Foliculite decalvante: causas, sintomas e tratamentos
Uma das possibilidades a se considerar quando se tem espinhas na cabeça é a foliculite decalvante.
Embora não seja frequente, esse tipo de foliculite pode causar bastante incômodo levando, inclusive, à perda de cabelo.
O que é foliculite decalvante?
A foliculite decalvante é uma doença inflamatória grave e crônica do couro cabeludo com evolução para alopecia cicatricial permanente.
Trata-se de um processo longo, com períodos de remissão e recorrências frequentes.
A dermatose é mais frequente em adultos jovens, do sexo masculino e imunossuprimidos. Ainda se questiona se, assim como em outros tipos de foliculite, ela também predomine em pacientes afro-americanos.
Quais são as causas da foliculite decalvante?
A etiologia da foliculite decalvante não está totalmente clara.
Estudos, no entanto, mencionam a participação da infecção pela bactéria Staphylococcus aureus, de fatores imunológicos e predisposição genética.
Dessa forma, em pessoas com tendência, o sistema imune responderia de forma anômala à infecção pelo estafilo no folículo capilar.
Foliculite decalvante: sinais e sintomas
A foliculite decalvans afeta predominantemente o couro cabeludo, com maior incidência na coroa e nuca.
Apesar disso, também pode haver acometimento da área da barba, axilas, membros e pelos pubianos.
O quadro geralmente se inicia com uma inflamação ao redor dos folículos pilosos evoluindo com destruição e substituição deles por fibrose.
Por sua vez, o tecido fibrótico resulta em uma alopecia cicatricial permanente.
Sendo assim, as principais características do quadro clínico da foliculite decalvante são:
- endurecimento, inchaço, descamação e vermelhidão da pele do couro cabeludo;
- presença de espinhas foliculares e casquinhas ao redor das placas endurecidas;
- politriquia, ou seja, agrupamento de vários fios saindo do mesmo óstio folicular assumindo um aspecto de “fios de boneca”;
- queda de cabelo deixando uma ou várias áreas calvas;
- regiões brancas, atróficas, irregulares com presença de tecido cicatricial;
- coceira;
- desconforto ou dor no couro cabeludo.
Diagnóstico
O diagnóstico da foliculite decalvante é clínico, ou seja, feito a partir do reconhecimento visual de suas características.
Em casos típicos, o quadro é bem sugestivo. Sendo assim, não há necessidade de se usar aparelhos específicos ou exames de imagem para diferenciar essa foliculite.
Entretanto, em casos iniciais ou duvidosos, pode ser necessário se complementar a investigação com uma biópsia.
Exames de sangue não ajudam no diagnóstico, sendo, portanto, dispensáveis.
Já a bacterioscopia e culturas podem ser úteis em algumas situações.
Tratamento
Mesmo após diagnóstico correto de foliculite decalvans, o tratamento é complexo e desafiador.
Como não se sabe ao certo as causas da doença, acaba não havendo um protocolo padrão de tratamento.
A abordagem terapêutica então vai depender da experiência pessoal do especialista.
Em geral, considera-se o grau de inflamação, de evolução e respostas aos tratamentos anteriores, além das recidivas, dentre outros.
Como a alopecia é cicatricial, o cabelo não volta mais nos locais onde se formou fibrose.
Então, o objetivo do tratamento é interromper a inflamação e garantir o alívio de sintomas.
Dentre as opções terapêuticas da foliculite decalvante estão os antibióticos, corticoides, retinoides e dapsona.
Adicionalmente, pode se usar um xampu específico para contribuir no alívio de sintomas.
A terapia fotodinâmica também é uma alternativa, porém sem resultados expressivos.
Já para tratamento das áreas cicatriciais, é possível se fazer cirurgias corretivas e micropigmentação.
Por se tratar de um tecido fibrótico, há uma chance menor do transplante capilar dar certo.
A foliculite decalvante é grave?
A foliculite decalvans é uma doença não contagiosa com graus variáveis de acometimento.
O quadro pode ser bem localizado com sintomas frustros ou ser extenso e muito sintomático.
Alguns pacientes se queixam de dificuldade de dormir ou realizar suas atividades cotidianas por conta da dor e coceira intensas.
Além disso, as cicatrizes e perda capilar em áreas não convencionais geram padrões atípicos de calvície. Desse modo, como resultado, pode haver desconforto com comprometimento emocional e psíquico do paciente.
Entre as complicações do quadro está o maior risco de desenvolver cânceres cutâneos como, por exemplo, o carcinoma espinocelular.
A doença, no entanto, não é sistêmica, com manifestações restringindo-se à pele
Foliculite decalvante: o que fazer?
A foliculite decalvans é uma condição rara e crônica que pode levar à alopecia permanente.
Como se trata de uma doença progressiva, o diagnóstico precoce passa a ser fundamental para uma boa resposta terapêutica.
Quanto antes se inicia o tratamento, maiores são as chances de limitar a evolução da perda de capilar.
Além disso, por ser recidivante, o acompanhamento médico é importante para monitoramento, mesmo em períodos de remissão.
Portanto, se você suspeita de foliculite decalvante, faça-nos uma visita!
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Dr. Nilton de Ávila Reis
CRM: 115852/SP | RQE 32621
estou sempre acompanhando suas materias muito entresante essa folicule,mas vamos ver no que vai dar esse remedido com a aprovaçao da anvisa.
Olá, Raul
Obrigado pelo comentário e por acompanhar os artigos.