Como tratar os diferentes graus de calvície masculina e feminina?

Existem variações no tratamento da perda capilar masculina e feminina de acordo com os diferentes graus de calvície.
A principal causa de calvície em homens e mulheres é a alopecia androgenética.
Nessa condição, os fios de cabelo vão se tornando cada vez mais finos e curtos até desaparecerem completamente.
Esse processo, chamado de miniaturização, tem participação de hormônios masculinos como a testosterona e di-hidrotestosterona (DHT).
Sob ação desses hormônios andrógenos, os folículos pilosos vão enfraquecendo progressivamente, atrofiando, até haver interrupção definitiva do crescimento capilar.
Embora ocorra afinamento do cabelo em homens e mulheres, a apresentação e evolução da alopecia varia entre esses grupos.
Tanto é que existem tabelas específicas de avaliação dos diferentes graus de calvície em cada sexo.
Por isso, antes de discutir as opções de tratamento para alopecia, é preciso saber mais detalhes sobre essas classificações.
Quais são os graus de calvície masculina?
A escala de Norwood-Hamilton é universalmente aceita para descrever os estágios da calvície em homens, dividindo-a em sete fases principais:
- grau I: a linha frontal do cabelo permanece praticamente sem alterações ou com uma entrada bem leve;
- grau II: entradas mais visíveis, com perda simétrica do cabelo;
- grau III: as entradas se tornam bem evidentes, com áreas de calvície mais profundas para o centro da cabeça;
- grau IV: a perda capilar avança para a região da coroa (vértex), sobrando uma faixa de cabelo separando as falhas;
- grau V: as áreas calvas frontais e da coroa se expandem, reduzindo a faixa de cabelo que as separa;
- grau VI: as áreas calvas frontais e da coroa se fundem, formando uma única área de calvície extensa;
- grau VII: permanece apenas uma faixa estreita de cabelo nas laterais e na parte posterior da cabeça.
A adoção dessa tabela de representação visual dos diferentes graus de calvície masculina traz alguns benefícios.
Um deles é estabelecer padrões de referência para as pesquisas científicas e o diálogo entre médicos.
Além disso, a graduação da perda capilar masculina facilita a elaboração de protocolos de tratamento mais específicos.
Graus de calvície feminina
A alopecia androgenética acomete cerca de 12% das mulheres até os 30 anos, chegando a 40% após a menopausa.
Para tentar estratificar a perda de cabelo feminina, utilizam-se duas representações: a de Ludwig e a de Sinclair.
A escala de Ludwig descreve três estágios principais de alopecia feminina:
- grau I: afinamento leve do cabelo na região central do couro cabeludo, com pequeno alargamento da risca central;
- grau II: o afinamento se torna mais evidente, com alargamento moderado da risca central e aumento do número de fios finos e curtos;
- grau III: a região central do couro cabeludo fica quase completamente calva. Alargamento significativo da risca central, mas com preservação da linha frontal do cabelo.
Já a escala de Sinclair divide a calvície feminina em cinco graus:
- grau 1: cabelo normal;
- grau 2: leve abertura da risca central;
- grau 3: afinamento progressivo ao redor da linha central;
- grau 4: perda difusa na região superior do couro cabeludo;
- grau 5: perda capilar avançada no topo da cabeça.
Tratamento da alopecia masculina e feminina
Tanto em homens quanto em mulheres, a proposta de tratamento varia conforme os graus de calvície.
Em geral, quanto mais a calvície avança, mais recursos são necessários para tratá-la.
As opções variam entre medicações, procedimentos e cirurgia.
Remédios para calvície
Os medicamentos clássicos de tratamento da calvície em homens são a finasterida ou dutasterida e o minoxidil.
Já entre as mulheres, o minoxidil é o único remédio aprovado para esse fim, embora também se use frequentemente espironolactona.
Como se vê, o minodixil é um tratamento universal para a alopecia.
A ação do medicamento é estimular a proliferação de células do folículo, prolongando a fase anágena do ciclo capilar.
Embora até exista uma apresentação a 2% para mulheres, o minoxidil 5% tópico é o tratamento padrão-ouro para ambos os sexos.
Além de estimular a regeneração capilar, outra estratégia de tratamento da calvície é reduzir o efeito dos hormônios masculinos sobre os folículos.
Para homens, utilizam-se medicações como a finasterida ou a dutasterida.
Esses remédios funcionam como inibidores da enzima 5-alfa-redutase, reduzindo a conversão de testosterona em di-hidrotestosterona.
Já para mulheres, os medicamentos antiandrogênios incluem a espironolactona e os anticoncepcionais.
A decisão sobre o uso dessas medicações vai depender das condições de saúde dos pacientes e respectivos graus de calvície.
Terapias capilares para calvície
O uso de tecnologia ou procedimentos para tratar a alopecia tem indicação para ambos os sexos.
Existem diversas opções de terapias capilares, com diferentes graus de embasamento científico, eficácia e segurança.
O laser de baixa potência, por exemplo, tem aprovação das agências de saúde e comprovação por diversos estudos científicos.
Dentre os procedimentos injetáveis, encontram-se a mesoterapia, MMP, microagulhamento e o plasma rico em plaquetas (PRP).
Já a lista de técnicas questionáveis inclui o ozônio, carboxiterapia, ventosas, laser intravascular e soro capilar, além de outras.
Todas essas modalidades terapêuticas buscam estimular o crescimento capilar e otimizar a resposta ao tratamento farmacológico.
Transplante cirúrgico
O transplante capilar é um procedimento cirúrgico que visa reconstruir áreas calvas em homens.
O princípio dessa modalidade terapêutica é transferir folículos de áreas doadoras para preencher regiões sem cabelo.
As duas principais técnicas de transplante são a FUT (Follicular Unit Transplantation) e a FUE (Follicular Unit Extraction).
Tratamentos para os diferentes graus de calvície
A alopecia androgenética é uma condição progressiva, ou seja, ela vai se agravando com o tempo.
Desse modo, quanto antes se faz o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de se obter boas respostas.
Por outro lado, conforme a calvície avança, mais recursos são necessários para recuperar o volume e a densidade capilar.
Sendo assim, o tratamento muda de acordo com os diferentes graus de calvície, como se segue.
Tratamento para a calvície grau I
O manejo da calvície grau I tanto masculina quanto feminina inclui o uso de medicamentos com ou sem procedimentos.
Nos casos de alopecia leve, o tratamento tópico com minoxidil é uma boa escolha de primeira linha terapêutica.
A associação de inibidores da 5-alfaredutase em homens e fármacos orais antiandrogênicos nas mulheres vai depender da evolução e resposta ao minoxidil.
Em geral, com essas medicações controla-se boa parte dos casos iniciais de alopecia.
Porém, mesmo na calvície grau I, muitas vezes é necessário se associar terapias adjuvantes.
Tratamento para graus de calvície moderados: graus II e III
Quando a calvície avança e o couro cabeludo passa a ser visível, o uso de medicações isoladamente não costuma ser suficiente.
Desse modo, recomenda-se sempre que possível associar os medicamentos tópicos, orais e os procedimentos desde o início do tratamento.
Com isso, aumentam-se não só as chances de bloquear o avanço da calvície como também as possibilidades de revertê-la.
Tratamento da alopecia avançada
Quando a calvície está muito avançada, a única opção de tratamento para homens é o transplante cirúrgico.
Já o transplante capilar feminino não costuma trazer resultados satisfatórios porque a alopecia nas mulheres é difusa.
Por isso, ao contrário dos homens, elas não apresentam áreas com boa qualidade de fios para doação.
No caso das mulheres com alopecia avançada, então, o recurso mais indicado é o uso de próteses capilares.
Por que é importante conhecer os diferentes graus de calvície?
Ao identificar o estágio no qual se encontra a alopecia, o médico pode planejar melhor as estratégias de tratamento dos pacientes.
Além disso, fica mais fácil alinhar expectativas às reais chances de reversão do quadro.
Portanto, antes de iniciar qualquer tentativa por conta própria, é bom conversar com um médico especialista.
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