O que a oleosidade dos cabelos pode indicar?

A oleosidade capilar depende de fatores intrínsecos, características dos fios e também dos hábitos e cuidados com os cabelos.

Se por um lado, o óleo ajuda a manter a hidratação, dá brilho e protege o fio e couro cabeludo; por outro, ele pode contribuir para o desenvolvimento de dermatite e queda de cabelo.

Quais fatores são responsáveis pela oleosidade capilar?

O excesso de óleo que torna o cabelo gorduroso, pesado está associada a diferentes fatores.

Produção sebácea

A produção de sebum, um dos fatores mais determinantes para a oleosidade capilar, varia ao longo da vida.

Segundo estudos, as glândulas sebáceas estão presentes desde o nascimento e apresentam uma produção relativamente alta de sebo neste momento.

Justamente por isso, ocorrências como a dermatite seborreica e a caspa são comuns até os 3 meses de idade.

A produção estabiliza-se durante a infância e volta a aumentar na puberdade, crescendo drasticamente.

Em seguida, ela tende a se regularizar novamente.

A oleosidade passa a diminuir nas mulheres pós-menopausa e nos homens a partir dos 70 anos.

Entre os fatores associados ao excesso de sebo e consequente oleosidade estão:

  • sexo masculino;
  • mulheres no período de ovulação;
  • estação do ano: primavera ou verão;
  • clima úmido;
  • afrodescentes.

Pessoas que compõem o grupo de risco devem ficar atentas aos cuidados capilares, pois eles também consistem em fatores importantes para minimizar a oleosidade.

Tipos de cabelo 

Além da produção de sebum, o tipo de cabelo também é um fator determinante na oleosidade capilar.

Isso porque o formato do fio interfere na distribuição do óleo produzido pelo couro cabeludo ao longo da haste capilar.

Portanto, mesmo que pessoas com cabelos afro tenham uma produção aumentada de sebo, a tendência é que eles tenham cabelos com pontas ressecadas.

O motivo é a conformação do fio nesse tipo de cabelo.

O fio afro é um fio achatado, com formato oval quando seccionado transversalmente. Por causa disso, ele tende a crescer em espiral, formando diversas voltas ao redor do próprio eixo, o que faz ele ficar com aspecto enrolado.

Quanto mais oval e enrolado é o cabelo, mais difícil é para o óleo do couro cabeludo chegar até as pontas dos fios, tornando-as ressecadas.

Já cabelos lisos e e com fios arredondados, como os de asiáticos, têm tendência a serem mais oleosos.

Temperatura e frequência da lavagem

Temperaturas mais elevadas, como no verão, e o fato de não lavar os cabelos com a frequência adequada também são fatores importantes para se ter cabelos oleosos.

Mas ainda que a oleosidade seja mais comum no verão, durante o inverno os fios são agredidos de outra forma: a temperatura da água.

A elevada temperatura da água no banho potencializa a remoção de gorduras pelos dermocosméticos.

No entanto, a retirada demasiada dos lipídios do fio e do couro provoca o ressecamento excessivo desses locais.

O resultado é a oleosidade rebote, pela qual há uma produção acelerada de sebo para compensar a falta de proteção.

Esse problema também pode ocorrer quando os fios são lavados demais, como duas vezes ao dia, retirando as camadas naturais de proteção.

Para amenizar esses problemas, é importante avaliar quais os produtos mais adequados para cada pessoa, de acordo com seu tipo de cabelo e rotina de atividades e cuidados de higiene pessoal.

Hábitos e produtos que contribuem para a oleosidade capilar

O uso inadequado de produtos como, por exemplo, óleos, condicionadores, reparador de pontas, leave in e fixadores pode contribuir para a oleosidade capilar.

Além disso, hábitos como pentear e passar a mão excessivamente no cabelo também resultam em aumento da oleosidade dos fios.

Isso porque o pente e a escova ajudam a distribuir o óleo do couro cabeludo para o restante do fio.

Por sua vez, ao passar a mãos nos cabelos, o toque transfere o óleo das mãos aos fios.

Xampus

Os cuidados na escolha de xampus também influenciam no nível de oleosidade capilar.

Um primeiro aspecto a ser destacado é se o produto utilizado é apropriado ao tipo de cabelo.

Esse aspecto é relevante, pois a escolha errada do shampoo pode fazer com que se retire a oleosidade dos fios e do couro de forma inadequada.

É o que defende, por exemplo, a técnica low poo.

Essa técnica estimula o uso de produtos capilares sem sulfato e derivados de petróleo como forma se preservar a oleosidade natural e melhorar o aspecto do fio.

Os sulfatos são substâncias com alto poder de limpeza e, portanto, são eficazes para retirar o óleo dos cabelos.

O problema é que produtos com sulfatos podem ser responsáveis por ressecar excessivamente os fios de pessoas com cabelos afro.

Nesses casos, o ressecamento excessivo dos fios provocado por produtos com sulfatos pode contribuir para a quebra dos cabelos.

Entretanto, se por um lado, os xampus sem sulfatos podem melhorar o ressecamento dos fios de pessoas com cabelos afro, por outro, eles podem não ser suficientes para amenizar a oleosidade capilar em outros tipos de cabelo.

Além disso, mesmo em pessoas com cabelos afro, o uso exclusivo de xampus com menor poder de limpeza também pode contribuir para a excessiva oleosidade do couro cabeludo.

Por sua vez, a oleosidade do couro cabeludo pode estar associada ao aumento da queda capilar.

Como a oleosidade capilar contribui para a queda de cabelo?

O óleo presente nos fios não interfere no ciclo do cabelo e portanto, não provoca queda de cabelos diretamente.

Entretanto, a oleosidade capilar pode ser um indicador da quantidade de sebum do couro cabeludo.

Por sua vez, o excesso de sebum do couro está associado a quadros de caspa e dermatite seborreica.

Nesses casos, a inflamação do couro cabeludo pode contribuir para um aumento da queda de cabelos.

Oleosidade capilar: como tratar?

Todos os exageros são prejudiciais.

Se por um lado, não lavar o cabelo periodicamente pode resultar no aumento da oleosidade, inflamação do couro cabeludo e queda de cabelos; por outro, lavar demais, principalmente com produtos inadequados, pode fazer com que os fios fiquem mais enfraquecidos e quebrem.

Além disso, a excessiva retirada do óleo do couro cabeludo também contribui para a oleosidade rebote e dermatite.

Portanto, a oleosidade capilar e do couro cabeludo devem ser analisadas com cuidado de forma a manter o equilíbrio necessário para evitar consequências negativas de suas alterações.

Caso haja queda de cabelo anormal ou oleosidade excessiva a recomendação é procurar um médico especialista para avaliação.

A Clínica Doppio, além de possuir uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície, conta ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.

Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621


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2 Responses

  1. boa tarde,
    sempre tive um cabelo com tendência a oleosidade, mas há 5 dias que está com oleosidade extrema e que não sai. enquanto lavo no banho sinto essa oleosidade toda, saiu do banho acabado de lavar e está exatamente igual. como se não lavasse há semanas na zona superior da cabeça.
    posso estar com algum distúrbio?? o que devo fazer?

    1. Olá, Sara

      Existem algumas possibilidades para o quadro descrito por você.
      Para saber exatamente o que está acontecendo é preciso passar por uma avaliação médica.
      Somente após avaliação completa (https://clinicadoppio.com.br/diagnostico-e-exames-para-queda-de-cabelo/), com análise do fio de cabelo, couro cabeludo e exames de sangue, é que se pode esclarecer o que está ocasionando a oleosidade.
      Caso queira mais informações, entre em contato conosco pelo número (11) 38539175.
      Estamos à disposição para ajudá-la.

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