Quando procurar um médico especialista em cabelos?

Antes de descobrir quando é importante ser avaliado por um médico especialista em cabelos é preciso saber quem é esse profissional.

Médico especialista em cabelos

O médico especialista em cabelos e couro cabeludo, por vezes incorretamente chamado de tricologista, tem formação em dermatologia.

Assim, a tricologia, ramo da medicina que trata pelos e cabelos, é uma especialização ou área de interesse da dermatologia.

No Brasil, para ser dermatologista, é preciso passar na prova de título de especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Só assim, o médico passa a ser dermatologista.

Médicos sem especialização podem colocar no carimbo Dermatologia, mas somente o especialista podem escrever Dermatologista.

Ao passar no título de especialista, o médico dermatologista passa a ter um RQE (Registro de Qualificação como Especialista), além do número de CRM (Conselho Regional de Medicina) que ele adquire quando se forma em medicina.

Assim, médicos especialistas têm CRM e RQE, enquanto médicos sem especialização tem somente CRM.

Mas como descobrir se um médico é realmente especialista?

Basta checar no Conselho Regional de Medicina de cada estado.

Em São Paulo, o CREMESP é o responsável por esse registro, que pode ser checado clicando aqui.

O que é tricologia?

A tricologia é a área da medicina que estuda os cabelos.

Acredita-se que a tricologia teve origem na Inglaterra no início do 20. Seu surgimento ocorreu devido à necessidade de um olhar mais atento e específico sobre doenças e alterações capilares e do couro cabeludo.

De fato, os cabelos e o couro cabeludo são sede de uma série de condições, muitas delas transitórias e até passíveis de melhora com remédios caseiros.

No entanto, algumas situações como queda, afinamento dos fios e irritações do couro podem até se agravar com a automedicação ou tratamentos feitos em casa.

Quais são as principais doenças que um médico especialista em cabelos avalia?

Existem diversas patologias relacionadas aos pelos e cabelos. A presença delas pode ser mais ou menos severa de acordo com o quadro, mas a falta de tratamento especializado pode levar a problemas irreversíveis, como a perda permanente de cabelo.

A seguir, conheça as principais doenças capilares e como identificá-las.

Caspa

Muito conhecida e às vezes banalizada, a caspa consiste em uma descamação do couro cabeludo.

Geralmente ela é notada pela presença recorrente de descamações brancas ou amareladas nas roupas.

Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a caspa não é contagiosa e nem causada pela falta de higiene.

Ela pode ser causada por desordens como, por exemplo, a psoríase, dermatite seborreica, dermatite atópica, dermatite de contato e outras.

Psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória que pode afetar a pele desde do couro cabeludo até outras regiões do corpo.

Ela é identificada quando causa descamação, coceira ou grosseirões no couro cabeludo.

Apesar de não ter cura, a psoríase pode ser controlada, o que garante mais qualidade de vida ao paciente.

Dermatite seborreica

Outra doença capilar comum é a dermatite seborreica. Trata-se de uma inflamação da pele que pode afetar áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, couro cabeludo e orelhas.

Assim como a psoríase é uma doença que não tem cura, sendo crônica, mas pode ser controlada com os cuidados dermatológicos apropriados.

Foliculite

A foliculite é uma inflamação do folículo piloso, geralmente descrita como espinha.

No couro cabeludo, a foliculite se apresenta como uma elevação, casquinha ou pequenas feridas na cabeça.

Existem diversas origens para a foliculite, como infecções bacterianas, fúngicas, pelos encravados ou doenças inflamatórias da pele.

Tinha do couro cabeludo

A Tinea capitis, também conhecida como micose do couro cabeludo, ocorre quando os fungos, normalmente presentes na pele, crescem descontroladamente.

Os principais fungos associados à micose do couro são das classes Trichophyton e Microsporum.

Essa condição é contagiosa, podendo ser adquirida devido ao compartilhamento de objetos pessoais ou contato com animais contaminados, como cães.

Quais são os sintomas mais comuns relatados na consulta com um médico especialista em cabelos?

Apesar da grande variedade de doenças que acometem o couro cabeludo, os sintomas dessas condições são semelhantes e, em geral, incluem:

  • coceira;
  • ardência;
  • dor;
  • vermelhidão;
  • feridas;
  • espinhas;
  • descamação;
  • grosseira na pele;
  • cabelos finos e ralos;
  • queda de cabelo.

Em quais situações é preciso consultar um médico especialista em cabelos?

Em geral, as pessoas não costumam buscar um médico especialista em cabelos quando os sintomas são leves ou breves.

Mas quando eles se tornam graves ou persistentes, a consulta se torna fundamental.

Além disso, a presença de sinais de alerta também devem indicar a necessidade de busca de ajuda especializada.

Apresentamos alguns desses sinais a seguir.

Bolhas

Não é normal notar o aparecimento de bolhas no couro cabeludo.

Como elas não costumam se formar espontaneamente, deve-se sempre considerar a possiblidade de irritações severas associadas.

Queimaduras solares, químicas, alergias e outras doenças dermatológicas bolhosas devem ser investigadas pelo médico especialista em cabelos.

Além disso, ele deve atuar para evitar o aparecimento de infecções secundárias, formação de cicatrizes e perda definitiva dos cabelos.

Sangramento

Assim como as bolhas, a presença de sangramento em lesões do couro cabeludo também precisa ser avaliado por um médico especialista em cabelos e couro cabeludo.

Nesse caso, é importante descartar a possibilidade de câncer de pele.

Como se proliferam de forma acelerada e desordenada, as células cancerígenas são mais friáveis e, portanto, susceptíveis a sangramentos.

Rarefação capilar

A diminuição do volume capilar pode ocorrer por acentuação da queda ou pelo afinamento dos fios.

Também conhecida como calvície, a alopecia androgenética é a principal causa de afinamento dos fios tanto em homens quanto em mulheres.

Muitos pacientes não sabem que têm alopecia até procurarem um médico especialista em cabelos.

Por isso, é importante procurar ajuda profissional sempre que o couro cabeludo passar a ficar mais aparente.

Mudança do calibre e das características do fio

A exposição do couro cabeludo é um sinal de rarefação capilar mais avançada.

Antes de que o couro cabeludo fique exposto, no entanto, é possível se notar outras alterações sugestivas do afinamento.

Essas incluem diminuição do volume principalmente nas pontas, que passam a se embaraçar com mais facilidade, sensação de crescimento lento dos fios e mudança no formato dos cabelos.

É muito comum que mulheres com quadros iniciais de alopecia relatem que os cabelos modificaram, ficando com formatos menos definidos.

Portanto, não se deve esperar que o couro cabeludo fique evidente para procurar um médico especialista em cabelos.

A presença de outros indícios de afinamento dos fios deve despertar a necessidade de avaliação médica.

Fragilidade capilar

A fragilidade capilar pode ocorrer devido a problemas na produção ou por desgate dos fios.

Cabelos se tornam mais frágeis quando tratados quimicamente ou quando são frequentemente submetidos a procedimentos térmicos como chapinha.

Assim, é esperado que eles se tornem mais quebradiços nessas situações.

Em pessoas sem esses hábitos, no entanto, o aumento da quebra dos fios pode ser um sinal de alerta para outros problemas associados à fraqueza dos fios.

Esses incluem desde carências nutricionais, hormonais até doenças genéticas.

Queda acentuada

O cabelo está em constante renovação, de forma que uma queda de 100 fios ao dia é considerada normal. No entanto, se ela tornar-se mais acentuada, é fundamental se consultar com um médico especialista em cabelos.

A intensificação da queda pode ter diversas causas, como alterações hormonais, dieta deficiente de nutrientes, problemas na higienização, tração, entre outras.

Onde encontrar um médico especialista em cabelos?

A automedicação e uso de receitas caseiras devem ser evitadas em casos de problemas capilares ou envolvendo o couro cabeludo.

Além de serem ineficazes, essas medidas podem retardar o início do tratamento correto e comprometer as chances de melhora.

Por outro lado, o diagnóstico preciso feito após avaliação do médico especialista em cabelos é um passo essencial para resolver problemas capilares.

A Clínica Doppio possui uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície. Além disso, conta ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.

Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621


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9 Responses

  1. Meu cabelo nunca se desenvolve já fiz quase de tudo mais ele não vai a lugar nenhum.O que posso fazer pra meu cabelo crescer ?

    1. Olá, Andréia

      Infelizmente ainda não temos unidades no Paraná.
      Mas caso venha a São Paulo, entre em contato conosco pelo número (11) 38539175.
      Estaremos à disposição para poder ajudá-la.

  2. Oi, boa noite! Meu cabelo cresce bem, mas na parte da frente têm uns fios que não desenvolvem, ou seja, é cheio de fios menores, como parasitas. Não posso fazer um rabo de cavalo que eles estão lá, como quem diz, estou aqui. Confesso que isso mi deixa irritada…

  3. Ola! Meu cabelo está caindo mt, já com o casco da cabeça aparente, fios finos e leves e qd lavo piora, estão frisados e arrebentados, partes que caíram por baixo com textura grossa e não desenvolvem. E frizz em excesso por toda cabeça.

  4. Boa noite.No meu couro cabeludo tem umas saliências,as x fica doloridas.Achei que fosse de prender o cabelo.Agora vejo que não.Hj saiu umas bolinhas bm pequenas ,e eu passo o dedo,ela rompem.
    Nw dói.si na parte de cima ,do meio para frente.Faz tempo que saiu.,mas nw aumenta.Tem dia que está mais rente, outro dia está mais saliente,parece mais cheio.

    1. Olá, Franciele

      Os xampus comuns não costumam dar problemas na gestação.
      Já os xampus de tratamento dermatológicos precisam de aval médico, pois alguns deles contêm substâncias potencialmente nocivas ao feto.

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