Foliculite dissecante: causas, diagnóstico e tratamento

Alguns tipos de foliculite do couro cabeludo podem cursar com alopecia cicatricial. Esse é o caso, por exemplo, da foliculite dissecante.
O que é foliculite dissecante?
A foliculite dissecante ou abscedante é uma rara doença inflamatória crônica, progressiva e não contagiosa do folículo capilar. Trata-se de um processo supurativo no couro cabeludo capaz de resultar em alopecia cicatricial extensa e irreversível.
A condição é mais frequente entre homens de 20 e 40 anos com ascendência afro-americana ou afro-caribenha.
Quais são as causas da foliculite dissecante?
Não se sabe ao certo porque algumas pessoas desenvolvem a foliculite dissecante.
Embora alguns autores sugiram uma possível relação com bactérias, fungos ou ácaros, as causas exatas da condição não são claras.
Sabe-se, no entanto, que há uma obstrução da saída dos folículos, gerando entupimento, acúmulo de material e inflamação.
Graças a sua natureza obstrutiva, ela faz parte do grupo de doenças oclusivas foliculares junto a hidrosadenite supurativa, acne conglobata e cisto pilonidal.
Sinais e sintomas da foliculite dissecante
O quadro de foliculite dissecante geralmente se inicia com vermelhidão, espinhas e nódulos cheios de pus no couro cabeludo. É comum os pacientes queixarem de coceira ou dor no local.
Na evolução, os nódulos vão crescendo e se conectando, dando origem a abscessos com fístulas. Além disso, há perda de cabelo com formação de cicatrizes elevadas, semelhantes a queloides nas áreas acometidas.
Em geral, as lesões acometem mais frequentemente a nuca e a região da coroa. Na evolução, pode haver acometimento de todo o couro cabeludo.
A doença é grave?
A reação inflamatória da foliculite dissecante no couro cabeludo costuma ser bem intensa.
A doença pode evoluir com tumorações tão grandes a ponto de deformar a cabeça.
Além disso, há saída de grande quantidade de pus desses abscessos.
É comum os pacientes se queixarem de sujar as roupas de cama com o sangue e pus das lesões. Isso acaba constrangindo os pacientes em viagens ou até mesmo na ida ao cabeleireiro.
Não bastasse os nódulos, o quadro ainda evolui com perda de cabelo e formação de grandes áreas cicatriciais.
As cicatrizes, por sua vez, são um fator de risco para o desenvolvimento de câncer cutâneo posteriormente.
Mas, apesar da foliculite dissecante ser um quadro grave e agressivo localmente, ela costuma ser restrita à pele.
Desse modo, mesmo em graus avançados, ela não costuma evoluir com acometimento de órgãos internos.
Diagnóstico
O exame clínico é suficiente para o diagnóstico da foliculite dissecante, já que a apresentação é bem característica.
Em casos iniciais ou atípicos, no entanto, pode ser necessário se realizar uma biópsia.
Exames de sangue têm pouca utilidade para o diagnóstico, uma vez que se trata de uma doença da pele. Contudo, eles acabam sendo necessários para controle dos efeitos sistêmicos das medicações.
Exames bacteriológicos e culturas para identificação do patógeno também não têm grande valor.
Isso porque a inflamação na foliculite dissecante não é oriunda da ação de patógenos externos.
Tratamento
A foliculite dissecante não se comporta como uma foliculite normal.
No caso de foliculite bacteriana, a administração de antibiótico tópico ou via oral costuma ser suficiente para resolver o quadro.
Já o tratamento da foliculite dissecante acaba sendo mais complexo, surgindo diferentes abordagens terapêuticas. Essas incluem, por exemplo antibiótico, corticoides, drenagem de abscessos, isotretinoína e até cirurgia em alguns casos.
Como se trata de uma doença crônica, com frequentes recidivas, é importante fazer o seguimento médico adequado.
Foliculite no couro cabeludo: o que fazer?
Existem diversos quadros com espinhas no couro cabeludo, sendo alguns mais severos, como por exemplo a foliculite dissecante.
Além de formar grandes abscessos deformando a cabeça, esse tipo de foliculite pode deixar áreas de alopecia cicatricial definitiva.
Por isso, ao apresentar sinais de foliculite capilar, como espinhas, vermelhidão, coceira e ardência, procure orientação médica especializada.
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