Sensibilidade na cabeça: causa, diagnóstico e tratamento
A queixa de sensibilidade na cabeça é mais comum do que se imagina.
Na população em geral, estudos estimam que 25 a 70% das pessoas apresentem esse desconforto.
Em mulheres, aliás, a sensibilidade na cabeça chega a ser 10 a 30% mais frequente do que nos homens.
Além da sensação desagradável, o couro cabeludo sensível também pode se relacionar à queda de cabelo em alguns casos.
Por isso, é importante ficar atento a outros sinais e sintomas na hora de avaliar essa condição.
Entender o contexto geral, incluindo possíveis alterações físicas e momento de vida do paciente, ajuda no diagnóstico e resolução do quadro.
Quais são as causas da sensibilidade na cabeça?
Embora seja uma situação frustrante, nem sempre se encontra uma razão para se ter o couro cabeludo sensível.
Nesses casos, diz-se que o quadro é primário, ou seja, ele ocorre sem um motivo aparente.
A forma primária pode ocorrer de modo isolado ou ser acompanhada de queda de cabelo.
Quando isso acontece, ela aparece em qualquer tipo de alopecia, como androgenética ou areata, por exemplo.
Por outro lado, o couro cabeludo sensível também pode ser um sintoma de algum problema cutâneo subjacente.
Dentre as causas de sensibilidade da cabeça secundárias a doenças de pele tem-se:
- dermatite seborreica;
- psoríase;
- dermatite atópica;
- eczema de contato;
- foliculite;
- líquen plano pilar;
- pediculose ou piolho;
- micose do couro cabeludo.
Além das patologias cutâneas, diversos problemas neurológicos como neuropatias e cefaleias também podem causar essa sensação. Esse é o caso, por exemplo, da neuropatia pós-herpética e da neuralgia occipital.
A neuragia occipital é um tipo de dor de cabeça no qual há comprometimento dos nervos occipitais. Além da dor, os pacientes com essa cefaleia também podem apresentar o couro cabeludo sensível.
O mesmo ocorre após aparecimento de herpes zoster na região. A neuropatia pós-herpética tem intensidade e duração variáveis, sendo uma das possibilidades para desenvolver tal sintoma.
Por fim, a sensibilidade na cabeça pode ainda ser decorrente de alguns hábitos de vida e agentes externos como:
- trauma;
- exposição solar excessiva;
- tração por penteados e apliques;
- queimadura por química;
- uso excessivo de aparelhos térmicos;
- produtos capilares impróprios;
- estresse.
Diante de tantas possibilidades, parece difícil distinguir porque o couro cabeludo está sensível.
Entretanto, alguns detalhes da história e exame físico do paciente podem ajudar a solucionar essa questão.
Sinais e sintomas associados
Quem tem couro cabeludo sensível dificilmente não apresenta outras alterações como coceira, caspa, dor, ardência, formigamento, irritação, inchaço ou vermelhidão.
Embora a sensibilidade na cabeça seja semelhante, a presença de outros sinais e sintomas ajuda a direcionar a investigação.
Evidências de inflamação local ou queda de cabelo, por exemplo, são indicativos de uma doença cutânea subjacente.
Por sua vez, dificilmente a sensibilidade na cabeça é decorrente de um câncer.
Mesmo assim, embora improvável, é bom sempre examinar cuidadosamente o couro para descartar essa possibilidade.
Diagnóstico
A anamnese e o exame dermatológico são os primeiros passos para se chegar à raiz do problema.
No histórico do paciente, vale interrogar sobre produtos e rotina capilar, tratamentos químicos, problemas de saúde e hábitos de vida.
Já o exame físico permite visualizar se há sinais de inflamação, descamação, espinhas ou alguma ferida próxima ao local sensível.
Um outro exame que colabora muito com o diagnóstico é a dermatoscopia ou tricoscopia. Através desse exame com lentes de grande aumento, o médico consegue avaliar o couro cabeludo com mais precisão.
Em casos excepcionais, uma biópsia cutânea pode ser necessária para esclarecer o diagnóstico.
Exames de sangue geralmente não são necessários na investigação da sensibilidade na cabeça.
Prevenção
Existem algumas recomendações gerais para cuidar do couro cabeludo sensível.
Essas dicas servem tanto para evitar como amenizar a piora do quadro.
Dentre as orientações para reduzir a sensibilidade na cabeça, tem-se:
- lavar o couro cabeludo na frequência certa, principalmente se houver alguma patologia cutânea;
- escolher produtos capilares com ph e composição mais compatíveis com a pele do couro;
- evitar aplicar gelo, pomadas ou qualquer receita caseira no local;
- atenção a penteados muito apertados, apliques ou outros estressores do couro cabeludo;
- proteger-se do Sol com chapéus ou bonés;
- diminuir a realização de tratamentos químicos como luzes, tintura ou métodos de alisamento;
- ter cuidado com o uso de aparelhos térmicos;
- evitar manipulação excessiva do cabelo ou do couro;
- não cutucar ou arrancar casquinhas na cabeça;
- reduzir o estresse no dia a dia.
O cumprimento dessas medidas pode ajudar a trazer alívio e melhora da qualidade de vida do paciente.
Mas, no caso de persistência dos sintomas, é aconselhável buscar ajuda médica.
Tratamento da sensibilidade na cabeça
Antes de discutir como tratar o couro cabeludo sensível, é preciso esclarecer as causas por trás de tal sintoma.
Dessa forma, o tratamento vai variar de acordo com o tipo, gravidade e intensidade da patologia.
Algumas abordagens terapêuticas para sensibilidade na cabeça incluem pomada, loção, xampus específicos ou até antibióticos e corticoides orais.
No caso de haver uma doença neurológica, pode ser necessário se usar remédios neurolépticos, anticonvulsivantes ou antidepressivos.
Além do tratamento medicamentoso, recomenda-se um acompanhamento psicoterápico e psiquiátrico dependendo do comprometimento da saúde mental do paciente.
Sensibilidade na cabeça: o que fazer?
O primeiro passo para curar o couro cabeludo sensível é saber qual a causa do problema.
Dermatites e outras patologias cutâneas são as principais razões de se ter sensibilidade na cabeça.
Portanto, a investigação se inicia por um médico especialista em couro cabeludo.
Somente após uma avaliação ampla e cuidadosa, torna-se possível identificar e tratar as causas dermatológicas da sensibilidade.
Além disso, é mais lógico e prudente excluir alterações na pele antes de se iniciar a busca por causas neurológicas do sintoma.
Portanto, se você está com sensibilidade na cabeça e não sabe por onde começar, entre em contato conosco!
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Dr. Nilton de Ávila Reis
CRM: 115852/SP | RQE 32621
Dr.Nílton, Parabéns pelo site e blog. Muito bom. O mais esclarecedor e completo que já vi. No meu caso começou com dor no couro cabeludo seguido de queda, sem diagnóstico. Após muitos papers e A.I sei q tenho tricodinia – inflamação neurogênica (aumento da substância P) que estão ligadas as fibras nervosas tipo C. Pude ter a certeza, através da correlação de outros sinais como: hiperosmia, burning mouth syndrome, ardência nos seios nasais, desidrose (indireta), incômodo, dor e calor nas pernas mãos. Estes episódios se tornaram mais intensos na covid e na dengue. Eu pratico atividade física 5x por semana, me alimento muito bem, suplemento, omega, zinco, vit C e colágeno. Sei que o tratamento é multidisciplinar. Tb sei que o nervo vago contribui para antagonizar a substância P. Atualmente estou com uma queda severa. Preciso parar a queda. Gostaria de saber por onde começar. Dr Nilton, estou muito grata pelos seus ensinamentos, pelo sua atenção e tempo. Grata Fabia Lopes. ☀️
Olá, Fabia
Primeiramente obrigado pelo comentário e parabéns pelo seu grau de informação sobre o tema.
Além da tricodínia (https://clinicadoppio.com.br/tricodinia-dor-no-couro-cabeludo-e-queda-de-cabelo/), existem muitas causas para queda de cabelo (https://clinicadoppio.com.br/causas-de-queda-de-cabelo-em-homens/) e dor no couro cabeludo.
Entretanto, não é possível determinar o motivo da sua queda e dor sem antes passar por uma avaliação médica especializada.
Somente após avaliação completa (https://clinicadoppio.com.br/diagnostico-e-exames-para-queda-de-cabelo/), com análise do fio de cabelo, couro cabeludo e exames de sangue, é possível saber o que está provocando esses sintomas.
Portanto, sugiro que agende uma consulta com um médico especialista.
Caso queira mais informações, entre em contato conosco pelo número (11) 38539175.
Estamos à disposição para ajudá-la.