Nanotecnologia capilar para tratar calvície e queda de cabelo
Existem muitas frentes de pesquisa buscando inovações na área tricológica. Uma delas é a nanotecnologia capilar.
A proposta não é somente descobrir novos medicamentos, aparelhos e procedimentos para estimular o crescimento do cabelo, mas também melhorá-los.
O que é nanotecnologia capilar?
A nanotecnologia capilar é o uso de partículas muito pequenas para tratamento calvície ou queda de cabelo.
O radical nano vem do grego nánnos e significa anão.
Na escala de pesos e medidas, nano significa 1 bilionésimo, ou seja, 1/1.000.000.000.
Fazendo uma comparação, seria como usar uma medida 100 milhões de vezes menor do que uma régua escolar, em centímetros. Ou seja, trata-se de algo absurdamente pequeno.
Os nanomateriais medem entre 1 a 100 nanômetros. Isso equivale a uma escala 100 mil vezes menor do que a espessura de um fio de cabelo.
A confecção desses materiais é possível por meio da utilização de nanopartículas lipídicas, polímeros e nanotubos.
Para que serve a nanotecnologia capilar?
Diversos segmentos, incluindo a medicina, vêm explorando as possibilidades de emprego da nanotecnologia.
A proposta é melhorar a eficiência e segurança dos tratamentos médicos.
Atualmente, um dos focos das nanotecnolgia é o sistema de drug delivery, ou seja, de entrega de medicamentos.
As nanopartículas funcionam como minúsculos “transportadores” dos fármacos.
Pelo tamanho reduzido, essas partículas têm uma penetração mais rápida e profunda nos tecidos-alvo do tratamento.
Dessa forma, o emprego da nanotecnologia capilar visa melhorar a absorção e entrega de ativos farmacológicos ao folículo piloso.
Quais são os benefícios da nanotecnologia em tratamentos capilares?
A busca por aprimorar essa área de pesquisa não é à toa.
Há diversas possibilidades de usos das nanopartículas no tratamento da alopecia, queda de cabelo e doenças do couro cabeludo.
Dentre os potenciais benefícios da nanotecnologia capilar em diferentes patologias estão, por exemplo:
- aumentar a penetração folicular e/ou dérmica de ativos;
- direcionar a entrega do fármaco na haste e bulbo capilar;
- controlar a liberação do composto;
- reduzir a quantidade necessária de medicamento sem prejuízo aos resultados;
- melhorar a segurança e biocompatibilidade dos ativos;
- diminuir a toxicidade e irritabilidade dos produtos;
- melhorar da estabilidade das formulações;
- maximizar as interações entre as fibras capilares e os princípios ativos;
- aumentar a eficácia dos tratamentos.
Em linhas gerais, a mudança no tamanho das partículas proporciona o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes e estáveis.
Além disso, ao conseguir utilizar doses menores e mais espaçadas, reduz-se também os riscos e efeitos colaterais dessas medicações.
Como utilizar a nanotecnologia capilar para tratar a alopecia?
O protocolo padrão de tratamento para calvície masculina inclui o uso contínuo de finasterida e minoxidil.
Esse clássico esquema terapêutico vem se mostrando eficaz há muito tempo. Entretanto, ele apresenta limitações.
Dificuldades
O minoxidil, por exemplo, é pouco solúvel em água e apresenta baixa penetração na pele.
Dessa forma, para formular uma loção capilar com minoxidil é preciso adicionar carreadores como o propilenoglicol.
Porém, a presença dessa substância no tônico capilar aumenta a irritação, coceira, descamação e ressecamento do couro cabeludo.
Por sua vez, esses efeitos indesejáveis e a dificuldade de aplicação levam a tendência a se preferir o minoxidil oral.
Entretanto, a versão do minoxidil comprimido aumenta os riscos e chances de se ter reações adversas, inclusive algumas graves. Dentre elas estão o hirsutismo, hipotensão, ganho de peso, inchaço, tonturas, dor de cabeça, cansaço, palpitação e insuficiência cardíaca.
Até por isso, o minoxidil oral não tem liberação das agências de saúde FDA e Anvisa como tratamento para alopecia androgenética.
A finasterida, por sua vez, também tem um certo grau de rejeição por seus possíveis efeitos colaterais. Dentre eles, destacam-se a redução do volume ejaculatório, perda de libido e impotência sexual.
Contribuição da nanotecnologia capilar
Diante das dificuldades para adesão aos remédios da calvície, a solução pode estar na nanotecnologia.
Com o uso de nanopartículas lipídicas sólidas, cientistas estão conseguindo melhorar a penetração do minoxidil. Dessa maneira, além de atingir mais folículos capilares, essa nova abordagem reduz significativamente a irritação cutânea.
Portanto, a nanotecnologia capilar torna o tratamento com minoxidil tópico mais confortável e eficaz para os pacientes.
Já a finasterida tem sido encapsulada em nanopartículas, como sistemas à base de quitosana.
A proposta é tornar factível o uso da finasterida tópica, ainda pouco eficaz sem essa tecnologia.
Os resultados parciais demostram uma maior penetração da finasterida na pele, com uma melhora de sua eficácia.
Com isso, assim como no minoxidil, se a finasterida em nanopartículas funcionar, ela também pode substituir a sua versão oral.
O que se esperar da nanotecnologia capilar para tratamento da alopecia?
Os resultados preliminares da aplicação da nanotecnologia capilar para calvície são promissores, mas ainda limitados.
Uma das questões a se considerar é quanto à segurança a longo prazo dessas estruturas, pois elas podem ser biopersistentes.
Os estudos sobre nanopartículas em humanos ainda estão muito no começo para responder essas e outras questões.
Desse modo, é preciso ampliar a quantidade de pesquisas e amostras para determinar a segurança e eficácia das abordagens.
Além disso, ainda existem desafios econômicos e regulatórios para produção em larga escala de tratamentos baseados em nanotecnologia capilar.
Portanto, embora promissores, os tratamentos com nanopartículas para alopecia ainda não são viáveis, mesmos com princípios ativos já estabelecidos.
Então, enquanto isso, vale a pena saber o que mais pode ser feito para recuperar seus fios.
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