Queda de cabelo: causas, tipos, prevenção e tratamentos

A queda de cabelo é um problema que aflige muitas pessoas, não somente por sua frequência, mas principalmente por suas possíveis consequências.

Segundo pesquisas, 40 a 60% das mulheres já viram seus cabelos caindo excessivamente pelo menos uma vez.

Mais do que o desconforto estético, a queda de cabelo também traz preocupações do ponto de vista de saúde.

Afinal de contas, é comum o cabelo cair após agravos ou doenças sistêmicas graves.

Assim, é quase inevitável não se fazer essa associação ao notar o aumento dos fios nas roupas, travesseiro, ao lavar ou secar o cabelo.

Diante dessa situação, com seus possíveis desdobramentos, é habitual se ter um aumento de casos de ansiedade, estresse e até depressão.

Por sua vez, esses sentimentos podem afetar aspectos da vida pessoal, social, profissional e até relacionamentos.

Portanto, o impacto da queda de cabelo vai muito além da aparência, justificando o interesse por saber suas causas, tipos e opções de tratamento.

O que é queda de cabelo normal ou excessiva?

A queda de cabelo consiste no desprendimento dos fios do couro cabeludo desde a sua raiz.

Esse detalhe é importante porque a presença do bulbo capilar junto ao fio diferencia a queda da quebra do cabelo.

Assim, quando se encontra um fio sem sua raiz, presume-se que ele quebrou.

Além disso, nem sempre a percepção de fios se soltando deve gerar preocupação, pois a queda de cabelo é um processo natural.

Em pessoas sem calvície genética ou alopecias cicatricias, ao cair o fio dá lugar a um novo cabelo.

Portanto, não se trata de uma perda, mas de uma renovação do cabelo.

Por isso, espera-se sempre ter cabelo caindo e fios novos aparecendo.

Em geral, admite-se como normal uma média de até 100 fios caindo todos os dias.

Entretanto, quando a quantidade de fios ultrapassa esse limite, considera-se como sendo uma queda de cabelo excessiva.

Queda de cabelo exagerada

No dia a dia, essa queda anormal pode gerar certo constrangimento e desconforto ao paciente.

É comum, por exemplo, ouvir relatos de fios na mesa de trabalho, comida, roupa, travesseiro e, principalmente, no chão do banheiro.

Dependendo da intensidade, isso chama a atenção de colegas, amigos, familiares e parceiros, criando situações embaraçosas.

Além disso, pacientes com queda de cabelo excessiva também reclamam da mudança no aspecto do cabelo.

Com a queda, o cabelo perde volume e fica mais desigual, tornando-se minguado, ralo e com pontas finas.

Para quem se identifica e gosta dos seus cabelos, ver cabelos caindo só de passar a mão pode ser mutilante para sua autoestima.

A tendência, então, é passar a se cuidar menos, inclusive, lavando o cabelo com intervalos maiores.

A ideia é não testemunhar os fios caindo no banho, já que esse momento costuma ser um grande martírio.

Porém, além de não ajudar, essa atitude piora ainda mais a saúde do couro, agravando a queda.

Principais causas de queda de cabelo

A queda de cabelo é uma resposta do corpo a algum agravo ao organismo, ao couro ou ao folículo piloso.

Dessa forma, os principais agentes capazes de fazer o cabelo cair, seja em homens ou mulheres, são:

  • fatores genéticos;
  • alterações nos hormônios;
  • doenças e condições médicas;
  • uso de remédios;
  • hábitos e estilo de vida;
  • agentes externos.

Queda de cabelo genética

A genética é determinante em diversos aspectos da vida de uma pessoa, inclusive o cabelo.

Além de definir a cor, formato, espessura, comprimento e tipo de fios, os genes também controlam sua permanência ou queda.

Desse modo, o fator genético é preponderante em algumas condições como a síndrome dos anágenos frouxos ou na alopecia androgenética.

A alopecia androgênica, ou calvície genética, é a principal forma de perda de cabelos em homens e mulheres.

Além de encolher os fios, a calvície genética encurta o ciclo capilar, aumentando a queda. 

Entretanto, nem sempre essa queda é perceptível.

Pessoas com cabelo curto, por exemplo, têm mais dificuldade em perceber os fios caindo.

Além disso, como há graus variáveis na quantidade de fios em queda, às vezes não se nota a diferença.

Contudo, com o tempo, a tendência é se perceber uma redução progressiva do cabelo.

No caso, a perda de volume capilar se deve a não reposição dos fios que caíram. Isso porque na alopecia androgenética, cada vez que o fio cai, ele dá lugar a um fio mais fino e curto.

Entretanto, chega um ponto no qual o fio já está tão pequeno que ao cair ele não é mais reposto.

Alterações hormonais

Os hormônios têm íntima relação com a vitalidade e saúde do cabelo.

Por isso, eles são um dos primeiros a serem lembrados ao notar os cabelos caindo aos montes.

Diversas condições hormonais se associam à queda de cabelo, como, por exemplo:

  • doenças da tiroide;
  • terapia de reposição hormonal;
  • anticoncepcional;
  • pós-parto;
  • menopausa;
  • síndrome dos ovários policísticos (SOP);
  • hiperprolactinemia ou prolactinoma.

Um dos problemas hormonais mais frequentemente relacionados à queda de cabelo são os da tiroide.

Tanto o excesso quanto a falta do hormônio tiroidiano fazem o cabelo cair.

Assim, a queda de cabelo pode ocorrer no hipertiroidismo por doença de Graves, uso de medicamentos ou fórmulas para emagrecer. Em geral, esses produtos costumam conter tiroxina, T4 ou iodo na composição.

Já o hipotiroidismo pode ser secundário a tireoidite de Hashimoto, bócio ou tiroidectomia por câncer na glândula.

Se os cabelos são sensíveis a variações do hormônio tiroidiano, a situação fica ainda pior com os hormônios sexuais.

A queda de cabelo é efeito colateral frequente em quem faz modulação hormonal com testosterona ou alguns tipos de progesterona.

Isso é válido mesmo para mulheres com níveis bem baixos de testosterona. 

A apresentação ou via de reposição dos hormônios também não altera as chances do cabelo cair. 

Assim, seja chip, implante, comprimido, injeção ou gel de testosterona, todos fazem o cabelo cair.

Além da reposição, há outras condições nas quais há participação dos hormônios sexuais estrógeno, progesterona e testosterona na queda.

Esse é o caso, por exemplo, do período pós-parto, menopausa, uso de anticoncepcionais, SOP e hiperplasia adrenal congênita.

Por fim, alterações da hipófise com aumento da produção do hormônio prolactina também favorecem a queda de cabelo.

Doenças e problemas de saúde

Se os olhos são o espelho da alma, o cabelo pode ser considerado o reflexo da saúde do organismo.

Para o cabelo se manter firme, forte e vistoso, é preciso que tudo esteja sob controle no resto do corpo.

Por outro lado, quando há agravos sistêmicos graves, cirurgias, infecções ou problemas no couro cabeludo, o cabelo logo sente.

Dessa maneira, costuma-se ter queda de cabelo por doenças graves como lúpus, sepse, endocardite ou transplante de órgãos.

Doenças de má-absorção intestinal, como Chron e retocolite ulcerativa, também podem gerar queda capilar devido à falta crônica de nutrientes.

O cabelo ainda cai após cirurgias extensas ou após infecções como sífilis, COVID e dengue.

Mas não são só doenças sistêmicas que provocam queda. Inflamações no couro também podem fazer o cabelo cair mais.

Assim, dependendo da intensidade, condições como a dermatite seborreica e a alergia por tinta ou shampoo podem contribuir com a queda.

Queda de cabelo por remédio

A queda de cabelo é um efeito colateral recorrente, constando na bula de diversas medicações.

A lista de medicamentos que fazem o cabelo cair inclui anticonvulsivantes, anorexígenos, antidepressivos, anti-hipertensivos, antibióticos e até o minoxidil. 

Isso mesmo, um dos principais remédios para queda de cabelo faz ele cair mais inicialmente.

Embora intensa, a queda de cabelo por minoxidil, também conhecida como shedding, costuma ser passageira, com melhora após 2 meses.

Outra queda ainda mais intensa, mas também temporária, é a provocada por agentes quimioterápicos.

A queda de cabelo após quimioterapia geralmente se inicia 2 a 3 semanas depois do início do tratamento. 

A recuperação, no entanto, pode demorar meses.

Além disso, em alguns raros casos, a perda de cabelo após a quimioterapia pode ser definitiva.

relatos de perda permanente de cabelo após uso de busulfan, cisplatina, etoposide e docetaxel.

Hábitos e estilo de vida

Existem diversos hábitos e atitudes do cotidiano prejudiciais à saúde capilar.

Boa parte deles não fazem mal somente ao cabelo, mas ao organismo como um todo.

O cigarro, por exemplo, contém inúmeras substâncias tóxicas capazes de induzir a morte celular.

Os fios também sentem os efeitos do estresse, seja pelo trabalho, problemas pessoais ou até pela sobrecarga de exercícios físicos.

Além de provocar a queda, o estresse também acarreta outros aspectos danosos ao fio, como a privação de sono.

Dormir bem ajuda no processo de recuperação do organismo, pois durante o sono a melatonina repara danos causados pelo estresse.

Quem não dorme bem e tem muitas preocupações, geralmente também não se alimenta bem.

Dessa forma, o ganho de peso costuma ser frequente neste contexto.

Por sua vez, o sobrepeso leva à busca de formas rápidas de emagrecimento através de inibidores de apetite e regimes.

O problema é que muitas dessas dietas restritivas provocam falta de nutrientes como vitaminas e minerais, essenciais ao desenvolvimento capilar.

Para tentar compensar, algumas pessoas passam a se automedicar, tomando suplementos alimentares por conta própria.

Nesse caso, porém, o cabelo passa a cair devido ao excesso de vitaminas e minerais.

Como se não bastasse, com a correria do dia a dia, não sobra tempo para cuidar do cabelo e couro corretamente.

Desse modo, é comum não lavar a cabeça com frequência ou dormir com o cabelo molhado, por exemplo.

Entretanto, esses e outros hábitos ruins para o cabelo aumentam as chances de desenvolver dermatite seborreica e queda.

Seborreia

A seborreia e queda também podem se agravar com o uso de bonés, gorro, chapéu ou capacete.

Outros hábitos que provocam queda de cabelos incluem uso de apliques, extensões ou penteados apertados.

Embora mais raro, fones de ouvido e procedimentos injetáveis também podem provocar queda.

Por fim, a desinformação é um outro grande inimigo.

Na internet, há milhares de fórmulas de produtos e remédios caseiros para fortalecer e crescer cabelo. 

Entretanto, boa parte dessas sugestões não se aplica a todos os casos.

Alguns acessórios e técnicas como a touca de cetim, umectação capilar noturna e uso de óleos essenciais podem, na verdade, agravar a queda.

Fatores externos

Por ser parcialmente exposto, o couro cabeludo fica sujeito a ação de agentes externos.

Alguns deles como a poluição são inerentes ao local onde a pessoa reside.

Nesse caso, não há muito o que se fazer a respeito.

Entretanto, existem alguns agentes danosos à saúde capilar que podem ser evitados, como o Sol.

Além de envelhecer a pele, a radiação solar também acelera a idade dos fios, favorecendo a queda.

Por fim, o uso incorreto de produtos como gel, condicionador, sabão, shampoo a seco ou hidratante podem agravar a queda.

O problema, no caso, decorre da inflamação do couro e piora da seborreia, favorecendo a queda.

Tipos de queda de cabelo

Os principais tipos de queda de cabelo são:

  • eflúvio capilar;
  • alopecia areata;
  • calvície genética;
  • alopecias cicatriciais

Eflúvio capilar

O eflúvio telógeno é um dos principais mecanismos responsáveis pela queda de cabelo.

Nessa condição, há uma alteração do ciclo capilar, resultando em uma queda precoce dos fios.

O ciclo normal de renovação do cabelo pode ser dividido em 3 fases:

  • anágena: fase de crescimento máximo do fio;
  • catágena: quando há involução do folículo;
  • telógena ou de repouso: período de eliminação do cabelo.

Em condições normais, cerca de 85% dos fios encontram-se na fase de crescimento com apenas 10-15% no período de queda.

Contudo, essa relação pode mudar dependendo da quantidade e intensidade de agravos ao organismo ou ao couro cabeludo. 

As principais injúrias capazes de provocar queda de cabelo por eflúvio capilar são:

  • deficiência ou excesso de ferro, vitaminas ou outros minerais;
  • estresse físico ou emocional;
  • grandes cirurgias;
  • doenças graves ou infecções como, por exemplo, a COVID;
  • alterações hormonais;
  • pós-parto;
  • cigarro;
  • remédios;
  • irritação ou inflamação do couro cabeludo.

A presença desses fatores antecipa a fase telógena, alterando a proporção de fios em cada fase do ciclo.

Assim, parte dos 85% dos fios que deveriam estar crescendo em fase anágena passam precocemente para a fase de queda.

Dessa forma, quando mais de 20% dos fios estão em fase telógena, há queda de cabelo por eflúvio telógeno.

Além de cair na fase telógena, em alguns quadros, o fio pode nem esperar completar o ciclo para cair. Esse é o caso do eflúvio anágeno.

Nesse tipo de queda de cabelo, o fio interrompe abruptamente ua produção ainda na fase de crescimento ou anágena.

Um clássico exemplo de eflúvio anágeno é a queda de cabelo por quimioterapia.

Como os remédios quimioterápicos atacam células que se proliferam rápido, eles acabam interrompendo a multiplicação de células do folículo.

Alopecia areata

A alopecia areata acomete até 2% das pessoas do mundo.

A desordem, de natureza autoimune, pode ocorrer em qualquer idade em ambos os sexos.

Por motivos ainda não claros, o corpo passa a não reconhecer e por isso começa a atacar os próprios cabelos.

A queda intensa e abrupta dos fios costuma ser um dos primeiros sintomas, dando origem a falhas redondas a seguir.

Os buracos aparecem mais frequentemente no couro, mas também na barba e outras áreas corporais.

Na maioria das vezes, a doença regride espontaneamente, ou seja, sem a necessidade de tratamento medicamentoso.

Entretanto, em parte dos casos, a queda de cabelo se intensifica derrubando todos os fios e cabelos do corpo.

Essa forma mais grave da doença é conhecida como alopecia areata universal.

Calvície genética

A alopecia androgenética, ou calvície hereditária, é a principal causa de perda de cabelo masculino e feminino.

Nos homens, ela geralmente é notada como uma diminuição do volume capilar no topo da cabeça ou ainda por entradas.

Nas mulheres, a queda de cabelo é mais difusa, lenta e crônica.

A calvície genética ocorre por ação de hormônios masculinos como a testosterona e diidrotestosterona (DHT). 

O DHT é formado através da conversão do hormônio testosterona por uma enzima chamada 5-alfaredutase.

Em pessoas com predisposição genética, o DHT é responsável pelo processo de miniaturização.

A miniaturização caracteriza-se pelo afinamento e encurtamento progressivos dos fios até sua completa extinção.

Alopecias cicatriciais

Existem diversas doenças inflamatórias do couro cabeludo que acabam prejudicando e derrubando o fio de cabelo

Em alguns casos, a inflamação é tão importante a ponto de destruir totalmente o folículo piloso, substituindo-o por fibrose.

Nesses casos, a pele do couro cabeludo fica definitivamente lisa, com aspecto de cicatriz.

Em algumas dessas doenças inflamatórias, formam-se inicialmente placas vermelhas, inchadas com ou sem descamação. Esse é o caso, por exemplo do líquen planopilar, alopecia frontal fibrosante, lúpus eritematoso cutâneo e alopecia central centrífuga.

Uma outra apresentação das alopecias cicatricial é como espinhas no couro cabeludo. Nesse caso, as hipóteses são: foliculite decalvantefoliculite dissecante e foliculite queloidiana da nuca.

Tipos de queda de cabelo segundo localização e evolução

A fim de facilitar o entendimento sobre os diversos tipos de queda de cabelo, é possível reuní-las em alguns grupos, como a seguir:

  • queda de cabelo difusa: eflúvio capilar, alopecia androgênica;
  • queda de cabelo localizada: alopecia areata, alopecia androgenética, alopecia cicatricial;
  • queda de cabelo permanente: alopecia androgênica, alopecia cicatricial.

Queda de cabelo difusa

O cabelo pode cair como um todo, não se limitando a uma área específica.

As principais causas de queda de cabelo difusa em homens e mulheres são o eflúvio capilar e a alopecia androgenética.

No caso do eflúvio telógeno, a queda é temporária e sem perda dos cabelos, havendo apenas uma troca de fios.

Dessa forma, há uma reposição de todo o cabelo que cai.

Dificilmente o eflúvio telógeno deixa falhas localizadas no cabelo, sendo mais comum uma redução geral do volume capilar.

Já na alopecia androgênica, os cabelos vão dando lugar a fios cada vez mais finos e curtos, até não voltar mais.

Portanto, na calvície genética há perda capilar, abrindo falhas no couro cabeludo como as entradas ou coroa.

Nas mulheres, a queda e perda de cabelo pela calvície costumam ser mais difusas, com alargamento da risca central.

Queda de cabelo localizada

Quando se vê uma falha na cabeça, as principais hipóteses são alopecia areata, calvície genética e alopecia cicatricial.

Na alopecia areata e na cicatricial, as falhas aparecem de forma abrupta. Já na alopecia androgenética, ela vai surgindo aos poucos, com fios ficando cada vez mais finos e curtos até sumirem.

O couro cabeludo na alopecia areata e na calvície geralmente é normal, sem sinais de vermelhidão ou descamação no local.

Já na alopecia cicatricial, é comum ter vermelhidão, espinhas ou descamação antes de surgir a falha.

Quanto à evolução, a alopecia areata pode ter remissão espontânea, ou seja, o cabelo volta sem tratamento. No caso da calvície genética e alopecia cicatricial, os cabelos não conseguem se recuperar sem o tratamento correto e precoce.

Queda de cabelo permanente

Para haver perda de cabelo é preciso destruir o local de sua produção, no caso, o folículo capilar.

As 2 principais entidades capazes de provocar a extinção dos fios são a alopecia androgenética e alopecia cicatricial.

Na calvície genética, os fios de pessoas predispostas vão sofrendo miniaturização pela ação dos hormônios masculinos.

Assim, os fios vão progressivamente encolhendo até sumirem totalmente.

Sem tratamento na hora certa, o quadro se torna definitivo e irreversível, restante apenas o transplante cirúrgico ou próteses capilares.

Já na alopecia cicatricial, a queda de cabelo permanente ocorre pela destruição do folículo e formação de fibrose.

O processo de perda capilar do tipo cicatricial pode ser por inflamação ou por trauma, como na alopecia de tração.

Como prevenir a queda de cabelo?

Uma vez que se conhecem as causas do cabelo cair só de passar a mão, fica mais fácil saber como evitá-las.

A primeira medida preventiva para controlar a queda de cabelo é ter uma dieta equilibrada.

Para o cabelo se manter saudável, não pode haver falta de nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais.

Por isso, vale a pena investir em alimentos bons para o cabelo como ovo, peixes de água fria e abacate.

Para quem faz suplementação por conta própria, é preciso ter cuidado, pois o excesso de vitaminas e minerais podem agravar a queda.

Portanto, para suplementar ou de fazer dietas restritivas, é crucial ter o acompanhamento com um nutricionista e fazer exames de sangues.

Além da alimentação, os exercícios físicos ajudam a manter o corpo ativo e a mente sã. 

A saúde mental é fundamental para controlar os níveis de estresse e permitir ter boas noites de sono.

Já em relação ao cuidados com a rotina capilar, é aconselhável lavar o couro cabeludo com mais frequência quando há queda com seborreia e evitar mantê-lo úmido e abafado.

Tratamentos para queda de cabelo

Seja nas farmácias ou internet, é possível encontrar uma infinidade de maneiras para impedir os fios de caírem.

Dentre os tratamentos para queda de cabelo encontram-se receitas caseiras, suplementos, fórmulas de manipulação, shampoo antiqueda, tônicos capilares, ampolas, remédios orais e até terapias capilares.

Cada uma dessas opções atende perfis diferentes de pessoas que buscam solução para o problema.

Os adeptos de produtos mais naturais, por exemplo, costumam preferir óleos essenciais, óleo de copaíba, de rícino ou melaleuca.

Nessa mesma linha, há diversos tratamentos caseiros com alimentos, babosa, folha de goiabeira, bicarbonato e óleo de coco.

Outra atitude comum é ir na farmácia e tentar resolver a situação por conta própria. 

Nesse caso, as pessoas inicialmente optam por produtos tópicos, como xampu antiqueda Nioxin, loções capilares ou ampolas para cabelo.

Como opções desse grupo estão: Creastim, Pantogar Top, Neoptide, alfaestradiol e Adeforte.

Não dando certo, o próximo passo costuma ser a automedicação com suplementos de vitaminas e minerais.

Ácido fólico, ômega 3, colágeno, Pantogar, Pantogar Neo, Pantogar Men, Eximia Fortalize, Nourkrin, Imecap, Tacitá, Viviscal, Anacaps e a lista segue.

Suplementos alimentares têm um lugar especial nas escolhas de quem está com queda de cabelo.

Talvez porque muitos deles acreditam na falta de nutrientes como causa da queda.

Quando nada disso funciona, então, resta buscar ajuda médica para investigar e tratar o problema.

Na linha de tratamentos médicos, há remédios tópicos e orais como o minoxidil, manipulados, terapias com laser capilar, microagulhamento, mesoterapia, plasma rico em plaquetas e dentre outros.

Algumas dessas opções são altamente duvidosas, como o ozônio, carboxiterapia, ventosas, soro capilar e laserterapia intravenosa.

Outras podem ser mais assertivas, como infiltrações de corticoides e uso de outros remédios para queda de cabelo.

Por fim, há ainda terapias complementares como medicina alternativa, homeopatia, reflexologia, fitoterapia e massagem capilar.

Queda de cabelo: quando procurar um médico?

A queda de cabelo pode ser leve e temporária, como parte de um processo natural do corpo. Esse é caso, por exemplo, da queda sazonal e da queda após parto.

Nesses casos, não há necessidade de se buscar ajuda médica, pois ela costuma se resolver com o tempo.

Entretanto, há situações nas quais o quanto antes se consegue auxílio profissional, maiores serão as chances de controlar a queda.

Na alopecia androgênica, alopecia de tração e alopecias cicatriciais, o diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais.

Isso porque quanto mais o cabelo cai nessas condições, mais se perde os cabelos definitivamente.

Então, é importante ficar alerta a alguns sinais como queda excessiva, prolongada, afinamento, mudança no formato e textura dos fios, perda de volume, falhas, dor, descamação, espinhas ou manchas no couro cabeludo.

Queda de cabelo: o que fazer?

A queda de cabelo é resultado de algum agravo à saúde, ao couro cabeludo ou ao folículo piloso.

Por isso, existem muitas possíveis causas para fazer o cabelo cair, como genética, hormônios, vitaminas e hábitos incorretos.

Para se ter um bom tratamento para queda de cabelo é preciso primeiro identificar o tipo de queda e suas respectivas causas.

Após esses passos, fica bem mais fácil escolher e direcionar as modalidades terapêuticas necessárias para cessar o problema.

Portanto, é válido contar com a ajuda de um médico especialista tanto para investigação quanto para resolução da queda.

A Clínica Doppio  possui uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície. Além disso, contamos ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema. 

Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

Respostas às dúvidas mais comuns sobre queda de cabelo

O que causa queda de cabelo?

A queda de cabelo é consequência de agravos ao organismo, couro cabeludo ou folículo piloso.

Essas condições podem ser de natureza genética, hormonal, nutricional ou relacionada a hábitos, fatores externos, doenças e questões médicas.

É normal perder cabelo todos os dias?

O fio de cabelo possui um ciclo de renovação que varia entre 2 a 8 anos.

Como cada fio tem uma idade e ciclo independentes, é normal sempre ter cabelos caindo e outros nascendo.

Devido ao processo natural de troca dos fios, é normal ter queda de até 100 fios de cabelo por dia.

Quais são os tipos de queda de cabelo?

Os principais tipos de queda de cabelo são: eflúvio capilar, alopecia androgenética, alopecia areata e alopecias cicatriciais.

A queda de cabelo pode ser tratada?

Sim, existem diversos tratamentos comprovadamente seguros e eficazes para controlar a queda.

A opção mais adequada vai depender da causa e tipo de queda de cabelo.

O que é bom para queda de cabelo?

Algumas boas práticas para evitar a queda de cabelo incluem manter uma alimentação equilibrada, fazer exercícios físicos regularmente, parar de fumar, controlar o estresse e cuidar do couro cabeludo.

A alimentação pode influenciar na queda de cabelo?

Sim, a alimentação influencia a queda de cabelo porque tanto o excesso quanto a falta de vitaminas e minerais podem contribuir para o cabelo cair.

O estresse pode causar queda de cabelo?

Sim, o estresse, seja ele físico ou emocional, desencadeia reações no organismo que danificam e enfraquecem as células do folículo piloso, favorecendo a queda de cabelo.

A genética tem um papel na queda de cabelo?

Sim, a genética é responsável por até 70% do quadro de alopecia androgênica, uma das principais causas de queda de cabelo.

Existem remédios caseiros eficazes para queda de cabelo?

Sim, uma boa alimentação, com frutas, verduras, legumes, carnes, lácteos, ovos e grãos pode fornecer os nutrientes necessários para se ter um cabelo saudável.

Além disso, cuidados com o couro cabeludo como lavar com a frequência e produtos adequados ajudam a controlar a queda.

Quando devo procurar um médico sobre a queda de cabelo?

Um médico deve ser procurado sempre que a queda for persistente, intensa ou se acompanhar de sinais de alerta como mudança nas características dos fios, afinamento, perda de volume, falhas, dor, descamação, espinhas ou manchas no couro cabeludo.

 

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621

Médico formado pela UNICAMP e dermatologista pela USP, com mais de 10 anos de experiência no tratamento de problemas capilares e do couro cabeludo. Integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein e Sírio-Libanês.


Posts Relacionados

Como tratar os diferentes graus de calvície masculina e feminina?
Existem variações no tratamento da perda capilar masculina e feminina de acordo com os diferentes... (Leia mais)
Vitamina para queda de cabelo feminino: qual escolher?
O uso indiscriminado de complexos de vitamina para queda de cabelo feminino pode trazer riscos... (Leia mais)
Como funcionam os fitoquímicos capilares?
A ciência e a indústria farmacêutica buscam mais do que nunca encontrar novos fitoquímicos capilares.... (Leia mais)

Deixe um comentário

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *