Progressiva e queda de cabelo: qual a relação?
A possibilidade de haver relação entre escova progressiva e queda de cabelo é sempre questionada. Mas será que ela realmente acontece?
Informações sobre a escova progressiva
As formulações para alisamento capilar usando formol tornaram-se populares no Brasil a partir de 2003.
Inicialmente, as composições caseiras eram obtidas a partir de uma mistura de condicionadores, proteína hidrolisada e uma solução de formol a 37%.
Com diversos outros nomes, como por exemplo, formaldeído, formalina, metil aldeído, metileno glicol, óxido de metileno, metanal, Yde, Ivalon, Karsan, lysoform, oxometano, oximetileno, o formol passou a ser muito usado no Brasil e no exterior.
Nos Estados Unidos, a progressiva, conhecida como Brazilian Blowout ou Brazilian Keratin Treatment, tornou-se extremamente popular entre o público feminino.
Devido à popularidade e riscos do método, houve uma intervenção das agências de saúde ao redor do mundo
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estipulou um limite de 0,2% no uso de formol em produtos para alisamento capilar.
O valor estipulado pela ANVISA é para que o formol atue como conservante, não sendo capaz de alisar os fios.
Com a proibição do uso do formol como alisante capilar, outros produtos passaram a ser usados para remodelar os fios.
Um desses produtos é o glutaraldeído, um produto neurotóxico 10 vezes mais potente e danoso ao cabelo e à saúde.
Como a escova progressiva age nos cabelos?
Os agentes alisantes, como por exemplo, o formol, tioglicolato de amônio e hidróxidos alteram a estrutura molecular do fio, permitindo que ele possa ser moldado.
A ação desses compostos consiste em afrouxar ligações que mantêm o fio em seu formato original.
Entre essas ligações destacam-se:
- Pontes de hidrogênio: ligações fracas que se rompem facilmente quando se molha e seca o cabelo com secador. Permite o alisamento temporário dos fios até a próxima lavagem, quando o fio retorna ao seu formato original;
- Pontes dissulfeto: ligações fortes formadas entre aminoácidos da queratina que contêm enxofre em sua composição como, por exemplo, a cisteína.
A quebra com remodelamento das ligações dissulfeto é o principal responsável pelo mudança do formato do fio promovido pelo alisamento.
Riscos da escova progressiva para a saúde
Concentrações de formol acima do limite de 0,2% estipulado pela ANVISA podem provocar diversos efeitos no organismo.
Tanto as pessoas que se submetem ao procedimento como os cabeleireiros que aplicam o produto estão expostos aos riscos.
A inalação do vapor contendo formol, por exemplo, pode provocar dificuldade para respirar, bronquite, irritação nos olhos, malformação fetal e até mesmo câncer.
Devido à proibição do uso do formol como alisante capilar, outros produtos têm sido usados para remodelar os fios.
Um desses produtos é o glutaraldeído, um produto neurotóxico 10 vezes mais potente e danoso ao cabelo e à saúde.
Qual a relação entre escova progressiva e queda de cabelo?
Os procedimentos de alisamento utilizam substâncias que são irritantes para a pele.
Quando usadas inadequadamente, elas podem causar queimaduras graves no couro cabeludo, justificando a relação entre escova progressiva e queda dos cabelo.
Quebra do fio
A quebra dos fios é mais um efeito colateral mais comum do que a relação entre escova progressiva e queda de cabelo.
Os produtos para alisamento reagem com o aminoácido cisteína, principal responsável pelas pontes dissulfeto.
Essa reação enfraquece as fibras capilares, diminuindo a força tênsil dos fios.
Dessa forma, os fios tendem a se tornar menos resistentes à tração, rompendo-se facilmente quando se lava, penteia ou escova o cabelo.
Dependendo do grau de agressão ao fio, pode se formar diversos nódulos ao longo da haste capilar, caracterizando a tricorrexe nodosa.
Esses nódulos são pontos de extrema fragilidade do fio, altamente propensos à quebra.
Além do dano à estrutura interna do fio, a progressiva também danifica sua superfície.
Os agentes alisantes removem lipídeos presentes na cutícula dos fios.
Essa camada de óleo que existe na superfície dos fios é importante para mantê-los hidratados e ao mesmo tempo protegidos do efeito da umidade do ambiente.
A retirada dessa camada faz com a água penetre mais rapidamente nos fios, fazendo com eles fiquem com menos brilho e mais frizz quando expostos à umidade.
Além disso, danos à cutícula também expõem o interior do fio, tornando mais propenso a danos e quebra por agentes externos.
Queimaduras e dermatites no couro cabeludo
O aparecimento de dermatites ou queimaduras do couro cabeludo após a escova progressiva pode estar relacionada a diversos fatores associados à técnica.
Os principais motivos para que esses efeitos adversos ocorram são deixar o produto por mais tempo do que o recomendado ou usar produtos fora dos padrões de segurança.
Além disso, as reações podem ser provocadas pelas altas temperaturas do secador ou chapinha utilizadas no procedimento.
Calvície por escova progressiva
Além da relação escova progressiva e queda de cabelos, há ainda a possibilidade de calvície pelo procedimento.
Quando a escova progressiva causa queimaduras profundas, de segundo ou terceiro graus, pode ocorrer perda do cabelo na região afetada.
Esse quadro, conhecido como alopecia cicatricial, ocorre quando os folículos pilosos são destruídos pela queimadura e substituídos por fibrose.
Nesse ponto, não há mais produção de novos fios e a calvície se torna definitiva.
Agravantes da associação entre escova progressiva e queda de cabelo
Os danos capilares e agressões ao couros cabeludo são eventos que podem ocorrer durante o processo de alisamento.
Entretanto, alguns fatores podem contribuir para que esses incidentes se tornem ainda mais frequentes.
Repetição do tratamento
Não é incomum que mulheres com cabelos afro ou enrolados submetam-se a tratamentos químicos, como por exemplo, alisamento, relaxamento e escova progressiva, a cada 12 semanas.
A sobreposição desses procedimentos sobre fios previamente tratados os torna cada vez mais fracos e propensos à quebra.
Essa quebra costuma ocorrer na junção do fio próximo à raiz com o restante previamente tratado.
Um recurso muito usado para se evitar essa situação é aplicar o produto apenas na raiz do cabelo.
Essa técnica realmente diminui os danos e a probabilidade de quebra dos fios.
Entretanto, ao mesmo tempo, ela aumenta muito as chances de provocar irritação e queimaduras no couro cabeludo.
Dessa forma, aumentam-se também as chances da associação entre escova progressiva e queda de cabelo ou calvície.
Escova progressiva e queda de cabelo: substâncias inadequadas
O ramo de produtos para cabelos, incluindo os usados para alisamento, é muito diversificado.
A variedade de produtos não se restringe somente aos ativos, mas também a qualidade e confiabilidade deles.
Infelizmente muitos desses produtos são feitos sem o devido rigor e fiscalização.
Como a concentração e substâncias usadas nem sempre são reveladas nas embalagens, os riscos são imprevisíveis.
Dessa forma, torna-se arriscado se submeter a procedimentos com possível exposição a produtos de origem duvidosa.
O preço pago por essa irresponsabilidade pode ser alto demais para os cabelos e para a saúde.
Produtos incompatíveis
A constante troca de profissionais e a falta de interesse em saber quais produtos estão sendo usados também pode causar problemas.
Isso porque existem alguns tipos de alisantes químicos que são incompatíveis.
O exemplo clássico dessa incompatibilidade é o uso de tioglicolato com hidróxidos de potássio, sódio, cálcio, lítio ou guanidina.
Nesse caso, não se trata de uso de substâncias desconhecidas ou não regulamentadas, pois tanto o tioglicolato de amônio quanto os hidróxidos têm aprovação na ANVISA.
Trata-se de incompatibilidade química mesmo.
A troca de hidróxidos a cada sessão não gera incompatibilidade. Entretanto, uma vez aplicado tioglicolato de amônio, enquanto não se corta todo o cabelo alisado, nenhum outro hidróxido pode ser usado.
Aliás, essa é uma das causas mais comuns de corte químico, ou seja, quebra intensa e abrupta dos fios simulando um corte.
Existem opções de alisamento que não agridem os cabelos?
A associação entre escova progressiva e queda de cabelo tem feito com que muitas mulheres tendam a reduzir os procedimentos químicos no cabelo.
Mesmo assim, uma parte das pessoas estão tão habituadas ao aspecto visual promovido pelo alisamento que simplesmente não se reconhecem sem os cabelos alisados.
Para essas pessoas, é fundamental que antes de permitir a aplicação de química no cabelo, se avalie a presença de formol e também o registro do produto na ANVISA.
Esse cuidado aumenta a segurança da técnica, minimizando as chances de danos químicos ao cabelo e riscos à saúde.
Atualmente, existem alisantes autorizados pela ANVISA e que oferecem menos danos aos cabelos.
Esses incluem, por exemplo, o tioglicolato de amônio e os hidróxidos de sódio, potássio, cálcio, lítio ou guanidina.
Além disso, ao se optar pelo procedimento, deve se exigir que seja realizado um teste de compatibilidade do fio com o produto químico que será utilizado, a fim de evitar danos ao cabelo.
Conhecer a relação entre escova progressiva e queda de cabelo é um passo em direção a tratamentos capilares mais seguros e menos prejudiciais à saúde capilar.
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