Mitos sobre calvície e queda de cabelo 

A falta de informação contribui para que se crie muitos mitos sobre calvície.

Muitos deles estão associados a queda de cabelo.

Abaixo serão apresentados alguns exemplos.

Mitos sobre calvície:

1. Calvície genética não tem tratamento

A alopecia androgenética, também conhecida como calvície genética, é uma das causas mais comuns de perda de cabelos.

Ela afeta tanto homens quanto mulheres, com apresentações clínicas distintas nos dois grupos.

Até o início da década de 80 não havia nenhum medicamento aprovado para o tratamento da calvície.

Com isso, o diagnóstico de calvície genética era praticamente uma sentença: “você vai ficar calvo!”

Entretanto, novos medicamentos e procedimentos têm proporcionado bons resultados tanto para recuperação quanto para a reconstrução capilar.

Atualmente é possível não somente impedir a progressão da alopecia como também reverter áreas que estão ficando calvas.

Assim, o antigo conceito de que calvície genética não tem tratamento passou a ser apenas um dos mitos sobre calvície.

2. A calvície só acomete homens mais velhos

Infelizmente, um dos mais divulgados mitos sobre calvície é de ela só atinge homens mais velhos.

Realmente homens mais velhos são o grupo mais acometido: até 85% dos homens aos 70 anos têm calvície.

Entretanto, a calvície genética também é uma das principais causas de perda de cabelos em mulheres e adolescentes.

Estima-se que até 40% das mulheres apresentam sinais de alopecia após a menopausa.

Adolescentes também são comumente afetados, sendo que esses vêm apresentando rarefação capilar cada vez mais cedo.

Sabe-se que a alopecia androgenética é um quadro progressivo, com melhor resposta terapêutica quanto antes se inicia o tratamento.

Dessa forma, por não considerar a possibilidade de ficarem calvos, muitas mulheres e adolescentes diminuem suas chances de recuperação seus cabelos.

3. Queda significa perda de cabelo

A queda dos fios talvez seja um dos maiores temores quando o assunto é cabelo.

Isso faz com que muitas pessoas até evitem lavar os cabelos com frequência, com medo de que eles caiam.

A sensação que elas têm é de que os cabelos que estão caindo não voltam mais.

Mas para alívio dessas pessoas, na maioria das vezes, isso é mais um dos mitos sobre calvície.

Primeiro porque a queda faz parte do ciclo do cabelo, sendo normal que caiam até 150 fios todos os dias.

Além disso, os fios que caem geralmente são substituídos por outros, repondo os espaços abertos pelos fios que caíram.

O que talvez justifique essa preocupação é o fato de na alopecia, a queda pode significar perda do fio.

Isso porque pelo processo de miniaturização a queda nesses casos pode ser seguida pela reposição por fios mais finos e curtos ou até pela sua extinção.

4. A calvície genética vem da mãe

Não é raro encontrar pessoas inconformadas por terem calvície genética apesar de não se recordarem de nenhum parente calvo.

Ainda mais comum é  ouvir que o gene da calvície vem da parte da mãe.

Além de abordarem o mesmo tema, essas afirmações têm algo mais em comum: ambas são mitos sobre calvície.

Estudos sugerem que a herança genética pode ser responsável por até 80% da predisposição a ser calvo.

Entretanto, o padrão de herança genética que determina essa condição não é simples.

Diversos genes parecem estar envolvidos, sendo um deles o gene do receptor de andrógeno (AR).

Esse gene fica localizado no cromossomo X, que é o cromossomo que filhos homens herdam das mães.

Por ser um dos primeiros genes descobertos, inicialmente se acreditava que ele seria o responsável único pela calvície.

A descoberta posterior de novos genes envolvidos na calvície e o melhor entendimento de conceitos como o de expressividade e penetrância do gene ajudaram a entender um pouco mais sobre o assunto atualmente.

Apesar dos avanços, ainda se acredita que existam outros genes não descobertos envolvidos na calvície.

5. O boné vai te deixar careca

A alopecia androgenética é uma condição em que há participação de hormônios masculinos ou andrógenos.

Como caracteristicamente esses hormônios começam a aumentar após a puberdade, é comum que os primeiros sinais da calvície sejam notados na adolescência, principalmente em homens.

Seja para disfarçar os cabelos ralos, seja por um comportamento de grupo ou por uma questão cultural, adolescentes costumam usar boné com mais frequência.

Talvez por associar o início da rarefação capilar com o uso mais frequente de boné na adolescência, mães costumam ficar preocupadas com os possíveis riscos do uso frequente de bonés.

Apesar de poder acentuar quadros de dermatite e provocar queda dos cabelos, o uso do boné não causa calvície.

Dessa forma, a relação entre uso do boné e calvície não passa de mais um dos mitos sobre calvície.

6. Babosa trata calvície

A Aloe Vera, popularmente chamada de babosa, é muito utilizada informalmente para tratamentos capilares.

Seus possíveis benefícios incluiriam desde controle da queda até melhora da rarefação capilar.

No entanto, isso não passa de mais um dos muitos mitos sobre calvície.

De fato, a babosa têm propriedades medicinais que incluem ações hidratante e anti-inflamatória.

Mas assim como ocorre com outras plantas como Saw Palmetto, coco e alecrim, não há embasamento científico para seu uso.

Inclusive, não há nenhuma planta, extrato vegetal ou receita caseira que sejam aprovados para tratamento da calvície.

Mitos sobre calvície: o que é verdade?

Há muita informação falsa quando o assunto é calvície.

A possibilidade de ficar calvo faz com que homens e mulheres busquem por respostas para seus problemas.

Dessa forma, essas pessoas se tornam mais susceptíveis a acreditar em mitos sobre calvície e suas supostas soluções milagrosas.

A propagação desses mitos faz com que muitos deles passem a ser tidos como verdade.

Por isso, é fundamental buscar fontes confiáveis sobre o assunto antes de repassar as informações adiante.

Procure um médico especialista em cabelos para esclarecer suas dúvidas sobre calvície e queda de cabelos.

A Clínica Doppio além de possuir uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície, conta ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.

Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

 

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621

Médico formado pela UNICAMP e dermatologista pela USP, com mais de 10 anos de experiência no tratamento de problemas capilares e do couro cabeludo. Integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein e Sírio-Libanês.


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