A busca por tratamentos capilares tem feito com que novas alternativas, como a finasterida tópica, venham sendo apresentadas.
Finasterida e alopecia androgenética
A alopecia androgenética, ou calvície genética, é a causa mais comum de perda de cabelo em homens e mulheres.
Nessa condição, há uma progressiva redução da espessura e do comprimento dos fios de cabelo com o passar do tempo. Esse processo é chamado de miniaturização.
Apesar de existirem diversas propostas de tratamentos para a calvície, poucos são regulamentados e cientificamente comprovados.
A finasterida 1 mg foi aprovada para tratamento da calvície masculina no Brasil em 1998. Um ano antes, ela já havia sido aprovada também nos Estados Unidos.
A finasterida age inibindo a formação do hormônio diidrotestosterona (DHT), responsável pela miniaturização dos fios.
Além de ser conhecida pelo tratamento da calvície, a finasterida também é lembrada pelos seus possíveis efeitos colaterais.
Como é uma medicação de uso contínuo e prolongado, a possibilidade de desenvolver impotência ou perda de libido acaba inibindo seu uso por parte dos homens.
Uma vez que a finasterida tópica tem menor absorção sistêmica, ela poderia ser uma alternativa para esses casos.
Tratamento da calvície com finasterida tópica
A empresa suíça Polichem vem desenvolvendo uma formulação de finasterida tópica a 0,25%, líquido em solução spray.
O composto, inicialmente chamado P-3074, está sendo testado por voluntários na Bélgica, Alemanha, Hungria, Rússia e Espanha.
Os resultados preliminares parecem ser animadores.
Em testes iniciais, a finasterida tópica foi capaz de reduzir os níveis de DHT no sangue em torno de 70%.
Esse valor é semelhante ao encontrado com uso da finasterida 1mg oral.
Além disso, no couro cabeludo a redução do nível do DHT foi até maior com a finasterida tópica 1 vez ao dia do que com a finasterida oral.
A redução dos níveis de DHT é um passo fundamental para o bloqueio da progressão da calvície, já que esse hormônio é responsável pelo afinamento dos fios.
Além de mostrar benefícios na redução do DHT, o estudo também revelou evidências de baixa absorção sistêmica.
Assim, por exemplo, ocorreu coma concentração da finasterida no sangue após aplicação tópica, que foi muito menor, chegando a ser quase indetectável.
Outro sinal que reforça a baixa absorção sistêmica foi a concentração de testosterona no sangue.
No estudo, não se detectou mudança dos níveis desse hormônio com a aplicação da medicação tópica, o que geralmente ocorre com o remédio oral.
Finasterida tópica: estudos e perspectivas
A previsão inicial da empresa Polichem é que seja possível comprar finasterida tópica a partir de 2020.
Para que isso ocorra, um estudo comparativo entre a finasterida 1mg oral e a finasterida tópica vem sendo desenvolvido pela empresa.
Nesse estudo, estão participando 459 homens entre 18 e 40 anos, divididos aleatoriamente para uso da medicação oral ou tópica.
Além dos diversos parâmetros farmacológicos e bioquímicos, também estão sendo avaliadas a segurança e a resposta clínica dos produtos.
Um outro estudo em ratos, desta vez avaliando um gel com nanopartículas de finasterida, também está em desenvolvimento.
Finasterida tópica: considerações finais
O crescente interesse por tratamentos capilares tem motivado a procura por novos medicamentos para tratar a calvície.
A intenção desses novos remédios e procedimentos é não somente encontrar novos princípios ativos, como também reduzir possíveis entraves dos tratamentos existentes.
A finasterida é um remédio sabidamente eficaz para o tratamento da calvície.
No entanto, a possibilidade de vir a desenvolver efeitos adversos afasta parte dos homens que poderiam se beneficiar do medicamento.
Dessa forma, caso a finasterida tópica líquida comprove sua eficiência e segurança, ela pode ser mais uma opção terapêutica contra a calvície.
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