Agentes, hábitos e situações que fazem mal ao cabelo

Há muita dúvida sobre o que realmente faz mal ao cabelo.

A saúde capilar, assim como a de outros sistemas e partes do corpo, depende de uma série de fatores.

Muitas das causas de comprometimento dos fios vêm de problemas internos, mas também de hábitos e erros da rotina capilar.

Por isso, é interessante saber quais são os cuidados específicos para evitar danos e a degradação dos fios.

Por que é importante saber o que faz mal ao cabelo?

Existe uma série de situações prejudiciais ao fio de cabelo.

Todas elas têm em comum a capacidade de agredir ou piorar a estrutura da haste capilar.

De acordo com a intensidade e tempo de exposição a essas ações ou agentes, pode haver danos mais significativos às fibras.

O resultado, desse modo, acaba sendo a maior fragilidade e quebra do cabelo.

Além disso, a erosão da superfície do fio o torna mais áspero, seco e sem brilho.

Sendo assim, para evitar tais agravos a sua aparência, é legal aprender o que faz mal ao cabelo

Hábitos ruins para o cabelo: como evitá-los

Ninguém quer ter cabelo feio.

Entretanto, grande parte das pessoas não sabe como tratar para deixá-lo bonito.

A intenção na maioria das vezes é boa, mas em geral escapa algum detalhe técnico ou falha de execução.

Realmente são muitas informações e orientações distintas sobre como lidar  com o cabelo. Algumas delas, inclusive, nada acessíveis ou factíveis.

O assunto é complexo mesmo e, claro, os cuidados capilares dependem de uma análise mais profunda.

Nem tudo o que serve para uma pessoa vai ser bom para outras. O resultado varia, por exemplo, de acordo com o tipo de fio e resposta do organismo.

Contudo há algumas ações e rituais em comum capazes de comprometer a saúde capilar.

Dentre os agentes e costumes ruins para vitalidade do fio de cabelo estão:

  • lavagem excessiva;
  • radiação solar;
  • água quente;
  • cloro da piscina;
  • procedimentos químicos;
  • pente ou escova imprópria;
  • uso inadequado do secador;
  • apliques ou tranças apertadas;
  • exagero na manipulação dos fios;
  • não cortar regularmente as pontas;
  • dietas restritivas ou má-alimentação;
  • prender ou dormir com cabelo molhado;
  • escolha e utilização incorreta de produtos capilares;
  • atrito de presilhas, toalha, boné ou fronha do travesseiro;
  • uso de chapinha, babyliss, escova giratória ou outras pranchas e modeladores;
  • ignorar ou adiar cuidados com a saúde e não fazer um check-up médico regulamente.

Como se percebe, não é à toa que é difícil ter um cabelo saudável.

Por isso mesmo, ter uma cabeleira viçosa chama tanta a atenção.

Mas ser difícil não significa ser impossível. 

Cada cuidado a mais reflete na aparência dos fios.

Dessa maneira, vale a pena ter atenção aos hábitos e rotinas a seguir.

Lavar a cabeça com muita frequência faz mal ao cabelo

Quanto mais se lava a cabeça mais se desgasta o fio.

Então, tomar banho uma ou mais vezes ao dia faz mal ao cabelo.

Essa observação é especialmente válida para quem tem fios crespos, com cachos ou química.

Isso porque a haste capilar nesses casos tem dificuldade em reter o óleo natural responsável pela hidratação do fio.

Seja pela sua conformação curva ou pelos danos à cutícula, esses fios tendem a ser mais secos.

Por sua vez, o ressecamento deixa o fio mais fraco e sem brilho.

Portanto, é essencial ajustar a frequência de lavagem com  as necessidades específicas do cabelo.

Além disso, é preciso fazer a seleção e utilização corretas de cosméticos para cada tipo de fio.

Erros na escolha de produtos capilares 

Talvez essa seja a tarefa mais árdua do processo de cuidados com o fio.

Como existem muitos tipos de xampu, condicionador, máscaras, cremes, fixadores e finalizadores, é difícil se decidir.

Além disso, há uma complicação extra: a especificidade de cada cabelo.

Desse modo, um shampoo ou cosmético bom para um não necessariamente garante o resultado no outro, mesmo sendo semelhante.

Então, de pouco adianta a recomendação de parentes, amigos, blogueiros ou influencers.

No final, a decisão sobre os produtos capilares acaba sendo só sua.

E não tem outro jeito.

Para chegar à opção certa é preciso se informar bem e fazer tentativas.

Shampoo

Existe uma infinidade de xampus, com vários tipos, cores, cheiros e viscosidade.

Há também muita variação nos ingredientes, propriedades químicas e ações deles.

Diante de tantas alternativas, é preciso filtrar quais características do shampoo são realmente valiosas. 

Afinal de contas, um shampoo ruim faz mal ao cabelo.

O primeiro ponto a se considerar é a formulação do shampoo.

A maior parte dos xampus disponíveis usam um detergente barato e muito agressivo aos fios: o lauril sulfato. Esse e outros sulfatos ressecam demais os fios, tornando-os mais frágeis e quebradiços.

Portanto, sabendo que o sulfato faz mal ao cabelo, é interessante evitar xampus com o composto.

Prefira produtos com surfactantes menos lesivos à base de óleos essenciais.

Outro aspecto para ficar atento na composição do xampu é a quantidade de espessantes, opacificantes e demais agentes de textura.

Essas substâncias extras para tornar o produto mais atrativo acabam é deixando mais resíduos no fio. O mesmo ocorre com o shampoo a seco.

Por isso é bom evitá-los.

Por fim, o ph também faz parte dos quesitos a se considerar.

O ph do fio é baixo, ou seja, em torno de 3,67.

Quanto maior o ph do produto, mais ele abre as cutículas, danifica e resseca o fio.

Logo, procure usar um shampoo com ph entre 4 e 6.

Fixadores de penteado

Usar gel com álcool faz mal ao cabelo.

Ao evaporar, o álcool desidrata o fio, tornando-o mais frágil e susceptível à quebra.

As pomadas, ceras e argilas são boas opções para cabelos curtos. Mas é preciso ter atenção na escolha e uso desses produtos para não deixar o cabelo oleoso ou pegajoso.

Isso porque quanto mais o produto enseba e gruda no fio, mais difícil é para retirá-lo.

O esforço e os produtos necessários para limpar o fio então acabam gerando seu desgaste.

Dessa forma, busque formulações com ingredientes alternativos que sejam mais suaves e naturais. 

Cremes, máscara e condicionador

O ressecamento dos fios é um dos principais vilões da saúde capilar.

Por isso, é interessante estabelecer um bom cronograma capilar para garantir a hidratação dos fios.

Para cabelos finos ou oleosos, um condicionador leve já é suficiente.

Contudo, em pessoas com fios crespos ou com química, pode ser preciso incluir usar uma máscara e cremes pós-banho.

A escolha dos produtos deve respeitar as características do fio, mas também levar em consideração a sua composição.

Nesse sentido, deve-se evitar produtos com silicones insolúveis, pois eles são mais difíceis de remover.

Assim como as pomadas modeladoras, os cremes com petrolatos também grudam mais, exigindo maior força para retirá-los.

O resultado final é o desgaste e ressecamento do fio.

Tomar banho com água quente faz mal ao cabelo

No inverno, é comum aumentar a temperatura do chuveiro ao tomar banho.

Porém, a água quente intensifica o poder de limpeza do shampoo e do sabonete.

Assim, eles podem acabar removendo a camada natural de lipídeos que protege e hidrata o fio e a pele.

Para os cabelos, a consequência então é ter fios cada vez mais secos e frágeis.

Para evitar tais problemas, a sugestão é reduzir a temperatura ao enxaguar os fios e caprichar na hidratação após.

Passar muito creme faz mal ao cabelo

A rotina de hidratação é fundamental para ajudar na retenção de água do fio.

Cabelos devidamente hidratados embaraçam e quebram menos, além de serem mais brilhosos, com menos frizz e mais movimento.

Entretanto, a aplicação incorreta de cremes hidratantes pode causar hidrofobia capilar, levando a maior dificuldade em absorver água.

Parece estranho, mas é real: hidratante demais resseca e faz mal ao cabelo, aumentando sua chance de quebra.

Secagem do cabelo

Além dos cuidados ao lavar e hidratar os fios, também é preciso prudência na hora de secá-los.

Ao sair do banho, deve-se retirar o excesso de umidade com uma toalha.

Para preservar os fios, sugere-se aplicar movimentos suaves de apertar e não de esfregar com a toalha.

Quem tem cabelo longo, deve orientar a secagem da raiz para as pontas.

A escolha do tecido também é importante, pois o atrito da toalha faz mal ao cabelo.

Dessa forma, a preferência é por tecidos como microfibra ou algodão bem macio.

Após retirar o excesso de umidade com a toalha, a melhor opção é deixar o cabelo secar naturalmente.

Contudo, caso se queira usar o secador, também não há grandes problemas.

Desde que se faça o uso correto, o secador não faz mal ao cabelo.

Pelo contrário, estudos científicos comprovam o inverso.

A orientação é manter o secador na temperatura média, com movimentos contínuos, à pelo menos 15 centímetros de distância.

Faz mal ao cabelo prender ou dormir com ele molhado

Nada mais relaxante do que tomar um banho após um dia longo de trabalho ou um treino intenso na academia.

Entretanto, ao chegar tarde em casa, fica difícil lavar e secar os cabelos, principalmente se eles forem longos e volumosos.

Desse modo, principalmente em dias quentes, não é incomum as pessoas dormirem com ele sem secar.

Porém esse hábito não é uma boa, pois dormir com fios molhados faz mal para o cabelo.

Primeiro porque o cabelo úmido fica com maior tendência a quebrar com o atrito do travesseiro.

Além disso, a umidade e abafamento torna o couro mais propício ao crescimento de fungos e, consequentemente, dermatite seborreica.

O resultado final então pode ser o aumento da queda de cabelo.

Erros ao pentear

Um hábito comum que faz mal ao cabelo é penteá-lo molhado com movimento de cima para baixo.

O ideal é desembaraçar o fio usando um creme específico e começar a retirar os nós de baixo para cima. 

Além do ato de pentear, o próprio pente ou escova pode causar danos ao fio.

Cada tipo de fio tem um pente próprio que preserva a sua textura e não faz mal ao cabelo.

O cabelo afro, por exemplo, sendo mais frágil, exige o uso de pente jacaré para modelação. Já fios lisos beneficiam-se de pentes finos ou escovas redondas, por exemplo.

Ao pentear os fios molhados dê preferência por um pente com dentes largos e, quando secos, opte pelas cerdas macias.

Mega hair faz mal ao cabelo

As extensões capilares são muito populares entre mulheres.

A ideia de ter mais cabelo realmente é atraente, ainda mais para quem sofre com cabelos ralos.

Contudo, os apliques capilares são uma verdadeira faca de dois gumes. Se por um lado, ele proporciona ganho imediato de comprimento e volume capilar, por outro, ele vai o minando lentamente.

E não importa se é Mega Hair, rastafari, tranças, dread e nem o tipo de alongamento ou aplique. Todos eles prejudicam os fios.

O peso e pressão que eles exercem sobre a haste capilar arrebentam os fios.

Além disso, dependendo da tração e do tempo de uso pode haver arrancamento da raiz com alopecia cicatricial definitiva.

Química capilar

Não é de se espantar o fato de procedimentos químicos como coloração ou alisamento maltratarem os fios.

Afinal de contas, para mudar o formato ou a cor do cabelo é preciso agir em camadas mais profundas.

Nesse processo, há diversas substâncias químicas altamente danosas às fibras capilares.

A descoloração, por exemplo, utiliza peróxido de hidrogênio ou água oxigenada, que sabidamente faz mal ao cabelo.

Por sua vez, as tinturas também contêm amônia, outro componente ruim para os fios.

Isso sem falar nos alisantes como formol ou hidróxidos.

É muita química e, como não poderia deixar de ser, muito estrago.

É meio ilógico, mas é o que acontece: tentando deixar o cabelo mais vistoso, as pessoas na verdade o destroem.

Aparelhos térmicos

Se o cabelo resistir a progressiva, luzes e aplique, ainda tem um golpe extra: a finalização com modeladores.

O uso de chapinha, babyliss ou escova modeladora provoca dano térmico e, dessa maneira, faz mal ao cabelo.

O calor desnatura proteínas e gera fraturas na cutícula, enfraquecendo a haste capilar.

Além disso, a deterioração da superfície do fio dificulta a retenção de água, tornando-o seco e pouco maleável.

Portanto, se a intenção é cuidar, é bom saber que a utilização de modeladores e pranchas faz mal ao cabelo.

Exposição solar excessiva 

Pacientes com calvície costumam se preocupar com a radiação solar porque temem o surgimento de câncer no couro cabeludo.

Entretanto, Sol demais também faz mal ao cabelo.

Os raios ultravioleta (UVA e UVB) causam estragos à cutícula, camada mais externa dos fios.

Por sua vez, esses danos podem ter relação com problemas como frizz, ressecamento capilar e fios quebradiços.

Dessa forma, é recomendável colocar chapéu ou boné e usar produtos contendo filtro solar antes de períodos de maior exposição.

Piscina e praia

O hábito de frequentar piscinas pode causar descoloração do fio ou deixá-lo verde devido à presença de cobre na água.

Além disso, o cloro da piscina também faz mal ao cabelo.

Ao nadar com frequência, o cloro desgasta e resseca os fios.

Desse modo, é preciso adotar a rotina de lavagem e de hidratação após a natação.

A praia é um ambiente ótimo para descansar e relaxar.

Contudo, ela também apresenta diversos riscos à saúde dos cabelos. É o caso, por exemplo, da exposição ao Sol, vento, areia e a água do mar.

Essa combinação faz mal ao cabelo por embaraçar, desgastar e ressecar os fios, aumentando sua tendência à quebra.

Não cortar regularmente faz mal ao cabelo

O corte regular é importante para retirar as pontas duplas que se formam por esgarçamento das fibras capilares.

Manter essas fraturas nas extremidades cria caminho para ele rasgar ainda mais em direção à raiz.

Além disso, as pontas são mais secas. Em parte, isso se deve à maior distância das pontas de onde se produz o óleo, ou seja, do couro.  Outro motivo para ser mais seca é porque essa também é a região com maior acúmulo de danos.

Assim, as pontas tendem a formar nós e embaraçar com maior frequência, gerando quebra ou tracionamento do fio ao pentear.

O período de oito semanas, em média, é uma referência para cortar o cabelo comprido.

Manipulação excessiva faz mal ao cabelo

Não é incomum encontrar pessoas com o hábito de ficar passando a mão na cabeça.

O ato normal, no entanto, pode se tornar uma mania e prejudicar os fios.

Ao levar a mão no cabelo, por exemplo, aumenta-se a quantidade de sebo, suor e sujeira nos fios.

A fricção das mãos com o cabelo também pode gerar desgaste das fibras capilares, tornando os fios mais fracos.

Isso sem contar a possibilidade de inoculação de bactérias ao coçar a cabeça, favorecendo a foliculite capilar.

Enfim, existem diversos motivos para acreditar que faz mal ao cabelo passar demais a mão na cabeça.

Dietas e alimentação inadequada

O desbalanço nutricional é um fator crítico para a vitalidade capilar.

Portanto, comer errado faz mal ao cabelo.

Dietas restritivas visando o emagrecimento rápido têm potencial para gerar queda de cabelo.

Mesmo quem não faz regime está sujeito a desequilíbrios alimentares.

Afinal de contas, comer muito não significa se alimentar bem.

Muito pelo contrário.  Em geral, as pessoas comem em grande quantidade o que as apetecem, mas esquecem de variar os alimentos.

A comida, então, acaba perdendo a função de suprir o corpo em nutrientes, passando a ser, exclusivamente, um ato de prazer.

Esse tipo de hábito alimentar compromete a saúde do cabelo.

Por isso, é essencial conhecer as necessidades do corpo e informações nutricionais dos alimentos para saber distribuí-los melhor nas refeições.

É preciso se buscar uma alimentação balanceada e saudável, com níveis adequados de vitaminas, proteínas, carboidratos complexos e gorduras saudáveis.

O que você fazer quando a perda de cabelo persiste?

Não é incomum ter na rotina algum hábito que faz mal ao cabelo.

Assim, conhecer os costumes que podem danificar os fios permite criar uma rotina mais adequada à saúde capilar.

Mas, mesmo existindo atos diretamente relacionados à queda de cabelo, nem sempre eles são os únicos responsáveis por ela.

Muitas vezes, a quebra ou queda pode decorrer de fatores além das escolhas cotidianas.

Por isso, ao perceber uma queda excessiva, sem relação com os hábitos e cuidados capilares, o correto é procurar ajuda.

O auxílio profissional possibilita o diagnóstico e tratamento, minimizando o impacto de tudo o que faz mal ao cabelo.

A Clínica Doppio  possuir uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície. Além disso, contamos ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.

Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621

Médico formado pela UNICAMP e dermatologista pela USP, com mais de 10 anos de experiência no tratamento de problemas capilares e do couro cabeludo. Integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein e Sírio-Libanês.


Posts Relacionados

Cuidados com o cabelo para prevenir a tração e quebra dos fios
Os cuidados com o cabelo são indispensáveis para manter a aparência, mas também a saúde... (Leia mais)
Eletroestimulação capilar para tratamento da calvície
Existem diversas áreas de pesquisa envolvendo terapias emergentes para tratamento da alopecia. Uma delas é... (Leia mais)
Como tirar o verde do cabelo?
Uma dúvida comum de quem pratica natação ou usa piscinas rotineiramente é como tirar o... (Leia mais)

Deixe um comentário

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *