Como funcionam os fitoquímicos capilares?

A ciência e a indústria farmacêutica buscam mais do que nunca encontrar novos fitoquímicos capilares.
O investimento nessa área aumenta proporcionalmente à tendência da população em consumir produtos mais nessa linha.
Antes de aderir a essa onda, no entanto, é preciso saber o que dizem os estudos sobre essas novas substâncias.
O que são fitoquímicos capilares?
Os fitoquímicos capilares são compostos bioativos presentes em plantas com possível ação no cabelo. Em outras palavras, são substâncias de extratos vegetais que lhes conferem efeito medicinal.
A lista desses ativos é extensa e inclui, por exemplo, flavonoides, alcaloides, polifenóis e terpenos.
Nas plantas, essas moléculas desempenham funções diversas, incluindo a de proteção contra pragas e infecções.
Já nos seres humanos, as pesquisas com esses ativos procuram descobrir seus potenciais benefícios terapêuticos.
Para que servem os fitoquímicos capilares?
Existem vários extratos de plantas reconhecidamente eficazes e seguros.
No caso dos fitoquímicos capilares, a procura é por fontes naturais com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antibacterianas, dentre outras ações específicas.
O propósito principal desses compostos seria interromper a queda capilar e estimular o crescimento do cabelo.
Além disso, buscam-se ativos para controle das foliculites bacterianas, caspa e outras doenças inflamatórias do couro cabeludo.
A expectativa dos pesquisadores é encontrar substâncias com resultados similares aos de fármacos sintéticos tradicionais, mas com menos efeitos colaterais.
Fitoquímicos capilares para estimular o crescimento, tratar calvície e queda de cabelo
Diversos compostos vegetais são alvos de pesquisas na área tricológica.
Alguns desses ativos incluem, por exemplo:
- galato de epigalocatequina (EGCG);
- cafeína;
- capsaicina;
- procianidina;
- suco de cebola;
- extrato de centelha asiática;
- óleo de rícino;
- Saw palmetto;
- cipó-chumbo (Cuscuta reflexa);
- óleo de alecrim;
- extrato de ginseng vermelho;
- óleo de semente de abóbora;
- curcumina;
- gel de alho.
As possíveis ações dessas substâncias são diversas.
Tratamento da calvície
Uma das linhas de investigação dos fitoquímicos capilares é sobre a possibilidade de inibir a enzima 5-alfaredutase.
Essa enzima é responsável pela conversão da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), hormônio envolvido na miniaturização dos fios e, consequentemente, calvície.
Atualmente, duas medicações sintéticas agem dessa forma, a finasterida e a dutasterida.
Ainda que sejam eficazes, ambas se relacionam a efeitos colaterais como perda da libido, disfunção erétil e ejaculatória.
Na busca por alternativas naturais para esses medicamentos, alguns ativos se destacam.
Dentre os compostos com possível ação sobre a 5-α-redutase estão: Saw Palmetto, cipó-chumbo, centelha asiática, óleo de rícino e de semente de abóbora.
Embora eles até consigam inibir a 5-α-redutase em testes de laboratório, na prática eles não funcionam. Ou seja, eles até podem bloquear a enzima, mas não impedem a progressão da calvície.
Controle da queda de cabelo
Outra área de pesquisa dos fitoquímicos capilares envolve o tratamento da queda de cabelo.
Nesse grupo estão substâncias capazes de proteger os folículos contra agravos que encurtem seu ciclo e o façam se desprender.
Algumas propriedades valiosas nesse sentido são a redução da inflamação e do estresse oxidativo.
Dentre os fitoquímicos capilares antioxidantes e anti-inflamatórios estão: cafeína, epigalocatequina-galato (EGCG), cúrcuma, ginseng vermelho, procianidina e gel de alho.
Ao combater a inflamação e radicais livres, esses compostos poderiam prevenir a morte precoce dos folículos e queda de cabelo.
Crescimento capilar
Em experimentos, alguns fitoquímicos capilares apresentam capacidade de estimular o crescimento do cabelo ao ativar vias moleculares específicas.
Esse é o caso, por exemplo, do ginseng vermelho, capaz de ativar a via WNT/β-catenina, essencial para a regeneração capilar.
Outros fitoquímicos capilares como a capsaicina e o óleo de alecrim promovem aumento da circulação sanguínea no couro cabeludo. Com isso, há melhora do fluxo de nutrientes e oxigênio para os folículos, favorecendo o crescimento.
Além disso, outro mecanismo de ação dos fitoquímicos no estímulo ao desenvolvimento folicular é a liberação de fatores de crescimento.
Nesse sentido, o extrato de centella asiática, ou erva-tigre, parece aumentar a expressão do VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular).
Essas citocinas são necessárias para sinalizar ao folículo que ele deve continuar se multiplicando e crescendo.
O que a ciência diz sobre o uso de fitoquímicos para tratamento capilar?
Há um interesse cada vez maior em se descobrir novos ativos naturais na área tricológica.
A proposta é oferecer tratamentos alternativos para problemas capilares com potencial terapêutico e baixo risco de efeitos colaterais.
Entretanto, os resultados dos estudos in vitro não se reproduzem in vivo, ou seja, não se confirmam em humanos.
Portanto, ainda há um longo percurso até que essas substâncias se apresentem como alternativas comprovadamente eficazes e seguras.
Enquanto isso, existem diversos outros caminhos para se atingir os mesmos objetivos com tratamentos combinados.
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