Como reverter a calvície com remédios e outros tratamentos?
Ao contrário do que se acreditava no passado, hoje em dia é possível se reverter a calvície, mesmo genética.
O processo, no entanto, não é tão simples e rápido assim.
Para reverter a calvície pode ser necessário utilizar diversos recursos terapêuticos como medicamentos orais, tópicos, tecnologias e até cirurgia.
Os resultados do tratamento também são variáveis, com chances de recuperar o cabelo proporcionais ao grau de evolução da alopecia.
O que causa calvície?
A calvície é a perda de cabelo no couro cabeludo.
No meio científico, o termo mais comum para designar essa falta de cabelo é alopecia.
Existem algumas possíveis causas para calvície como, por exemplo, genética, doenças inflamatórias, autoimunes, congênitas, queimaduras e traumas.
Dentre elas, a alopecia androgenética é de longe a forma mais frequente de perda capilar em homens e mulheres.
Estima-se que a calvície hereditária acometa até 85% dos homens e 60% das mulheres em alguma fase da vida.
No público feminino, a condição se manifesta especialmente após a menopausa devido às alterações hormonais.
Além da idade de início, a apresentação clínica da calvície masculina e feminina também é diferente.
Os homens geralmente perdem o cabelo somente no topo da cabeça, preservando as laterais e a nuca. Já nas mulheres, a queda de cabelo costuma ser difusa.
Em ambos os casos, no entanto, é possível reverter a calvície.
Para entender melhor o processo, é preciso antes saber um pouco mais sobre essa patologia.
Alopecia androgenética
Como o próprio nome sugere, a alopecia androgenética é uma perda de cabelo com participação de fatores hormonais e genéticos.
Os principais hormônios da calvície são a testosterona e a di-hidrotestosterona (DHT), ambos andrógenos, ou seja, masculinos.
Além dos hormônios masculinos, na mulher também se admite a colaboração do estrógeno e progesterona.
Ao contrário dos andrógenos, no entanto, esses hormônios sexuais femininos tendem a se contrapor à evolução da calvície.
Até por isso, o cabelo da mulher com alopecia melhora na gestação e piora após a menopausa.
Por sua vez, a hereditariedade é um outro fator significativo no desenvolvimento da calvície. Sozinha ela responde por aproximadamente 70 a 80% das chances de alguém ficar calvo.
Em pacientes com a tendência familiar, mesmo níveis normais de hormônios masculinos podem levar à perda capilar.
A alopecia também pode se manifestar em pessoas sem histórico familiar, especialmente se houver reposição hormonal ou uso de anabolizantes.
Seja pelo fator genético ou hormonal, o mecanismo da alopecia é o mesmo: a miniaturização do folículo capilar.
Através desse processo, a cada ciclo, o fio torna-se mais curto e fino até desaparecer.
O afinamento do cabelo na alopecia ocorre devido à ação do DHT e da testosterona no folículo.
Com o tempo, o resultado final é a perda da densidade e volume capilar.
Como reverter a calvície?
A perda de cabelo na alopecia androgenética ocorre devido à involução progressiva do folículo pela miniaturização.
Dessa forma, para reverter a calvície é preciso tanto interromper sua evolução quanto recuperar o bulbo capilar.
Há alguns medicamentos capazes de reduzir o ritmo de afinamento do cabelo. Esse é o caso, por exemplo, da finasterida e dutasterida para homens e dos anticoncepcionais para mulheres.
Mas não basta apenas desacelerar a calvície, para recuperar o cabelo perdido também é necessário estimular o crescimento do folículo. Dentre os recursos com essa função estão o minoxidil, oral ou tópico, e o laser capilar.
Para conseguir bons resultados e reverter a calvície, geralmente associam-se esse e outros tratamentos.
Isso porque o uso concomitante de diversas formas de terapia capilar potencializa a capacidade de recuperar o bulbo.
Além disso, a manutenção dessas duas vertentes do tratamento é fundamental para preservar o resultado. Pois não adianta apenas recuperar o cabelo perdido. Se não houver uma continuidade, os fios voltam a afinar e o cabelo vai gradualmente ficando mais ralo novamente.
Por isso se diz que se perde os efeitos do minoxidil quando há interrupção do seu uso.
Na verdade, isso não é só com o minoxidil. Qualquer tratamento para reverter a calvície precisa de um seguimento com medicamentos que travem o processo de miniaturização.
Caso contrário, os resultados não se sustentam.
Outros supostos tratamentos para reverter a calvície
Além dos medicamentos e tecnologias com regulamentação nas agências de saúde, também há uma infinidade de outros postulantes no mercado.
Parte desses compostos se dizem supostamente capazes de bloquear a progressão da calvície. Nessa linha encontram-se: Saw Palmetto, androtase, pirilutamida, bioex, alfaestradiol, clascoterona, Capilia longa, bicalutamida, sfingoni e actrisave.
Já a lista de procedimentos e ativos com proposta de promover crescimento capilar é ainda maior.
Alguns exemplos incluem mesoterapia, MMP, PRP (plasma rico em plaquetas), microagulhamento, laser fracionado, latanoprost, auxina tricógena, aminexil e stemoxydine.
Quais são as chances de reverter a calvície?
Muitas pessoas perguntam se é possível voltar a ter cabelo.
Com os tratamentos atuais, realmente há uma boa possibilidade de reverter a calvície.
Entretanto, nem sempre isso é possível através de medicamentos ou tecnologias.
Em casos muito avançados de alopecia, por exemplo, restam apenas as opções do transplante cirúrgico ou das próteses capilares.
Mas como saber se ainda é possível reverter a calvície?
Para responder essa questão, trabalhos científicos vêm buscando parâmetros para servir de referência aos médicos.
De acordo com os pesquisadores, os principais critérios para definir se é possível recuperar o cabelo perdido são:
- proporção de fios finos e curtos;
- conexão do músculo eretor ao pelo.
Quantidade de pelos velus
A miniaturização, característica da alopecia androgenética, leva à progressiva redução da espessura e comprimento do fio até sua extinção.
Esses cabelinhos finos e curtos são cientificamente chamados de velus.
Abundantes em bebês, os pelos velus diminuem drasticamente na idade adulta. Por isso, o aumento na quantidade de pelos miniaturizados é um sinal evidente de calvície.
Além de ajudar no diagnóstico, os pelos velus também determinam o prognóstico, ou seja, as chances de reverter a calvície.
Para mensurar a quantidade desses fios no couro, o médico pode dispor de 3 exames: tricograma, biópsia ou tricoscopia.
Atualmente o exame de preferência para saber se é possível reverter a calvície é a tricoscopia.
Ela consegue avaliar a proporção entre velus e fios de cabelo terminais, ou seja, longos e grossos.
Conforme a alopecia androgenética avança, há uma alteração na proporção de pelos terminais:velus de 6:1 para menos de 4:1.
Em geral, esse dado já é suficiente para o médico fazer o diagnóstico de calvície genética.
Além disso, quando maior a quantidade de pelos velus na tricoscopia, menores são as chances de reverter a calvície.
Já no tricograma, atualmente em desuso, também se percebe uma alteração do ciclo capilar.
Pacientes com calvície apresentam uma maior quantidade de cabelos em fase anágena em relação à telógena.
A fase anágena corresponde ao período de crescimento máximo do fio, enquanto na telógena há queda.
Normalmente essa divisão fica em torno de 12:1. Pessoas com quadros severos de alopecia, no entanto, podem apresentar uma relação de 5:1, justificando os cabelos caírem mais.
Desligamento do músculo eretor do pelo
É normal ter de 1 a 5 fios saindo de um mesmo buraco no couro cabeludo.
Esse pequeno tufo de cabelos constitui uma unidade folicular.
Cada unidade folicular é envolta por um único músculo eretor do pelo.
Esse filete muscular é o responsável por eriçar os fios quando se sente frio ou se emociona, por exemplo.
Além de deixar as pessoas de cabelo em pé, o músculo piloeretor também define as chances de reverter a calvície.
No início da alopecia, esse músculo ainda mantém conexão com o folículo principal, porém perde a ligação com os demais.
Já em quadros moderados a avançados de calvície, há um desligamento completo do músculo piloeretor dos folículos capilares.
Portanto, quanto mais fios velus, maior é o desprendimento do músculo eretor do pelo e mais grave é a alopecia.
É possível voltar a ter cabelo?
Na grande maioria dos casos, a calvície tem jeito.
Entretanto, seja em homens ou mulheres, as chances de recuperar o cabelo perdido dependem do grau de comprometimento do quadro.
Em estágios leves e moderados, é possível reverter a calvície.
Nesses casos, o tratamento visa inibir a ação hormonal e estimular o ganho de calibre e comprimento do fio.
Já para casos mais severos, as opções são restritas ao transplante capilar ou ao uso de próteses.
Portanto, seja através da recuperação do bulbo capilar ou pela reconstrução do couro, é possível reverter a calvície.
Tudo depende do seu estágio ou grau de evolução.
Entretanto, embora pareça intuitivo definir o grau de comprometimento da alopecia visualmente, nem sempre essa avaliação é precisa.
Para se ter uma análise mais profunda, possibilitando um diagnóstico e prognóstico mais confiável, é recomendável fazer a tricoscopia.
Desse modo, se você tem dúvidas sobre a evolução do seu cabelo e quer esclarecê-las, então, faça-nos uma visita!
A Clínica Doppio possuir uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície. Além disso, contamos ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.
Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.
Olá tudo bem, tenho queda de cabelo e estão finos, gostaria de saber se tem haver com o fato de ter diabetes, e que poderia ser feito se usar suplementos como o Lavitan, seria uma alternativa
Olá, Alexsandro
Existem algumas possibilidades para explicar o afinamento do seu cabelo (https://clinicadoppio.com.br/afinamento-capilar-causas-e-tratamento/), nenhuma delas associada à diabetes.
Suplementos como o Lavitan não são medicamentos e nem são capazes de reverter o afinamento.
Mas existem tratamentos próprios para isso.
Caso queira mais informações, entre em contato conosco pelo número (11) 38539175.
Estamos à disposição para ajudá-lo.