Como tratar a alopecia feminina?
Médicos e pesquisadores do mundo todo estão em constante busca por novos tratamentos para alopecia feminina.
E não é para menos.
A alopecia androgenética é a principal causa de perda de cabelos não só em homens, mas também em mulheres.
No Brasil, segundo estudos, até 68% da população feminina entre 60 a 75 anos apresenta essa condição.
Embora frequente, no entanto, pouco se fala sobre o assunto. O motivo talvez seja por desconhecimento ou até pela forte associação entre calvície e o universo masculino.
Apesar de apresentarem algumas diferenças, em ambos a perda da espessura e densidade capilar ocorre pelo processo de miniaturização.
Além disso, assim como há alternativas para a perda capilar em homens, atualmente, também existem tratamentos para alopecia feminina.
Como tratar a perda de cabelos em mulheres?
As opções de terapias para recuperar os cabelos femininos incluem medicamentos, procedimentos, recursos tecnológicos, cirurgia e próteses.
Tratamentos para alopecia feminina com remédios
Assim como na calvície masculina, os medicamentos também fazem parte da linha de frente dos tratamentos para alopecia feminina.
Mesmo acumulando evidências científicas favoráveis, muitos deles, no entanto, ainda aguardam regulamentação de agências de saúde como ANVISA e FDA.
Dentre as opções de remédios para calvície feminina estão o minoxidil tópico e oral, finasterida, espironolactona, anticoncepcionais, flutamida e bicalutamida.
Minoxidil
O minoxidil tópico foi o primeiro dos tratamentos da alopecia feminina a conseguir aprovação do FDA nos Estados Unidos.
Inicialmente, na década de 90, a liberação se restringia à loção contendo minoxidil 2%. Entretanto, quase 20 anos depois, o minoxidil 5% também obteve registro no FDA para uso em mulheres.
O minoxidil está presente em tônicos capilares facilmente encontrados em farmácias convencionais ou de manipulação.
Além das apresentações em loção e espuma, o composto ainda pode ser manipulado na forma de comprimidos.
Aliás, o minoxidil oral é a versão original do produto, um vasodilatador com ação anti- hipertensiva.
A versão tópica veio posteriormente com a intenção de concentrar os resultados e limitar seus efeitos sistêmicos.
Contudo, a dificuldade na aplicação e cosmética do produto fizeram ressurgir a versão oral, em doses mais baixas.
Seja na forma oral ou líquida, o minoxidil serve para estimular o crescimento capilar.
Acredita-se que esse efeito se deva a sua capacidade de induzir a proliferação das células da papila dérmica.
Desse modo, o folículo passa a se expandir, possibilitando então os fios retomarem seu comprimento e calibres originais.
Porém, o mecanismo pelo qual ele faz isso ainda não é totalmente claro.
Mesmo com benefícios, o minoxidil apresenta efeitos colaterais.
Na versão tópica, esses costumam se limitar a reações locais no couro cabeludo, como irritação, coceira, caspa e dor.
Já o minoxidil oral pode causar sintomas como hipotensão, fraqueza, cansaço, ganho de peso, palpitação e desmaio.
A hipertricose, ou seja, o aumento de pelos corporais pode ocorrer em ambas as versões. Nos tônicos, quando presente, ela costuma se limitar mais à face, sendo mais sistêmica no minoxidil oral.
Graças a sua eficiência e bom perfil de segurança, o minoxidil é um dos principais tratamentos da alopecia feminina.
Finasterida e dutasterida
A finasterida faz parte do grupo dos inibidores da 5α-redutase, enzima capaz de metabolizar testosterona em di-hidrotestosterona (DHT).
O DHT é o principal hormônio responsável pela atrofia progressiva do folículo piloso na alopecia androgenética masculina.
Por isso, ao bloquear essa enzima, drogas como a finasterida e a dutasterida desaceleram a calvície.
Apesar de comprovadamente eficiente em homens, em mulheres os resultados não são consistentes.
Além disso, pouco se sabe sobre possíveis riscos a longo prazo dessas medicações no público feminino.
Uma das complicações é a feminilização do feto masculino no caso de gravidez em uso do medicamento.
A ineficácia e falta de segurança impedem a finasterida e a dutasterida de obter liberação como tratamentos para alopecia feminina.
Outros medicamentos antiandrogênicos
Os medicamentos antiandrogênicos incluem a espironolactona, ciproterona, flutamida e bicalutamida.
Essas opções são mais frequentemente indicadas quando há sinais clínicos de hiperandrogenismo.
Os efeitos colaterais incluem alterações hormonais, irregularidade menstrual, hepatotoxicidade, redução da libido e feto masculino com genitália ambígua.
Análogos da Prostaglandina
Os análogos da prostaglandina são medicações tópicas na forma de colírio para tratar glaucoma.
Os principais representantes desse grupo são o latanoprost e o bimatoprost.
Além de ajudar a controlar a pressão intraocular, percebeu-se que essas medicações também estimulavam o crescimento dos cílios.
O próximo passo foi então testar esses compostos no cabelo.
Os resultados, porém, foram inexpressivos, não viabilizando o uso desses medicamentos como tratamentos para alopecia feminina.
Procedimentos e tecnologias
Há uma série de aparelhos, terapias e técnicas injetáveis que visam potencializar o resultado dos medicamentos.
Embora cada vez mais populares, no entanto, boa parte desses recursos ainda carece de comprovação científica.
Laser capilar
O laser de baixa potência talvez seja um dos tratamentos para alopecia feminina com maior grau de embasamento.
Tanto é que a tecnologia tem aprovação do FDA e ANVISA para esse fim.
O laser de diodo, LED ou de baixa intensidade é capaz de estimular o crescimento capilar.
As evidências indicam potencial benefício, incluindo aumento da densidade capilar e redução da queda de cabelo.
Tratamentos para alopecia feminina com baixo grau de evidência
Os procedimentos injetáveis e os drug delivery são recursos cada vez mais presentes no arsenal de opções terapêuticas.
O objetivo desses tratamentos para alopecia feminina é potencializar a ação dos medicamentos ao facilitar sua chegada ao folículo capilar.
Mesoterapia, intradermoterapia ou MMP
A mesoterapia é um dos tratamentos para alopecia feminina mais presentes em consultórios dermatológicos.
O MMP consiste em uma técnica minimamente invasiva de injeções intradérmicas de verdadeiros coquetéis incluindo minoxidil, finasterida, dutasterida e outros.
A proposta de injetar ativos diretamente na raiz do cabelo atrai muitos pacientes e, por isso, estimula médicos a oferecê-la.
A baixa complexidade de execução, alta rentabilidade e possibilidade de oferecer algo aparentemente mais atuante vem tornando o método popular.
Contudo, o baixo grau de evidência científica e, principalmente, os crescentes casos de efeitos colaterais graves pesam contra o método.
Microagulhamento
As técnicas de drug delivery como microagulhamento visam aumentar a absorção de fármacos através da abertura de canalículos na pele.
Além disso, a ideia é estimular o crescimento capilar através da liberação de fatores de crescimento decorrentes da lesão tecidual.
Os meios de se abrir esses canais variam, assim como seu preço. Os rolinhos de agulhas como o Dermaroler e canetas como o Dermapen costumam ser menos onerosos. Já quem opta pelo laser fracionado tende a pagar mais caro.
Entretanto, independentemente da forma de se promover os furinhos na cabeça, não há evidências sólidas quanto à eficácia do método.
Botox no couro cabeludo
Um dos tratamentos para alopecia feminina que também vem ganhando espaço na mídia é o botox no couro cabeludo.
A técnica se baseia em uma teoria na qual a tensão do couro poderia impactar negativamente na vitalidade dos cabelos.
Desse modo, ao relaxar essas regiões, de acordo com essa hipótese, os bulbos se desenvolveriam mais.
Algumas pesquisas até mostram resultados interessantes, mas ainda faltam estudos para consolidar o botox dentre os tratamentos para alopecia feminina.
Plasma Rico em Plaquetas (PRP)
O PRP é um procedimento no qual se injeta uma solução contendo plaquetas nas áreas falhas do couro cabeludo.
Para se obter esses elementos, coleta-se um pouco de sangue do paciente, centrifugando-o.
A centrifugação ajuda a separar as plaquetas do restante das estruturas do sangue.
Depois de separadas, elas então são injetadas no couro cabeludo dos pacientes.
A intenção do procedimento é aumentar a oferta de fatores de crescimento nessas áreas, estimulando o crescimento capilar.
Dentre os tratamentos para alopecia feminina com agulhas, esse é o de maior destaque.
Existem artigos científicos mostrando benefícios da técnica no aumento da densidade capilar.
Contudo, os resultados antes e depois parecem apontar para um papel secundário da técnica no rol de tratamentos da alopecia feminina.
Exossomos capilares
A ideia de usar células tronco para promover a regeneração capilar sempre atraiu a atenção da comunidade médica científica.
Aliás, os pesquisadores da área concentram boa parte dos seus esforços nessa direção.
Uma das frentes de estudo que mais tem avançado são as dos exossomas capilares.
Exossomos são pequenas vesículas contendo o material necessário para as células se comunicarem e realizar suas tarefas essenciais.
A partir do isolamento e inoculação dessas micelas parece ser possível reproduzir alguns comandos como, por exemplo, fazer cabelos.
Embora os resultados sejam promissores, as pesquisas na área ainda são muito incipientes.
Restauração capilar
Nem sempre é possível reverter a perda capilar com os tratamentos para alopecia feminina.
Em casos mais avançados de calvície ou nas alopecias cicatriciais, por exemplo, o cabelo perde a capacidade de voltar.
Nessas situações é preciso se considerar métodos de reconstrução capilar.
Uma das opções com maior procura em homens é o transplante cirúrgico pela técnica FUE.
Quando bem indicado e, principalmente, bem feito, ele proporciona ótimos resultados estéticos.
Em mulheres, no entanto, o transplante capilar tem restrições importantes.
Isso porque a alopecia feminina é difusa, ou seja, compromete todo o couro cabeludo.
Dessa forma, não há uma área doadora como ocorre nos homens.
Por isso, dentre os tratamentos para alopecia feminina severa, a escolha acaba sendo o uso de próteses capilares.
Hoje em dia, alguns modelos de próteses mais sofisticadas conseguem dar um visual muito natural, praticamente imperceptível.
Terapias complementares
Existe uma série de terapias de suporte aos tratamentos para alopecia feminina.
Esses produtos ou procedimentos não são capazes, por si só, de promover o crescimento capilar. Mas nem por isso eles deixam de ser úteis ou terem seu papel no processo de reversão da calvície.
Sua função, no caso, é dar condições para o cabelo responder melhor aos outros tratamentos para alopecia feminina.
Nutracêuticos
Suplementos alimentares não são remédios e, portanto, não são capazes de reverter a calvície.
Seu uso, dessa maneira, deve ser visto como uma terapia de suporte complementar às outras formas de tratamentos da alopecia feminina
A proposta deles é regularizar a oferta de nutrientes necessários ao desenvolvimento do fio.
Algumas opções de nutracêuticos capilares incluem, por exemplo, Pantogar, Eximia, Pill food, Imecap, Gummy hair, biotina, Neosil, Nourkrin e Lavitan.
Óleos essenciais
Algumas linhas de produtos para cabelos contêm em suas fórmulas óleos vegetais, como o de alecrim, melaleuca e menta.
Os extratos naturais dessas e de outras plantas conferem aos xampus efeitos adicionais como calmante ou antiinflamatório.
Por sua vez, essas propriedades extras tornam esses itens úteis como complementos de tratamentos para alopecia feminina.
Afinal de contas, manter o couro cabeludo saudável é essencial para o controle da calvície.
Entretanto, o uso precisa ser cauteloso, pois adicionar óleos essenciais a produtos prontos pode desestabilizar a fórmula deles.
Desse modo, ao invés de ajudar, eles podem é provocar irritações e agravar quadros de dermatites.
Massagem capilar
A manipulação correta do couro cabeludo parece trazer benefícios ao cabelo.
Os motivos ainda não estão claros, mas alguns estudos apontam resultados positivos da massagem capilar.
Contudo, como não se trata de um tratamento, o procedimento deve ser parte de um protocolo terapêutico mais extenso.
Tratamentos para alopecia feminina sem respaldo científico
A mulher com calvície fica vulnerável a procedimentos e medicamentos miraculosos para ter o cabelo de volta.
Nesse cenário, surgem muitas opções de técnicas e até receitas caseiras para crescer cabelo.
Entretanto, por conta da falta de respaldo científico, esses métodos não têm qualquer avaliação quanto à eficácia ou segurança.
O que isso significa? Isso quer dizer que as consequências desses tratamentos ficam por conta e risco de quem se submete a eles.
Isso porque não há uma mínima avaliação científica para validar o emprego dessas técnicas.
Dentre esses supostos tratamentos para alopecia feminina estão, por exemplo: ozonioterapia, ILIB (laser intravascular), soroterapia, Rigenera, ventosas e carboxiterapia.
Tratamento para alopecia feminina: como escolher?
O primeiro passo para tratar a calvície é contar com diagnóstico, prescrição e acompanhamento de um médico especialista.
Há muitos tratamentos disponíveis, mas poucos apresentam protocolos e solidez nos resultados.
Além de fazer a escolha certa para o seu caso, o especialista também pode orientar abordagens adicionais, quando necessárias.
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Dr. Nilton de Ávila Reis
CRM: 115852/SP | RQE 32621
Boa tarde
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Olá, Heloiza
Peço a gentileza que entre em contato com a clínica pelo telefone (11) 38539175 ou whatsApp (11) 938011653 para que possamos esclarecer suas dúvidas.
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