Falha na cabeça: o que pode ser?

A presença de uma falha na cabeça costuma assustar muito quem se depara com a situação pela primeira vez.

Em boa parte dos casos, a falha se torna perceptível somente quando a pessoa corta ou faz química no cabelo.

Deste modo, não é infrequente ficar sabendo da falha na cabeça  através do cabeleireiro.

Ao se deparar com a situação, é preciso ter calma e procurar um médico especialista tão logo seja possível.

Quanto antes se fizer o diagnóstico e tratamento, maiores são as chances de recuperar os cabelos.

Quais são as causas de falha na cabeça?

A queda de cabelo acomete aproximadamente 50% da população em algum momento da vida.

O cabelo  pode cair de forma difusa, como na quimioterapia, ou focal, deixando uma falha na cabeça.

Assim como na queda difusa, as causas para o aparecimento de falhas no cabelo também podem ser diversas.

A seguir, alguns exemplos de condições capazes de deixar buracos sem cabelo.

Alopecia areata

A alopecia areata é uma doença autoimune cujo alvo são os cabelos e pelos corporais.

A queda dos fios, no caso, ocorre por uma resposta indevida do sistema imunológico.

Por motivos desconhecidos, o organismo passa a não reconhecer os próprios folículos pilosos, atacando-os.

Como consequência, há formação de uma ou mais falhas na cabeça. Às vezes, aparecem também falhas na barba, sobrancelhas e outros pelos do corpo.

A falha da alopecia areata costuma ser totalmente lisa, mas não deixa cicatrizes.

Além disso, apesar de poder evoluir para alopecia total ou universal, sua regressão espontânea é mais comum.

Micose do couro cabeludo: fungos e falha na cabeça

Infecções fúngicas também podem levar a uma falha na cabeça. É o caso, por exemplo, da Tinea Capitis ou micose do couro cabeludo.

Fungos fazem parte da microbiota normal da pele. Entretanto, quando uma certa população fúngica específica cresce em desarmonia com outros microrganismos, começa o problema.

Para conter a proliferação destes fungos, a defesa do corpo os ataca, provocando a lesão cutânea.

A vermelhidão se deve à inflamação e a descamação, à tentativa de eliminar os fungos.

Além da lesão cutânea, a infecção fúngica também se estende ao cabelo. Os fungos acometem inicialmente a raiz capilar, progredindo pela haste até a ponta. Com isso, eles acabam causando a quebra do cabelo.

Surge, então, a falha na cabeça.

A micose do couro cabeludo acomete principalmente crianças de 3 a 10 anos de idade.

Suas manifestações clínicas incluem falhas circulares, ovais ou irregulares no couro cabeludo.

Em geral, o tratamento da micose no couro cabeludo é feito com medicação antifúngica de via oral.

Após tratamento, os cabelos tonsurados ou quebrados retomam o crescimento capilar normal.

Entretanto, alguns tipos de infecções fúngicas no couro cabeludo podem levar à alopecia definitiva.

No Kerion, por exemplo, há formação de cicatrizes resultantes do processo inflamatório severo com inchaço e pus.

Alopecia cicatricial

A alopecia cicatricial não é uma doença, mas o estágio final de diversas condições.

Em algumas delas, a formação da falha na cabeça ocorre como consequência de processo inflamatório.

Ao contrário das falhas anteriores, no entanto, a inflamação da alopecia cicatricial gera à destruição do folículo piloso e formação de fibrose.

A perda definitiva do cabelo, no caso, ocorre pelo comprometimento das células-tronco, responsáveis pela formação do fio.

Esse quadro, apesar de grave e irreversível, não é frequente.

Não é fácil reconhecer a alopecia cicatricial, pois além da falha na cabeça, muitas outras manifestações são possíveis. 

A fibrose da pele na alopecia, por exemplo, às vezes gera atrofia; em outras, cicatrizes elevadas como queloides. 

Além disso, os sinais e sintomas das doenças inflamatórias são muito variados. Entre eles,  incluem-se: vermelhidão, descamação, espinhas, manchas, coceira, sensibilidade, dor e nódulos de pus.

No estágio mais avançado, a falha na cabeça pode se apresentar totalmente lisa e sem fios.

Diversas condições, inflamatórias ou não, levam à alopecia cicatricial. Dentre elas, encontram-se:

  • líquen plano pilar;
  • alopecia frontal fibrosante;
  • lupús eritematoso discoide;
  • pseudopelada de Brocq;
  • foliculite dissecante;
  • alopecia central centrífuga;
  • foliculite decalvante;
  • foliculite queloidiana da nuca;
  • queimaduras;
  • alopecia de tração;
  • tricotilomania;
  • trauma, incluindo escalpelamento;
  • radioterapia.
  • O tratamento da alopecia cicatricial varia de acordo com suas causas e grau de acometimento.

Alopecia androgenética

A calvície genética é a causa mais comum de perda de cabelos em homens e mulheres.

Graças a fatores hormonais e hereditários, as pessoas com alopecia androgenética vão aos poucos ficando carecas.

Na alopecia androgência, a falha na cabeça não ocorre do dia para a noite, mas ao longo de meses ou anos.

Nos homens, a falha costuma ser bem delimitada nas entradas, cocuruto ou em qualquer outra parte do topo da cabeça.

Já na alopecia feminina, a falha na cabeça é mais difusa. Muitas vezes, ela se torna aparente somente quando se reparte o cabelo ao meio.

Em ambos os casos, o quadro é progressivo e a falha tende a se tornar  permanente.

O tratamento da calvície genética envolve medicamentos e tecnologia, com bons resultados em casos leves à moderados.

Já para casos avançados, as opções são os transplantes e próteses capilares.

Alopecia de tração

As falhas no couro cabeludo também podem ser resultantes da alopecia de tração.

Nesse caso, a tensão sobre os fios é a responsável pela sua quebra, queda e perda definitiva.

Nem sempre há formação de cicatrizes na alopecia de tração. Mas quando presente, ela impede o crescimento normal do cabelo posteriormente. 

Apliques ou alongamentos como mega hair, dreads ou cabelo rastafari são especialmente propensos a causar alopecia de tração.

Alguns penteados, como as tranças cornrows ou boxer braids, por exemplo, também podem deixar falhas no cabelo. 

Mesmo o rabo de cabelo, se muito tenso, acaba causando alopecia da mesma forma. 

Por isso, bailarinas, atletas profissionais e meninas afrodescentes são frequentemente acometidas por este tipo de perda capilar.

A alopecia de tração também pode ocorrer em casos de acidentes envolvendo os cabelos como o escalpelamento.

Nesse caso, os fios de cabelo são arrancados da cabeça de forma abrupta e intensa.

O tratamento da alopecia de tração envolve mudança de hábitos e medicamentos para tentar recuperar os fios.

Em casos de fibrose com perda total dos cabelos, o tratamento consiste na reconstrução por transplante ou próteses capilares.

Tricotilomania

A mania de puxar pelos ou fios de cabelo pode se tornar um distúrbio psiquiátrico e trazer sérias consequências.

Quando o quadro é intenso, há formação de falhas na cabeça, muitas vezes com cicatrizes permanentes.

Por ser uma condição envolvendo diferentes aspectos, a tricotilomania  deve ter abordagem multiprofissional.

Desse modo, além da recuperação dos cabelos, é importante se ter um suporte psicológico e psiquiátrico.

Falha na cabeça: o que fazer?

As causas e, portanto, possibilidades terapêuticas para as falhas na cabeça são diversas.

Entretanto, independentemente da causa, quanto antes se faz o diagnóstico e tratamento, maiores são as chances de recuperar o cabelo.

A identificação precoce da condição tanto pelo paciente como pelo médico são, dessa forma, essenciais para o sucesso terapêutico.

Assim, ao perceber uma falha na cabeça, não perca tempo e procure o quanto antes um médico especialista!

A Clínica Doppio além de possuir uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície, conta ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.
Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621


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2 Responses

    1. Olá, Maria José

      A clínica fica na rua Lavandisca, 777, no bairro de Moema, em São Paulo, capital.
      Caso queira mais informações, entre em contato conosco pelo número (11) 38539175.
      Estamos à disposição para ajudá-la.

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