Minoxidil com propilenoglicol faz mal?
Nos últimos tempos, vem aumentando o interesse em saber se o propilenoglicol faz mal.
Foi assim também com os sulfatos, parabenos, amônia e peróxido de hidrogênio, dentre outros.
Aliás, conforme as pesquisas avançam, a tendência é ver essa lista de substâncias controversas presentes em produtos capilares só aumentando.
Porém, antes de esclarecer se o minoxidil com propilenoglicol faz mal, é preciso primeiro elucidar alguns pontos sobre o assunto.
O que é propilenoglicol?
O propilenoglicol é um composto químico da classe dos álcoois presente em diversos produtos dermatológicos ou mesmo alimentos.
Nos rótulos, outros possíveis nomes para ele são: propylene glycol, 1,2-dihidroxipropano, 1,2-propanodiol, metilglicol e trimetilglicol.
O propilenoglicol se origina do óxido de propileno, na indústria petroquímica, ou do glicerol, subproduto do biodiesel.
O resultado é um líquido viscoso, incolor e inodoro, solúvel em água.
Para que serve o propilenoglicol?
O propilenoglicol é um composto polivalente, ou seja, ele tem múltiplas possíveis ações.
Suas diferentes aplicações, no entanto, variam de acordo com ramo no qual ele está sendo empregado.
Na indústria alimentícia, por exemplo, algumas das funções do propilenoglicol são atuar como solvente, anticongelante e conservante.
Desse modo, ele age facilitando a combinações de vários ingredientes, como corantes e líquidos, em uma mesma fórmula.
Além disso, ele ajuda a impedir o congelamento de líquidos como cervejas e aumenta a durabilidade dos produtos.
Já na área dos cosméticos, o propilenoglicol ainda pode funcionar como:
- hidratante ou emoliente;
- carreador e fixador de fragrâncias;
- espessante, por deixar textura mais viscosa;
- agente estabilizador das fórmulas.
Minoxidil com propilenoglicol
Boa parte do interesse em saber se o propilenoglicol faz mal vem de usuários do minoxidil tópico.
Loções contendo o ativo são extremamente populares entre pessoas com problemas capilares ou falhas na barba.
Geralmente esses tônicos consistem em uma solução hidroalcóolica contendo minoxidil e um agente condutor, quase sempre o propilenoglicol.
A escolha da substância se deve às múltiplas vantagens que ele agrega à formulação.
Além de facilitar a solubilidade dos componentes, estabilização da fórmula e conservação do produto, o propilenoglicol melhora o desempenho do minoxidil.
Isso porque, segundo estudos, o propilenoglicol aumenta a penetração do minoxidil no couro cabeludo e, consequentemente, otimiza o tratamento.
Por isso, o propilenoglicol é de longe o agente condutor de escolha em loções capilares de minoxidil 5%.
Propilenoglicol faz mal à saúde?
A busca por opções naturais para reduzir o uso de produtos industriais é uma tendência crescente.
Uma das justificativas para o movimento é a preocupação com questões de segurança, preservação ambiental e saúde.
Por conta de todas essas dúvidas, existem muitas pesquisas, testes e regras para uso de tais substâncias.
Agências governamentais como a ANVISA no Brasil e FDA nos Estados Unidos são os órgãos responsáveis pelas análises e deliberações.
Para regulamentar e classificar esse tipo de composto, as autoridades avaliam todos os dados e estudos científicos sobre o químico.
A partir disso, eles determinam o grau de segurança, quantidades e possíveis usos da substância.
No caso do propilenoglicol, não há estudos robustos comprovando toxicidade ou potencial cancerígeno para as formas e doses liberadas.
Desse modo, o propilenoglicol é reconhecido como seguro por essas agências, sendo, portanto, amplamente utilizado pela indústria.
Shampoo ou condicionador com propilenoglicol faz mal?
O propilenoglicol é um componente muito comum de xampus, condicionadores, cremes e diversos outros produtos capilares.
O uso desses cosméticos com propilenoglicol não faz mal ao cabelo ou couro cabeludo.
Pelo contrário, a substância ajuda a manter as formulações estáveis e mais duráveis.
Portanto, a princípio, não há motivos para evitar o uso de produtos com a substância na rotina capilar.
Minoxidil com propilenoglicol faz mal ao cabelo ou à pele?
É comum pessoas interromperem o uso de minoxidil por acharem que têm alergia a algum componente da fórmula.
Geralmente isso ocorre quando elas notam ardência ou queimação após tentativa de uso por conta própria de tônicos capilares.
Na maioria das vezes, porém, não se trata de uma alergia nem ao minoxidil nem ao propilenoglicol.
Embora existia dermatite de contato principalmente pelo propilenoglicol, em geral não é isso que ocorre.
O fato é que loções de minoxidil 5% com propilenoglicol podem mesmo causar problemas de vez em quando.
Isso porque o propilenoglicol é capaz de irritar o couro cabeludo, gerando inflamação local.
Como consequência, além de efeitos colaterais como vermelhidão, caspa, coceira e dor, o propilenoglicol também pode fazer o cabelo cair.
Nesse caso, a substância potencializa não só a ação, mas também o efeito shedding do minoxidil.
Assim, a orientação é suspender o uso da loção de minoxidil com propilenoglicol se surgirem sinais ou sintomas cutâneos.
Para evitar esses e outros riscos durante o tratamento capilar, é interessante ter o acompanhamento de um médico especialista.
A Clínica Doppio possui uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície. Além disso, contamos ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema na busca de um bom resultado.
Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.
Dr. Nilton de Ávila Reis
CRM: 115852/SP | RQE 32621