Tratamentos para queda de cabelo e calvície que utilizam tecnologia

Por trás do uso da tecnologia para tratamento capilar há anos de pesquisas científicas e testes de eficácia e segurança.

Por conta dessas rigorosas avaliações e pela sensação de estar usando algo mais atual e moderno, os tratamentos tecnológicos costumam atrair a atenção e a preferência dos pacientes.

Entretanto, a definição de qual tecnologia para tratamento capilar é mais adequada para cada caso depende de uma prévia avaliação e diagnóstico do médico especialista em cabelos.

5 opções de tecnologia para tratamento capilar

Os tratamentos capilares tecnológicos podem auxiliar tanto na prevenção como na recuperação da queda de cabelo e calvície.

1. LED ou laser de baixa potência

Há muito já se sabe que a luz emitida por um diodo auxilia na reparação e regeneração de tecidos, além de estimular a atividade e proliferação celular.

Desde a década de 60, cientistas pesquisam o uso do laser no tratamento de doenças e condições médicas, dentre elas a queda de cabelo e a calvície.

O laser de baixa potência foi aprovado como tecnologia para tratamento capilar pela agência de saúde americana FDA em 2007.

Naquele ano, o FDA aprovou o uso do laser capilar para o tratamento da calvície masculina. Em 2011, o laser também foi aprovado para tratamento da alopecia feminina.

A fotobiomodulação promovida pela luz vermelha (600 a 700 nm) e infravermelha (760 a 1000 nm) está entre os mecanismos responsáveis pelo crescimento e fortalecimento dos fios.

O cabelo fica mais forte porque o laser capilar aumenta a atividade das células do bulbo responsáveis pela produção do fio.

Existem diversos aparelhos de laser com tecnologia para tratamento capilar, alguns de uso domiciliar (home device) e outros para uso em clínicas especializadas.

Entre as opções de laser capilar de uso doméstico estão:

  • Escova: Hairmax lasercomb;
  • Tiara: Hairmax laserband;
  • Boné: Capellux, Capillus, Cosbeauty LLLT;
  • Capacete: Igrow.

Além desses, há ainda algumas plataformas integradas de tecnologia para tratamento capilar que incluem o laser.

Entre as disponíveis, encontram-se:

  • Stim Hair HTM: inclui fototerapia, alta frequência ou corrente galvânica e terapia a vácuo;
  • Bulge hair restoration: LED vermelho, amarelo e azul, microagulhamento, drug delivery, eletroestimulação, microcorrente, oxigenioterapia, spray de limpeza e pulverização de remédio tópico.

2. Drug delivery capilar ou microinfusão através do laser fracionado, intradermoterapia ou microagulhamento

Existem diversos aparelhos voltados à infusão de medicamentos e ativos no couro cabeludo. Um deles é o laser ablativo fracionado.

O laser fracionado de CO2 ou de érbio atua através da abertura de pequenos canais na superfície da pele.

Esses canalículos facilitam a absorção de ativos e remédios tópicos.

Além disso, a ideia é que as pequenas lesões criadas pelo laser também estimulem a liberação de fatores de crescimento.

Os fatores de crescimento são moléculas responsáveis pela comunicação entre as células, organizando as suas mais diversas funções.

No couro cabeludo, acredita-se que os fatores de crescimento fazem parte do processo de formação, desenvolvimento e renovação capilar.

Baseado nesses princípios, alguns estudo têm avaliado o laser fracionado como tecnologia para o tratamento capilar, principalmente na alopecia androgênica.

Os resultados dos poucos estudos disponíveis mostram que o laser pode ser uma opção segura, apresentando mínimos efeitos colaterais.

Apesar de promissora, no entanto, essa tecnologia para tratamento capilar necessita de mais investigação para comprovação de eficácia.

3. Eletrotricoterapia: tecnologia para tratamento capilar com estimulação elétrica

A estimulação elétrica do couro cabeludo pode induzir uma resposta biológica não-invasiva chamada eletrotricogênese.

Segundo estudos, o campo elétrico gerado por esses aparelhos seria capaz de aumentar o influxo de cálcio nas células da papila dérmica através de canais transmembrana voltagem-dependentes.

Com isso, haveria uma maior facilidade de produção de energia, estimulação da síntese de proteínas e divisão celular.

Como consequência, acredita-se que a eletrotricoterapia seria capaz de induzir a liberação de fatores de crescimento, promover a proliferação dos folículos capilares, prolongando sua fase crescimento e aumentando sua renovação.

O resultado clínico seria diminuição da queda de cabelo, com aumento da quantidade de fios.

Estudos realizados em ratos de laboratórios chegam inclusive a comparar a resposta dessa tecnologia para tratamento capilar com tratamentos convencionais bem estabelecidos, como o minoxidil.

Assim como acontece com o laser, também existem diversos tipos de tecnologia para tratamento capilar que utilizam corrente elétrica.

Em geral, os aparelhos de estimulação elétrica capilar são dispositivos móveis que emitem ondas elétricas ao ser colocado em contado com a pele.

Tanto o tipo quanto a intensidade da corrente elétrica aplicada podem variar de acordo com o aparelho usado.

Parâmetros como intensidade e duração do estímulo elétrico também costumam ser variáveis e ajustáveis.

4. Robô Artas: transplante capilar

O uso de medicamentos e de tecnologia para tratamento capilar produzem resultados limitados em graus avançados de alopecia.

Nesses casos, deve-se considerar a possibilidade de realizar o transplante capilar.

Assim como houve evolução tecnológica no tratamento clínico da calvície, também tem ocorrido avanços na técnica cirúrgica do transplante capilar.

No passado, a maior parte dos tratamentos cirúrgicos de alopecia masculina eram feitos através de grandes cortes no couro cabeludo.

Seja por retalhos ou pela técnica FUT, em que se retira uma fatia do couro cabeludo da nuca, o resultado eram cicatrizes muitas vezes aparentes e inestéticas.

Buscando evitar esse trauma e as falhas deixadas pela cicatrizes, uma nova técnica foi ganhando popularidade entre pacientes e médicos cirurgiões.

Trata-se da FUE, em que cada unidade folicular é escolhida e retirada individualmente para em seguida ser implantada fio a fio.

Pela técnica FUE não há necessidade de se fazer grandes cortes ou dar pontos.

A extração é feita com materiais cirúrgicos específicos e muito delicados, como o micropunch (0,7 a 1,2 mm) ou a caneta DHI CHOI.

Uma outra opção, no caso mais avançada, de tecnologia para tratamento capilar cirúrgico é o robô Artas.

Através desse sistema robótico é possível fazer a extração de unidades foliculares com análise digital da área doadora.

O Artas escaneia e digitaliza as características da área onde vão ser retirados os enxertos.

Através de algoritmos matemáticos, a máquina calcula a distância ideal para a extração das unidades foliculares dependendo da densidade capilar da área doadora.

Dessa forma, o Artas diminui as chances de que os locais de onde foram retirados os enxertos venham a ficar visíveis quando o paciente usar o cabelo curto ou raspado.

Além da escolha das melhores unidades foliculares e da distância entre os folículos extraídos, o robô também ajuda a determinar a inclinação ideal da coleta.

Depois de mapear todos os folículos, ele usa uma agulha dupla com câmara para extração das unidades foliculares com precisão robótica.

As vantagens da cirurgia robótica de transplante capilar feita com o Artas incluem:

  • detalhamento do planejamento cirúrgico; procedimento mais rápido;
  • execução mais precisa.

Entre as desvantagens, destacam-se:

  • custo elevado;
  • necessidade de treinamento específico para operar o robô;
  • dificuldades técnicas inerentes ao método, principalmente devido a angulação do crânio e elasticidade da pele do couro cabeludo;
  • limitação da técnica, uma vez que o robô só retira os enxertos. A parte mais importante para o resultado final, que é a arte de implantar o cabelo, continua sendo manual.

5. Caneta DHI CHOI

A caneta DHI (Direct Hair Implantation) CHOI também é uma técnica usada no transplante capilar para torná-lo mais moderno e eficaz.

Apesar de ser aparato associado o método FUE – Follicular Unit Extration – por conta da remoção individual de cada unidade folicular, a caneta CHOI apresenta particularidades importantes.

No método FUE, os folículos coletados são mantidos em placas de Petri até o momento da implantação na área receptora do couro cabeludo.

Além disso, para fazer a implante, o cirurgião precisa fazer diversas microincisões no couro cabeludo antes de colocar os enxertos.

Já com a caneta CHOI, os enxertos ficam armazenados no aparelho, sem passar por manuseio dos técnicos.

Além disso, a própria caneta permite fazer as incisões para que os implantes sejam colocados diretamente na área receptora.

Dessa forma, as fases de extração e implantação são combinadas e o tempo de permanência do enxerto fora do corpo é menor.

Essa tecnologia reflete em benefícios diretos no transplante capilar, como:

● enxertos mais fortes e saudáveis;

● maior taxa de sobrevivência dos folículos capilares;

● redução do sangramento da área receptora devido ao trauma reduzido;

● pós-operatório mais tranquilo e rápido.

Quando usar a tecnologia para tratamento capilar?

Apesar de parecer mais moderno e eficaz fazer um tratamento com recursos tecnológicos avançados, nem sempre eles são necessários.

Além do critério na escolha de qual tratamento é mais adequado para cada paciente, o médico também deve ser crítico na indicação da tecnologia para tratamento capilar.

Mesmo porque, em geral, trata-se de opções terapêuticas com custo elevado e resultados muitas vezes não proporcionais ao investimento.

Saber as indicações e limitações de cada método, bem como trabalhar as expectativas do paciente é primordial para manter uma boa relação médico-paciente.

Por isso, para saber qual tecnologia para tratamento capilar é mais adequada para seu caso, faça antes uma avaliação especializada.

A Clínica Doppio possui uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície. Além disso, conta ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.

Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

 

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621


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2 Responses

  1. Gostei da explicação bem detalhada e argumentativa.
    Existe aqui em Belo Horizonte, alguma clínica especilizada onde o cliente de classe baixa pode fazer o tratamento parcelado e na medida paga se dá o processo do serviço?

    1. Olá, Rogério

      Obrigado pelo comentário.
      Infelizmente não tenho nenhuma indicação de profissional em Belo Horizonte.
      Mas caso venha a São Paulo, entre em contato conosco pelo número (11) 38539175.
      Estaremos à disposição para poder ajudá-lo.

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