Fotoenvelhecimento capilar, calvície, quebra e queda de cabelo: qual a relação?

O comprometimento da saúde e aparência do cabelo pode ter causas intrínsecas, como alimentação, ou extrínsecas, como o fotoenvelhecimento capilar.

Aliás, a exposição solar é um dos principais fatores externos responsáveis pelo envelhecimento do cabelo. Por isso, é importante entender como a radiação age, quais suas consequências e, principalmente, como se proteger dela.

O que é fotoenvelhecimento capilar?

Diversos agentes externos contribuem para o avançar da idade do cabelo. Dentre eles estão, por exemplo, Sol, poluição, cloro, calor, fricção do pente ou toalha e química, como progressiva ou descoloração.

Quanto maior o tempo e intensidade de exposição a esses agravos, mais o cabelo envelhece.

Portanto, o fotoenvelhecimento capilar é o desgaste, alteração e decomposição do fio de cabelo pela exposição solar.

Como o Sol danifica o cabelo?

A radiação proveniente do Sol gera diversas alterações estruturais na fibra capilar, tornando-a mais frágil.

A luz solar possui várias faixas e espectros luminosos, cada qual com um comprimento de onda diferente. Isso fica mais evidente quando ela se decompõe nas cores do arco-íris, por exemplo.

No que diz respeito ao potencial de fotoenvelhecimento capilar, a faixa mais prejudicial é a dos raios ultravioleta (UV).

A radiação UV possui 3 divisões, a saber:

  • UVA: raios com comprimento entre 315 e 400 nanômetros;
  • UVB: raios com comprimento entre 280 e 315 nanômetros;
  • UVC: raios com comprimento entre 100 e 280 nanômetros.

Cada tipo de raio UV atua e impacta no fio de uma forma particular.

Os raios UVB, por exemplo, causam danos principalmente na superfície dos fios.

Mais forte entre 10 e 16 horas, a radiação UVB provoca degradação das proteínas capilares e queimadura no couro cabeludo.

Já os raios UVA têm comprimento de onda maior, permitindo a eles penetrar mais profundamente nos tecidos. 

Na pele, eles se associam a casos de câncer, manchas e envelhecimento.

Nos fios de cabelos, a radiação UVA leva ao desbotamento, alterações da cor e fotoenvelhecimento capilar

Os danos aos cabelos são cumulativos, razão pela qual as pontas, mais “velhas”, apresentam menos viço.

Segundo estudos, dentre os efeitos do Sol responsáveis pela degradação do fio de cabelo estão, por exemplo:

  • comprometimento das gorduras naturais da fibra capilar; 
  • rompimento das ligações químicas responsáveis por manter os fios fortes;
  • destruição do triptofano, um dos componentes essenciais da queratima, proteína do cabelo;
  • formação de substâncias que enfraquecem ainda mais os fios, como o ácido cisteico.

Quais são as consequências da luz solar no cabelo?

O fotoenvelhecimento capilar está associado a mudanças químicas e físicas nas propriedades da fibra. 

Entre as consequências da radiação UV no cabelo incluem-se:

  • irregularidade da superfície do fio tornando-o mais áspero;
  • aumento na porosidade do cabelo,  ou seja, redução da sua capacidade de absorver água;
  • diminuição da resistência mecânica da fibra capilar à distensão;
  • rigidez, fragilidade e ressecamento;
  • superficialização da raiz do cabelo;
  • afinamento da haste capilar;
  • despigmentação do fio.

Além do aumento da fragilidade capilar, gerando quebra do fio, a luz solar também pode provocar inflamação no couro exposto.

Por sua vez, a inflamação é um dos componentes da queda de cabelo e progressão da calvície.

Portanto, o Sol pode contribuir para o avanço da alopecia, quebra e queda de cabelo.

O que determina o fotoenvelhecimento capilar?

Para desenvolver alterações e sinais visíveis no cabelo é preciso ter uma exposição direta e intensa dos fios ao Sol.

Uma situação típica de exposição excessiva aos raios UV, por exemplo, são as férias de verão na praia

Nessa circunstância, a radiação é forte o suficiente para poder desencadear danos capilares em um período mais curto de tempo.

Mas, em geral, os quadros de fotoenvelhecimento capilar não se desenvolvem de uma hora para outra. 

Na verdade, é necessária uma exposição intensa e contínua para tais manifestações ficarem evidentes.

Desse modo, os danos aos fios de cabelo geralmente ocorrem após longos períodos de exposição solar sem prevenção.

Além da intensidade e tempo de exposição solar, o fotoenvelhecimento capilar também depende da saúde e tipo de fio.  

O cabelo escuro, por exemplo, é mais resistente à fotodegradação do que o cabelo claro. 

Isso porque os pigmentos fornecem proteção fotoquímica às proteínas capilares, absorvendo, filtrando e dissipando a radiação na forma de calor.

Por sua vez, cabelos loiros e ruivos são mais suscetíveis a alterações de cor em decorrência da exposição solar.

Mas não se engane, todos os tipos de cabelos são passíveis de sofrer degradação pela luz do Sol.

Portanto, é preciso se cuidar.

Como proteger o cabelo da radiação solar?

Já que não é possível reverter os estragos decorrentes do fotoenvelhecimento capilar, a melhor opção é prevenir. 

Por isso, é fundamental se adotar cuidados para proteger os fios.

A prevenção aos danos da luz solar é especialmente importante durante atividades ao ar livre em dias ensolarados.

A primeira medida de proteção é rever hábitos e horários.

Dessa maneira, não é bom fazer atividades ou ficar exposto ao Sol por longos períodos entre 10 e 16 horas. 

Mesmo sem praticar exercícios, é sempre preferível repousar em lugares mais frescos e com sombra.

Ao sair para uma caminhada ou atividade no Sol, vale a pena optar por acessórios como chapéu ou boné.

A proteção química através de cremes capilares com filtro solar também é válida.

Segundo pesquisas, o protetor térmico com filtro UV é capaz de minimizar os danos do Sol aos fios.

Para ser eficaz, no entanto, a aplicação do protetor deve acontecer cerca de uma hora antes da exposição ao Sol.

Além disso, ao entrar na água, seja do mar, piscina ou ducha, é preciso reaplicar o produto.

Fotoenvelhecimento capilar: o que fazer?

Vale a pena cuidar e proteger o cabelo.

Embora os fios cresçam e se renovem, eles também sofrem as consequências do tempo e maus tratos.

A diferença é visível: cabelos opacos, secos, mau definidos e frágeis.

Por isso, é preciso se mexer e começar a dar mais atenção ao seu patrimônio capilar.

Assim como a pele, aos poucos as pessoas estão entendendo a importância de se ter uma rotina de cuidados capilares.

Se você tem dúvidas e quer saber como tratar bem seus cabelos, então venha nos fazer uma visita.

A Clínica Doppio  possui uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície. Além disso, contamos ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema. Venha conferir nossos resultados!

Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621


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