Queda de cabelo no verão: entenda as causas

Algumas pessoas se queixam de perceberem mais queda de cabelo no verão.

Mas será que existem razões para justificar o cabelo cair mais nessa estação?

Aumento da queda de cabelo no verão: mito ou verdade?

Antes de buscar possíveis causas para explicar a queda de cabelo no verão, é preciso saber se ela realmente acontece.

Para responder essa dúvida, algumas pesquisas fizeram um acompanhamento da queda capilar ao longo do ano.

Um desses trabalhos científicos é o do British Journal of Dermatology de 2018. 

Na revisão, observou-se um aumento de até 6% na queda de cabelo feminino durante o verão.

Outra pesquisa envolvendo 823 mulheres também identificou mais folículos em fase de repouso no verão. A fase de repouso, ou telógena, é o período que precede o desprendimento do fio.

Assim, quanto maior o número de fios na fase telógena, mais intensa é a queda.

Embora as mulheres tenham sido o público dessas pesquisas, os homens também apresentam resultados semelhantes.

Portanto, os estudos comprovam haver aumento da queda de cabelo no verão tanto em homens quanto em mulheres.

Quais fatores podem causar a queda de cabelo no verão?

O cabelo, assim como outros aspectos da saúde, está sujeito a variações do clima.

Mudanças na temperatura, umidade e a própria exposição ao Sol criam situações e mudanças de hábitos a cada estação.

Além disso, existem outros fatores capazes de favorecer a queda de cabelo no verão.

Alguns deles serão descritos a seguir.

Sazonabilidade e ciclo circadiano

A queda de cabelo é sazonal, ou seja, por si só ela já sofre influência das estações do ano.

Assim como as folhas caem no outono, os fios também se desprendem do couro mais facilmente nessa época do ano.

Dessa forma, o outono é a estação na qual o cabelo cai mais.

Além do outono, os estudos apontam um segundo pico de queda capilar no verão.

Embora existam teorias sobre possíveis motivos para essa variação ao longo do ano, ainda não está claro porque isso ocorre.

Uma das explicações para a queda de cabelo no verão se relaciona à própria função dos fios.

Nos meses mais frios, o cabelo e os pelos corporais atuam como isolantes térmicos, evitando a perda de calor.

Em épocas mais quentes, no entanto, eles passam a não ser tão necessários.

Dessa forma, o organismo tende a não direcionar tanta energia para o crescimento capilar, gerando queda.

Além disso, no verão, os dias são mais longos e há mais tempo de exposição à luz, resultando na redução da melatonina.

A melatonina é um hormônio capaz de regular o ciclo circadiano, ou seja, o tempo de sono e de vigília.

Quanto menos melatonina, menos sono.

Além disso, a redução da melatonina também afeta hormônios com ação no ciclo capilar e crescimento do cabelo.

Desidratação

No verão, há um aumento da perda hídrica  pelo suor, com tendência à desidratação.

A falta de líquidos também pode atingir os cabelos, resultando em quebra dos fios.

Para evitar o problema, é recomendável ajustar a ingestão de água e adotar rotinas de hidratação.

Exposição solar 

A radiação ultravioleta provoca danos à estrutura do fio, tornando-o mais frágil e propenso à quebra.

Além disso, pessoas calvas podem apresentar queimaduras solares no couro cabeludo, com inflamação e queda de cabelo.

Praia

No verão, a procura pelas praias aumenta.

Sol, vento, areia e sal da água do mar ajudam a embaraçar e fragilizar ainda mais os fios.

O próprio suor e ambiente úmido e quente do couro cabeludo quando se coloca bonés ou chapéus também é prejudicial.

Isso porque essas são condições ideias para o crescimento de fungos e agravamento da seborreia, gerando queda capilar.

Química e chapinha

A soma do dano térmico e químico é outro fator de agravamento da sensação de queda de cabelo no verão.

Não é incomum as pessoas fazerem mais escova progressiva, botox, alinhamento ou relaxamento no verão.

Com o aumento da umidade nessa estação, o cabelo fica com mais frizz, mais volume, porém sem forma.

A situação fica ainda pior na praia, onde essas condições se acentuam exponencialmente.

Diante dessa situação, pessoas com cabelo longo recorrem mais a métodos de alisamento capilar.

Não bastasse o dano químico, ainda se soma o dano térmico da radiação solar e de chapinhas, pranchas ou babyliss.

Não há cabelo que resista a esse ataque em massa.

Assim, para evitar a quebra e queda de cabelo no verão modere na química, restrinja o uso de modeladores e abuse de cremes com filtro solar e protetor térmico.

Penteados

Quem tem cabelo comprido sofre com o verão.

Então, nada mais instintivo do que prender os cabelos para aliviar um pouco a sensação de calor.

Tranças, coques, rabo de cavalo e por aí vai.

Não que haja algo de errado com isso, mas alguns cuidados precisam ser tomados nesse caso.

Assim, por exemplo, é legal evitar prender o cabelo molhado, pois a umidade predispõe a infecções fúngicas. 

Outra dica é optar por penteados não tão apertados na raiz do cabelo para reduzir a tração excessiva dos fios.

Prefira presilhas e amarradores de cabelo com materiais mais macios como o cetim.

Por fim, alterne o local e forma de prender os cabelos, evitando assim o desgaste, tensão, deformidade e umidade em uma mesma área.

Queda de cabelo no verão: o que fazer?

Cada estação do ano exige mudanças de hábitos para se adequar às novas condições climáticas.

Com os cabelos não poderia ser diferente.

Ao negligenciar cuidados e não adotar as adaptações necessárias, o resultado pode ser o comprometimento da saúde capilar.

Entretanto, se mesmo após tomar essas medidas ainda houver persistência da queda, é hora de procurar um médico especialista.

A Clínica Doppio  possuir uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície. Além disso, contamos ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.

Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621


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