
Ou seja, a queda de cabelo após gravidez é uma faca de dois gumes, pois ela pode melhorar ou piorar muito a alopecia feminina.
A evolução depende basicamente da decisão da mulher em tratar ou não a alopecia nesse período.
Quando procurar um médico especialista após o parto?
A queda de cabelo após gravidez é uma resposta fisiológica natural decorrente das mudanças hormonais vividas pela mulher.
Portanto, não tem como impedir que ela ocorra.
Apesar disso, se a queda de cabelo após gravidez estiver excessiva, é importante buscar auxílio médico especializado.
Isso porque ela pode ter relação com outros fatores, como déficit de ferro, vitamina D ou mesmo outros hormônios.
Além disso, o tratamento com um médico especialista em cabelos também é fundamental para mulheres com alopecia.
Isso porque após a gravidez, se a alopecia feminina não for tratada, ela pode agravar o quadro da paciente e tornar a resposta aos tratamentos menos eficientes.
A recomendação é para a mulher iniciar ou retomar tratamentos capilares já no puerpério, ou seja, nos primeiros 45 dias após o parto.
Dessa forma, torna-se possível fazer com que os ganhos capilares obtidos durante a gestação possam ser mantidos ou até melhorados.
Assim, um acompanhamento especializado imediato é essencial para um bom resultado do tratamento capilar.
Dr. Nilton de Ávila Reis
CRM: 115852/SP | RQE 32621
Tenho muito problemas de queda de cabelo estou com meu cabelo acabado na verdade desde que eu fiquei adolescente nunca mais o meu cabelo ficou bom sempre caiu ele nasce até bastante mas ele cai muito deixando as pontas do cabelo muito ralo o couro cabeludo não tem falhas mas as pontas São ralinha