Calvície: causas, tipos e tratamentos

A calvície é o resultado final de diversos processos que levam à perda do cabelo.

Existem várias formas de se ficar calvo, mas também múltiplas opções de tratamentos disponíveis.

Como cada condição de perda capilar tem suas próprias maneiras de tratar, é importante conhecer as principais causas da calvície.

Desse modo, ao entender porque se está ficando sem cabelo, torna-se mais fácil fazer escolhas e tomar condutas.

Por isso, é válido obter informações sobre o tema.

O que é calvície?

Calvície significa perda de cabelo. 

No meio médico e científico, o termo usado para se designar a calvície é alopecia.

Considerando-se que existem diferentes formas de se perder cabelo, também há vários tipos de alopecia.

Entretanto, independentemente do modo como se perdem os fios, a repercussão é semelhante.

Cabelo e saúde mental

Na sociedade, o cabelo tem uma importância cultural significativa, representando saúde, juventude e vitalidade.

Por outro lado, a calvície é capaz de influenciar a qualidade de vida, saúde mental e autoestima das pessoas.

Segundo estudos, mulheres com alopecia sofrem mais sequelas, como perda de confiança e da imagem que fazem de si mesmas. Em um desses trabalhos, 88% das mulheres com perda capilar afirmaram que isso influenciava negativamente suas vidas no dia a dia.

Esse dado faz muito sentido, já que o cabelo faz parte da identidade feminina.

Por isso, 70% das mulheres com perda capilar se dizem muito ou extremamente incomodadas com essa situação, segundo dados.

Além disso, há ainda a preocupação com consequências graves e distúrbios emocionais relacionados à calvície. 

De acordo com uma outra pesquisa, 40% das mulheres com alopecia revelam ter problemas conjugais por conta da perda capilar. Cerca de 63% delas ainda relatam prejuízos na carreira profissional devido à calvície.

Com os homens não é diferente.

Eles também enfrentam baixa autoestima, além da dificuldade de ter relacionamentos ou emprego, especialmente os mais jovens.

Isso fica bem claro em pesquisas sobre comportamento e qualidade de vida em pacientes com alopecia.

Em um trabalho americano, por exemplo, 60% dos voluntários com calvície relatam já terem sido ridicularizados por isso.

Desse modo, não é de se estranhar que pacientes com alopecia desenvolvam mais transtornos psiquiátricos.

Conforme levantamentos científicos, pessoas com alopecia têm mais risco de apresentar depressão grave, ansiedade, fobia social e distúrbios paranoides.

Tipos de calvície

Não há só uma forma para se ficar calvo.

Embora aparentemente o resultado possa ser semelhante, há diversos mecanismos capazes de gerar calvície.

Em comum, todos eles cursam com a extinção do folículo piloso.

Mas a maneira com que esses fios são eliminados varia, dando origem às diferentes formas de alopecia.

Dentre os principais tipos de calvície estão:

  • alopecia androgenética;
  • alopecia areata;
  • alopecia senil;
  • líquen planopilar;
  • alopecia frontal fibrosante;
  • tricotilomania;
  • alopecia de tração;
  • alopecia de pressão;
  • lúpus eritematoso crônico discoide;
  • alopecia central centrífuga;
  • pseudopelada de Brocq;
  • alopecia triangular congênita;
  • foliculite decalvante;
  • foliculite dissecante;
  • foliculite queloidiana da nuca.

Cada uma dessas entidades tem causas, padrão de perda de cabelo, tratamentos e prognósticos diferentes.

Para simplificar, a comunidade médica divide os diferentes tipos de calvície em alopecias cicatriciais e não cicatriciais.

Alopecias não cicatriciais

As principais representantes das alopecias não cicatriciais são a alopecia androgenética, alopecia areata e alopecia senil.

Nesses três tipos de calvície, o processo de perda capilar não se acompanha de formação de fibrose.

Assim, a pele da área calva não tem aspecto de cicatriz, sendo aparentemente normal.

Além disso, como não há substituição do folículo por fibrose nesse tipo de calvície, há mais chances de recuperar o cabelo.

A seguir, mais informações sobre esses tipos de calvície.

Alopecia androgenética

De longe, a alopecia androgênica é a principal forma de calvície tanto em homens quanto em mulheres.

Por isso, frequentemente se usam as palavras calvície e alopecia androgenética como sinônimos.

Não é para menos.

Segundo estudos, até 80% dos homens apresentam calvície genética com o avançar da idade.

Já nas mulheres, os dados de prevalência da alopecia variam entre 27 a 40%, sendo mais alta após a menopausa.

Na alopecia androgenética, antes de ficar completamente calvo, os fios vão afinando e encurtando aos poucos.

Esse processo, chamado de miniaturização, ocorre em pessoas com predisposição genética a partir da puberdade, por conta da elevação dos hormônios masculinos.

Como se trata de uma perda progressiva e lenta, muitas vezes ela só se torna perceptível já no final da adolescência.

Em geral, quando já há sinais de calvície antes dos 30 anos, diz-se que ela é precoce.

A calvície antes dos 20 anos costuma ser ainda mais grave, com uma evolução mais rápida e extensa. 

Quanto antes se reconhece a calvície, mais fácil fica de se interromper sua evolução e recuperar o cabelo.

Por isso, é bom ficar atento aos sinais de calvície como:

  • mudança no formato, textura, curvatura, comprimento ou cor do cabelo;
  • dificuldade de arrumar o cabelo;
  • afinamento dos fios;
  • couro cabeludo mais aparente, especialmente  quando se molha a cabeça;
  • aparecimento de entradas ou coroa;
  • alargamento da risca quando se reparte o cabelo ao meio;
  • cabelos embaraçando mais nas pontas;
  • aumento do frizz;
  • perda do volume capilar;
  • queda de cabelo.

A presença de qualquer um desses sinais indica a possibilidade se estar desenvolvendo alopecia androgenética.

Alopecia areata

A alopecia areata é o segundo tipo de calvície mais frequente no planeta, acometendo cerca de 2% da população mundial.

A doença atinge homens e mulheres igualmente, podendo se desenvolver em qualquer idade.

A manifestação mais comum da alopecia areata é como falha redonda única ou múltipla no couro cabeludo.

O buraco costuma aparecer da noite pro dia como resultado de uma queda de cabelo abrupta e intensa.

A pele do local fica lisa, mas sem sinais inflamatórios, descamação, coceira ou dor.

Além do couro cabeludo, pode haver falhas na barba, sobrancelhas, cílios ou qualquer outra área pilosa corporal.

Muitas vezes, as falhas têm remissão espontânea, ou seja, melhoram sozinhas.

Em parte dos casos, no entanto, as falhas progridem até cair todo o cabelo, caracterizando a alopecia total.

Quando além do cabelo caem cílios, sobrancelhas e o restante dos pelos do corpo tem-se a alopecia universal.

Alopecia senil

A alopecia senescente é o afinamento gradual dos fios com a idade.

Esse tipo de calvície acomete homens e mulheres a partir dos 35 anos e piora conforme se envelhece.

Trata-se de um processo natural, assim como acontece com outras estruturas do corpo, ficando mais evidente em idades avançadas.

Embora a alopecia senil também promova afinamento gradual como a alopecia androgenética, existem algumas diferenças.

A primeira delas é não ter predileção por homens ou mulheres.

Além disso, o afinamento da alopecia senescente é difuso e por igual. Dessa forma, não há o aparecimento de falhas localizadas ou diferença de calibre entre os fios.

Alopecias cicatriciais

O grupo das alopecias cicatriciais compreende doenças nas quais há destruição do folículo piloso e sua substituição por fibrose.

Por isso, o prognóstico nessas doenças é outro.

Em geral, quando se percebem as falhas no cabelo, os fios já caíram, deixando uma cicatriz no local.

A pele então fica mais fina ou espessa, dependendo do tipo de processo cicatricial.

Além disso, nas alopecias cicatriciais, ao caírem, os fios tendem a sumirem definitivamente.

Os principais tipos de alopecia cicatricial são:

  • líquen planopilar;  
  • alopecia frontal fibrosante;
  • tricotilomania; 
  • alopecia de tração;
  • lúpus eritematoso crônico discoide;
  • alopecia de pressão;
  • alopecia central centrífuga;
  • foliculite decalvante;
  • foliculite dissecante;
  • foliculite queloidiana da nuca.

Alopecias cicatriciais inflamatórias

Nesse tipo de calvície, a perda do cabelo ocorre por destruição do folículo piloso devido a doenças inflamatórias no couro.

Desse modo, além das falhas de cabelo, essas condições costumam apresentar vermelhidão com dor, ardência ou coceira local.

Dependendo do tipo de alopecia cicatricial, podem haver lesões somente ao redor dos fios, formar placas vermelhas ou espinhas.

As alopecias cicatriciais com lesões perifoliculares, vermelhidão ou formação de placa são o líquen planopilar, lúpus eritematoso cutâneo, alopecia central centrífuga.

Nas foliculites que cursam com calvície, a lesão elementar costuma ser a espinha ao redor do fio.

Na foliculite decalvante, ainda é possível se observar politriquia, ou seja, muitos fios saindo juntos do mesmo buraquinho no couro.

Por sua vez, na foliculite dissecante ou abscedante, formam-se caroços ou nódulos grandes, cheios de pus na cabeça.

Além das espinhas, as primeiras lesões da foliculite queloidiana da nuca são pequenas bolinhas duras que se juntam formando verdadeiras massas de tecido cicatricial.

Alopecias cicatriciais traumáticas

A inflamação não é a única forma de se extinguir os folículos pilosos substituindo-os por cicatrizes.

O trauma também é capaz de provocar calvície por destruir completamente a unidade folicular.

A perda capilar pode ocorrer tanto devido à intensidade quanto à duração do trauma.

Desse modo, o escalpelamento é um tipo de calvície traumática aguda grave. A alopecia, no caso, ocorre por avulsão abrupta do cabelo e couro cabeludo geralmente por motores de barcos.

Já na tricotilomania e na alopecia de tração, as falhas ocorrem como consequência de um longo período de cabelos tensionados.

Seja pelo peso do aplique, aperto dos penteados ou pelo ato compulsivo de arrancar os fios, o resultado é semelhante.

Além dos buracos, a alopecia cicatricial traumática ainda apresenta fios quebrados em diversos tamanhos e pequenas hemorragias no couro cabeludo.

Outro tipo de calvície por trauma é alopecia de pressão, na qual a perda capilar ocorre por compressão de vasos do couro.

A alopecia de pressão pode ocorrer em pessoas que usam muito fone de ouvido, acamados ou após uso de injetáveis no couro.

A queda de cabelo nesses casos pode ser transitória ou definitiva.

Principais causas de calvície

A perda de cabelo decorre de situações nas quais há comprometimento do folículo piloso.

Quando o dano ao bulbo é parcial, o fio fica mais fino e ralo.

Já com a queda ou destruição do folículo, o couro fica então com falhas aparentes.

Cada tipo de calvície tem seus fatores desencadeantes e agravantes. 

Os fatores agravantes são aqueles que, embora possam acelerar o processo, por si só não levam à alopecia. 

Já os fatores desencadeantes são os os responsáveis pela perda capilar em si.

Dentre as principais causas de calvície, tem-se:

  • genética;
  • hormônios;
  • imunidade;
  • trauma;
  • remédios;
  • hábitos de vida.

Genética

A hereditariedade é o elemento de maior peso na determinação da calvície.

Na alopecia androgênica, por exemplo, o fator genético responde por 70% das chances de se ficar calvo. 

Nesse caso, a calvície decorre de alterações em diversos genes, como o do receptor andrógeno (AR).

Por muito tempo, o gene AR foi considerado o grande culpado pela tendência a ficar calvo.

Como esse gene se herda da mãe, antigamente se acreditava que a calvície vinha sempre do lado materno.

Entretanto, posteriormente, encontraram-se outros genes envolvidos no processo.

Então, hoje em dia, sabe-se que a calvície é uma herança polialélica, ou seja, dependente de vários genes.

Além da alopecia androgênica, a genética também tem participação em outros tipos de calvície como alopecia areata e alopecias cicatriciais.

Nessas doenças, no entanto, o padrão de herança e até mesmo peso do fator genético são menos conhecidos.

Por fim, há algumas doenças e síndromes genéticas que cursam com calvície como a alopecia triangular congênita, aplasia cútis e atriquia com pápulas.

Fator hormonal

Os hormônios exercem diversas funções cruciais para o organismo, inclusive para o cabelo.

Por isso,  é comum ter queda capilar quando há variações em hormônios como testosterona, estrógeno, progesterona, tiroxina, cortisol e prolactina. 

Inclusive, essas alterações hormonais causam a queda no pós-parto, menopausa, na troca de anticoncepcional, hiper ou hipotiroidismo ou no prolactinoma.

Embora todas essas situações favoreçam a queda do cabelo, nenhuma delas provoca calvície.

A perda de cabelo da calvície se relaciona diretamente aos hormônios andrógenos, ou seja, masculinos.

Assim, os principais hormônios responsáveis pela calvície são a testosterona e a di-hidrotestosterona (DHT)

Em pessoas com predisposição genética, os hormônios masculinos vão atrofiando progressivamente o folículo piloso.

Como resultado, o fio vai encolhendo e ficando mais fino até sumir completamente, deixando careca.

Um erro comum entre os pacientes é pensar que para ficar calvo é preciso ter níveis altos de testosterona ou DHT.

Níveis altos de andrógenos em pessoas calvas é exceção e não a regra.

Na verdade, a grande maioria dos pacientes com calvície apresenta níveis normais ou até baixos de hormônios masculinos.

Entretanto, qualquer tipo de reposição ou modulação hormonal com testosterona, mesmo em gel, ou uso de anabolizantes aceleram a calvície.

Além da testosterona e DHT, outros hormônios masculinos também podem agravar quadros de calvície genética. Esse é o caso, por exemplo, da deidroepiandrosterona (DHEA), androstenediona e até de alguns tipos de progesterona como o levonogestrel (DIU Mirena, Kyleena), etonogestrel (Implanon) e a gestrinona.

Doenças autoimunes

Assim como outras partes do corpo, o cabelo também pode sofrer ataques do seu próprio sistema de defesa.

Por motivos não claros, nas doenças autoimunes, o corpo passa a não reconhecer seus órgãos e estruturas, atacando-os. É o caso, por exemplo, do vitiligo, tireoidite de Hashimoto, diabetes tipo I e artrite reumatoide.

Na área capilar, a principal causa autoimune de calvície é a alopecia areata.

Nessa condição, o alvo do sistema imunológico passa a ser o folículo piloso, seja do couro ou do corpo.

Ao não reconhecer os folículos de certas áreas, o corpo passa a atacá-los e destruí-los, provocando quebra e queda de cabelo.

O resultado é o aparecimento de falhas redondas na cabeça, barba ou em outras áreas pilosas.

Dependendo da extensão do acometimento, pode haver queda de todos os folículos do corpo, caracterizando a alopecia areata universal.

A calvície da alopecia areata pode ser temporária, com volta dos cabelos, ou se manter indefinidamente.

Não há como prever sua extensão, evolução e duração.

Uma outra doença autoimune capaz de causar calvície é o lúpus eritematoso cutâneo.

No lúpus, o corpo produz marcadores, chamados anticorpos, que ao se depositarem nos tecidos provocam inflamação do local.

No caso do lúpus cutâneo, a presença dos anticorpos no couro cabeludo gera uma maciça destruição e fibrose dos folículos.

Desse modo, o lúpus eritematoso discoide causa calvície definitiva do tipo alopecia cicatricial.

Além da alopecia areata e lúpus, alguns autores também consideram o líquen planopilar como uma outra forma de calvície autoimune.

Calvície traumática

O trauma da raiz do cabelo também pode causar calvície.

Dependendo da intensidade e duração do agente traumático, tem-se uma perda capilar temporária ou definitiva.

Alguns exemplos de calvície traumática incluem a alopecia de tração, tricotilomania, alopecia de pressão, queimaduras e escalpelamento.

Na alopecia de tração, a causa da calvície é a tensão intensa ou prolongada sobre o bulbo capilar.

De tanto puxar, apliques, extensões e penteados provocam o arrancamento e destruição do folículo, gerando alopecia parcial ou definitiva.

O mesmo ocorre na tricotilomania, na qual o paciente escolhe e arranca seus fios.

De tanto arrancar, os cabelos não voltam mais.

Outra forma de trauma capaz de gerar calvície é o escalpelamento, no qual há avulsão do cabelo ou couro cabeludo.

Nesse tipo de calvície traumática, o cabelo se prende a máquinas que puxam e arrancam o couro de uma vez.

O escalpelamento costuma ocorrer por acidente em pessoas com cabelo longo presos em motores de barco, de portões ou no trabalho.

Na alopecia de pressão, a compressão dos vasos do couro cabeludo por acessórios ou injetáveis provoca a queda do cabelo.

Por fim, outra forma de perder cabelos é por queimadura do couro cabeludo.

A queimadura, no caso, pode ser química ou térmica.

A queimadura química geralmente ocorre com produtos capilares como alisantes ou por acidentes com substâncias muito agressivas.

Já a queimadura térmica pode ocorrer tanto por chapinha quanto por qualquer outro objeto muito quente ou frio, como a crioterapia.

Dependendo da profundidade da queimadura, pode haver destruição dos folículos, gerando cicatriz e calvície permanente.

Remédios

Em geral, remédios causam queda de cabelo.

Na maior parte dos casos, essa queda é temporária, mesmo com medicações como para quimioterapia.

Entretanto, alguns medicamentos podem excepcionalmente causar alopecia cicatricial definitiva nos pacientes.

Esse é o caso de alguns quimioterápicos descritos em relatos científicos como, por exemplo,  busulfan, cisplatina, docetaxel e etoposide.

Hábitos de vida

O estilo de vida interfere na saúde e vitalidade dos cabelos.

Ter uma alimentação balanceada e diversificada ajuda no fornecimento de nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento dos fios.

Hábitos como fumar, dormir pouco e se automedicar também são prejudiciais ao cabelo.

Já em relação ao couro cabeludo, o problema está no agravamento de inflamações como a dermatite seborreica.

A piora da seborreia pode decorrer de algumas atitudes da rotina de cuidados capilares.

Esse é o caso, por exemplo, de não lavar o couro com a frequência ou produto adequados.

Outros costumes ruins para o couro são dormir ou prender o cabelo molhado e fazer umectação capilar noturna.

Na mesma linha, é ruim usar touca de cetim, boné ou outros acessórios que abafem a cabeça.

Por fim, o uso de Mega hair, apliques, tranças, rabo de cavalo ou outros penteados apertados pode causar calvície por tração.

Diferenças entre calvície masculina e feminina

A alopecia androgenética é a causa mais comum de perda de cabelos em homens e mulheres.

Embora em outros tipos de calvície não haja diferenças de apresentação ou evolução entre os sexos, na calvície genética elas existem.

A seguir serão descritas algumas diferenças entre calvície feminina e masculina.

Calvície masculina

A alopecia androgenética em homens tende a ser mais frequente, precoce e acentuada do que em mulheres.

Por isso, a calvície sempre foi vista como um traço masculino.

Afinal de contas, segundo estudos,  50% dos homens são calvos aos 50 anos.

A calvície masculina pode se iniciar na puberdade, ou seja, após aparecerem pelos grossos nas axilas e região genital.

Entre os adolescentes, não é tão infrequente ver jovens com sinais de calvície como entradas ou coroa. 

Antes disso, porém, os pacientes com calvície costumam notar dificuldade em arrumar seus cabelos, principalmente no topete.

Parte dessa sensação vem da mudança nas características do fio, que passa a ser menos definido, áspero e mais fino.

Além disso, a própria perda de densidade capilar colabora para gerar essa percepção.

Outra forma de homens notarem a calvície é quando passam a visualizar o couro ao molhar o cabelo.

Quanto mais cedo eles começam a apresentar essas alterações, mais rápida e extensa costumam ser a sua evolução para calvície.

Calvície feminina

A perda de cabelos em mulheres costuma ser mais tardia, lenta e difusa do que nos homens.

Embora meninas após a primeira menstruação já possam apresentar sinais de alopecia, ela é bem mais comum depois da menopausa.

Nas mulheres, a evolução da calvície costuma ser mais gradual e difusa, pegando todo o cabelo.

Por isso, muitas vezes as mulheres nem percebem que estão ficando calvas.

Os primeiros sinais da alopecia feminina costumam ser mudanças na forma e textura do cabelo, frizz ou embaraçamento das pontas.

A seguir, as mulheres notam uma redução do volume capilar pelo número de voltas no elástico e pelas falhas laterais.

Por fim, o couro fica mais evidente quando se reparte o cabelo ao meio ou com ele molhado, assumindo o aspecto de “árvore de natal”.

Graus de calvície masculina

Para padronizar a perda capilar em homens, criou-se uma escala visual com diferentes graus e padrões de calvície.

A escala de Norwood-Hamilton define 7 graus de calvície:

  • grau 1: quando não se nota ou há muito pouca perda de cabelo ou entradas;
  • grau 2: entradas leves;
  • grau 3: entradas profundas, com linha de linha implantação frontal em forma de “M” ou “U”;
  • grau 3 vértex: entradas profundas, com falha pequena na coroa (vértex);
  • grau 4: entradas profundas, com falha média na coroa;
  • grau 5: perda completa ou quase completa do topete, com falha grande na coroa;
  • grau 6: perda completa ou quase completa de cabelo em todo o topo da cabeça;
  • grau 7: perda completa ou quase completa de cabelo em todo o topo da cabeça, chegando quase na altura das orelhas. 

Graus da calvície feminina

Os estágios de alopecia em mulheres são definidos pela rarefação no topo da cabeça quando se penteia e reparte o cabelo ao meio.

Existem 2 tabelas utilizadas para definir o avanço da perda de cabelo feminina.

De acordo com a escala de Ludwig, os graus da calvície feminina são:

  • grau 1: leve alargamento da risca central, couro cabeludo pouco evidente;
  • grau 2: moderado alargamento da risca central, couro cabeludo evidente;
  • grau 3: topo da cabeça com fios esparsos e couro cabeludo bem evidente.

Já segundo a escala de Sinclair, a alopecia em mulheres possui os seguintes estágios:

  • estágio 1: normal;
  • estágio 2: alargamento da risca central;
  • estágio 3: alargamento da risca central com afinamento dos fios ao redor da risca;
  • estágio 4: perda de cabelo difusa no topo da cabeça;
  • estágio 5: perda de cabelo avançada.

Diagnóstico da calvície

Como existem diversas causas e tipos de calvície, é importante saber diferenciá-las antes de considerar o tratamento.

Mesmo porque as opções terapêuticas e chances de recuperar o cabelo variam de acordo com cada forma de alopecia.  

O primeiro passo para diagnóstico da calvície é a anamnese.

Durante essa fase, é importante saber rotinas capilares, hábitos de vida, condições de saúde, tratamentos anteriores e histórico familiar.

Após coletar essas dados, segue-se então para o exame clínico do cabelo e couro cabeludo.

Nessa fase, deve-se realizar o teste de tração, principalmente quando há queixa de queda de cabelo e a tricoscopia.

A tricoscopia é um exame de imagem que possibilita fazer a análise do fio de cabelo e couro cabeludo,  diferenciando os diversos tipos de calvície.

Na grande maioria das vezes, com esses passos, já se pode estabelecer o diagnóstico e propor o tratamento.

Em casos excepcionais, no entanto, pode ser necessário se realizar uma biópsia do couro cabeludo ou o tricograma.  

Exames de sangue geralmente são complementares, ou seja, não fazem o diagnóstico, mas ajudam a conduzir o caso de forma mais assertiva.

Tratamentos médicos para calvície

O objetivo do tratamento da calvície não é só interromper sua progressão, mas também recuperar os fios e melhorar a cobertura capilar.

Existem diversas opções terapêuticas para a alopecia, mas nem todas têm o mesmo grau de evidência científica.

No que diz respeito às modalidades de tratamento da calvície, homens e mulheres diferem apenas nos medicamentos orais.

Enquanto a finasterida é o principal remédio oral para tratar a calvície masculina, na mulher utilizam-se anti-andrógenos como anticoncepcionais e espironolactona.

O restante do tratamento é semelhante para homens e mulheres.

Ambos dispõem de uma série de recursos, como os descritos a seguir.

Remédios para calvície

Minoxidil

O minoxidil tópico é um medicamento aprovado por agências de saúde para tratar a calvície masculina e feminina.

Embora também possa ser manipulado para uso oral, ele não é regulamentado para tratamento da alopecia.

Por isso, não consta na bula do minoxidil comprimido essa indicação.

O mecanismo de ação do minoxidil na calvície não é totalmente conhecido.

Entretanto, sabe-se que ele recupera folículos miniaturizados e segura os fios em fase de crescimento, reduzindo a queda.

As loções capilares disponíveis no Brasil contêm minoxidil 5%, para uso masculino e feminino.

A quantidade de produto e número de aplicações dependem da extensão e grau da rarefação capilar, além das condições do couro.

Os principais efeitos colaterais do minoxidil tópico são vermelhidão, ardência, caspa, dor, coceira e queda de cabelo.

Já as reações adversas do minoxidil oral incluem aumento de pelos faciais e corporais, queda de pressão, desmaio e problemas cardíacos.

Finasterida

A finasterida é um medicamento oral para tratamento da calvície masculina, sem aprovação para uso na alopecia feminina, para aplicação tópica ou injetável.

O remédio inibe a enzima 5-alfaredutase tipo II, diminuindo em até 70% a conversão do hormônio testosterona em DHT. Dessa forma, ao reduzir o DHT, há uma diminuição na progressão do ritmo de miniaturização e progressão da calvície masculina.

A indicação para homens com calvície é tomar 1 comprimido de finasterida 1 mg ao dia, continuamente.

A finasterida é segura e bem tolerada.

Embora incomuns, os efeitos colaterais mais temidos da finasterida são a impotência e perda da libido.

Dutasterida

A dutasterida também tem aprovação da ANVISA para tratar a calvície em homens, mas não em mulheres.

Assim como a finasterida, ela reduz os níveis do hormônio DHT no sangue. Porém, por bloquear as enzimas 5-alfaredutase tipo I e II, essa redução pode chegar a cerca de 90%.

A dose de dutasterida é de um comprimido de 0,5 mg ao dia.

Os efeitos colaterais são semelhantes ao da finasterida.

Latanoprosta e bimatoprosta

A latanoprosta é um análogo de prostaglandina F2 presente em colírios para glaucoma.

Em alguns testes, o medicamento se mostrou capaz de prolongar a fase de crescimento do fio.

Dessa forma, ele passou a ser uma alternativa off-label, ou seja, sem respaldo das agências de saúde.

Shampoo de cetoconazol

O cetoconazol é um medicamento antifúngico para tratamento de micoses.

O composto está disponível em diversas versões como, por exemplo, comprimido, creme e shampoo.

O shampoo de cetoconazol 2% é um clássico tratamento para controle da caspa por dermatite seborreica.

Além disso, em alguns dados da literatura sugerem que o cetoconazol também tenha atividade anti-androgênica.

Por isso, ele é uma das alternativas terapêuticas para casos de alopecia masculina e feminina.

Alfaestradiol

Existem alguns tônicos capilares para tratamento da calvície contendo alfaestradiol.

O alfaestradiol é um tipo de estrogênio, hormônio sexual feminino.

Ele possui fraca ação anti-androgênica, com testes também indicando efeito sobre a 5-alfaredutase.

Por isso, ele está presente em algumas loções capilares para tratamento da calvície masculina e feminina.

Anticoncepcionais hormonais

Existem diversos métodos anticonceptivos, sendo os hormonais um dos mais populares.

Alguns anticoncepcionais orais contêm progesteronas, como a ciproterona, capazes de reduzir os níveis e a ação da testosterona no cabelo.

Dessa forma, eles podem ser uma boa opção de tratamento complementar para a calvície em mulheres.

Espironolactona

A espironolactona é um medicamento diurético utilizado para tratamento da pressão alta.

Contudo, além de ser anti-hipertensivo, a espironolactona também tem propriedades anti-androgênicas.

Seu mecanismo de ação envolve a redução da disponibilidade e ação dos hormônios masculinos.

Por isso, ela também faz parte da lista de tratamentos off label da calvície feminina na versão oral. A espironolactona tópica não tem o mesmo grau de evidência.

Remédios manipulados

Existem diversos ativos na indústria magistral para tratar calvície. Dentre eles estão, por exemplo, Saw Palmetto, androtase, actrisave, Sfingoni e bioex.

Embora essas substâncias não tenham um bom grau de evidência científica, eles frequentemente estão presentes em fórmulas de manipulação.

Novos medicamentos em estudo

Alguns novos compostos para tratamento da calvície ainda se encontram em fase de estudos. Esse é o caso da pirilutamida, bicalutamida e clascoterona.

Embora promissores, esses medicamentos ainda estão passando por testes de eficácia e segurança.

Aparelhos e procedimentos para tratamento da calvície

Ao contrário de alguns medicamento orais, todas as tecnologias e técnicas a seguir podem ser utilizadas em homens e mulheres.

Laser capilar

A fototerapia é uma modalidade terapêutica com bom grau de embasamento científico e regulamentação para tratamento da calvície.

O laser capilar tem atividade anti-inflamatória e estimula a proliferação de células do folículo piloso, promovendo o desenvolvimento capilar.

Desde que utilizado corretamente, ele é bem seguro e apresenta baixíssimo grau de efeitos colaterais.

Por todos esses benefícios, o laser de baixa potência é uma das mais populares tecnologias para tratamento da calvície.

Transplante capilar

O transplante cirúrgico é a opção terapêutica de escolha para casos avançados de alopecia androgenética masculina.

Nesse tipo de procedimento, coletam-se unidades foliculares de áreas doadoras, como a nuca, para depois implantá-los nas falhas de cabelo.

As duas principais técnicas de extração dos folículos são a FUT e a FUE. Nos últimos anos, a tendência é os pacientes e médicos preferirem a FUE por conta do melhor aspecto da cicatriz.

Mulheres não são boas candidatas ao transplante capilar porque apresentam alopecia difusa, sem possíveis áreas doadoras.

As principais complicações do transplante capilar são resultados ou cicatrizes inestéticas, sangramento, shock loss, infecção, foliculite e perda do cabelo.

Microagulhamento

O uso de rolinhos ou canetas com agulhas visa criar traumas mínimos na pele para desencadear a cicatrização.

A proposta, no caso, é atrair para o local moléculas que favoreçam a proliferação das células foliculares. 

Um outro mecanismo de ação do microagulhamento capilar seria abrir pequenos canais para facilitar a penetração de ativos como o minoxidil.

Os principais riscos do procedimento são infecção, inchaço, dor, sangramento e queda de cabelo.

Laser fracionado

O uso do laser de CO2 fracionado no couro cabeludo segue o mesmo princípio do microagulhamento.

Seja pela liberação de fatores de crescimento ou pelo sistema de drug delivery, a ideia é estimular o crescimento capilar.

O método sangra menos do que o microagulhamento, mas os custos também costumam ser maiores.

A opção pelo laser, no caso, é mais por uma questão de disponibilidade por parte do médico.

Mesoterapia, MMP ou intradermoterapia

A mesoterapia capilar é uma técnica tratamento injetável para calvície.

A proposta do método é inocular no couro cabeludo ativos, medicamentos e substâncias capazes de combater a alopecia.

Dessa forma, ao colocar todos esses compostos bem próximos do folículo, espera-se melhorar a eficácia e segurança dos produtos.

Na prática, no entanto, faltam dados e protocolos de tratamento, mas não faltam relatos de complicações.

casos de abscessos e até alopecia definitiva após MMP ou intradermoterapia capilar.

Plasma rico em plaquetas (PRP)

O plasma rico em plaquetas (PRP) é uma técnica injetável na qual se aplica frações do próprio sangue do paciente.

Para preparar a solução é preciso coletar o sangue, centrifugar e separar o plasma e as plaquetas.

A seguir, esse preparado é injetado nas áreas do couro cabeludo com menos cabelo.

A ideia do procedimento é aumentar o aporte de fatores de crescimento e outras citocinas necessárias para o desenvolvimento capilar.

Alguns estudos sugerem que o PRP pode oferecer algum benefício para o tratamento da calvície.

As principais complicações do procedimento são dor, sangramento, inchaço do local.

Transplante de células-tronco

As células pluripotentes são células capazes de se diferenciar em qualquer tecido ou estrutura do corpo.

Dessa forma, elas podem reparar ou refazer órgãos dos mais diversos tipos, inclusive o fio de cabelo.

O problema da calvície, seja ela por alopecia androgenética ou cicatricial, é justamente a perda dessas células.

Sem as suas células-tronco, o folículo perde a capacidade de se regenerar, extinguindo-se permanentemente.

Novas técnicas terapêuticas vêm tentando repor essas células estaminais.

Uma dessas técnicas é o transplante de células-tronco a partir de tecidos obtidos através de biópsia da pele.

Após retirar um fragmento da pele, fragmenta-se o tecido com aparelhos como o Rigenera para depois injetar no couro.

A ideia é promissora, mas os resultados ainda não são conclusivos.

Os principais riscos incluem dor, inchaço e sangramento, além da cicatriz.

Exossomos capilares

Os exossomos são micelas, ou seja, sacos extremamente pequenos que funcionam como transportadores celulares.

Desse modo, eles carregam pedaços de informação e material para comunicação e reparação de células.

Por serem estruturas formadas a partir de invaginações das membranas celulares, o organismo não os rejeita.

Por isso, eles caminham livremente entre as células, entrando nos alvos onde precisam agir. 

O tratamento com exossomos capilares visa utilizar dessas estruturas para enviar “mensagens” de comando para o folículo.

Dessa forma, seria possível controlar o crescimento e atividade do fio, regenerando o cabelo.

Embora a proposta seja interessante, o procedimento ainda está na fase experimental, não sendo viável para tratamento da calvície.

Enxerto de gordura no couro cabeludo

A gordura corporal é um tecido rico em células-tronco.

Por conta disso, alguns médicos vêm fazendo enxerto de células de gordura no couro cabeludo.

O material geralmente é obtido por lipoaspiração do abdome para depois ser injetado nas falhas de cabelo.

A técnica pode ou não se acompanhar do transplante capilar.

Clonagem capilar

Para se candidatar a fazer o transplante capilar, é preciso ter uma boa densidade capilar nas áreas doadoras.

Entretanto, nem todo homem tem uma quantidade suficiente de fios para cobrir as falhas do topo da cabeça.

Tentando solucionar essa limitação, pesquisadores vêm buscando clonar folículos em laboratórios para aumentar sua disponibilidade e viabilizar o implante capilar.

Se der certo, esse pode ser um grande avanço no tratamento da calvície.

Recursos não médicos para alopecia

Além dos remédios e procedimentos para tratar a perda capilar, há ainda algumas opções para disfarçar a calvície.

Alguns desses recursos incluem: maquiagem ou pós como o Toppik, micropigmentação do couro, implante de fios sintéticos e próteses capilares.

Prevenção

A melhor forma de prevenir a calvície é notar o seu aparecimento, diagnosticar e tratar o mais cedo possível.

Por se tratar de um processo progressivo, quanto antes se adotam as medidas corretas, maiores são as chances de voltar a ter cabelo.

Alguns outros cuidados podem ajudar a melhorar a saúde capilar e evitar o agravamento da calvície.

Embora erros alimentares não causem calvície, deficiências nutricionais podem dificultar o tratamento e colaborar para a queda de cabelo.

Por isso, é importante manter uma dieta equilibrada para que não faltem vitaminas e minerais para os fios.

O uso de suplementos alimentares para o cabelo pode ajudar, mas é preciso ter cautela. Isso porque o excesso de vitaminas e minerais também pode provocar queda e comprometer a saúde capilar.

Hábitos como fumar, ser sedentário, dormir mal ou situações de estresse tendem a agravar a calvície.

Por isso, vale a pena investir no bem-estar e cuidados com o corpo e com a mente.

Outra linha de medidas preventivas para a alopecia masculina e feminina diz respeito ao couro cabeludo.

A seborreia pode agravar a queda de cabelo e calvície.

Desse modo, é fundamental adotar uma rotina de cuidados com o couro cabeludo.

A primeira delas é lavar a cabeça com mais frequência usando um shampoo de couro cabeludo adequado.

Além disso, não se deve permanecer com o couro úmido ou abafado por muito tempo.

Assim, é bom não dormir nem prender o cabelo molhado, restringir boné, capacete ou touca de cetim.

Certos penteados como tranças e Mega hair podem tracionar demais o fio, devendo ser evitados.

Também é preciso ter cuidado com acessórios que apertem a cabeça como headsets ou procedimentos injetáveis para não ocluírem os vasos do couro.

Calvície masculina ou feminina: o que fazer? 

Existem diversas causas e tipos de calvície tanto em homens quanto em mulheres.

A grande maioria dessas condições têm tratamentos capazes de interromper a perda capilar e até recuperar o cabelo.

Porém, para que isso seja possível, é essencial que se descubra e trate o quanto antes os fatores associados à calvície.

Portanto, se você está notando mudanças ou queda no seu cabelo, não perca tempo!

Faça-nos uma visita!

 

Perguntas mais frequentes sobre calvície

1) O que causa a calvície?

A principal forma de calvície em homens e mulheres é a alopecia androgenética, da qual participam fatores genéticos e hormonais.

2) A calvície é hereditária?

Sim, a hereditariedade responde por até 70% das chances de alguém ficar calvo.

A herança genética para calvície pode vir tanto do pai quanto da mãe.

3) A calvície afeta apenas homens?

Não, embora a calvície seja mais comum em homens, estudos indicam que até 40% das mulheres também tenham alopecia, principalmente após a menopausa.

4) Quais são os primeiros sinais da calvície?

A calvície se expressa de maneira diferente em homens e mulheres.

Nos homens, os primeiros sinais de calvície incluem dificuldade de arrumar o cabelo, entradas ou visualização do couro quando se molha a cabeça.

Já na alopecia feminina, os primeiros sinais costumam ser mudança do formato ou textura dos fios, frizz, cabelinhos curtos, pontas finas ou queda de cabelo.

5) A alimentação pode influenciar a calvície?

Sim, a falta ou excesso de nutrientes pode comprometer o crescimento e desenvolvimento do cabelo, resultando em sua queda.

Por sua vez, a queda pode acelerar a perda de cabelo.

6) O estresse pode causar calvície?

O estresse, seja ele físico ou emocional, está relacionado ao aparecimento de doenças autoimunes e inflamatórias capazes de causar ou acelerar a calvície em homens e mulheres.

7) A calvície é um sinal de problemas de saúde?

A calvície pode se relacionar a problemas como alterações hormonais, doenças genéticas e distúrbios autoimunes.

8) A calvície pode ser revertida?

Sim, com os tratamentos corretos é possível reverter a calvície e recuperar o volume do cabelo na maior parte dos casos.

Entretanto, dependendo do tipo e grau da calvície, pode ser necessário se fazer transplante capilar para recuperar os cabelos.

9) Existem tratamentos eficazes para a calvície?

Sim, existem tratamentos comprovadamente eficazes e seguros para tratar a calvície.

Dentre as opções estão remédios como a finasterida e o minoxidil, aparelhos como laser de baixa potência e procedimentos como o transplante capilar.

10) Quais são as opções de transplante capilar?  

Existem 2 técnicas principais de transplante capilar: FUT e FUE.

Na FUT, retira-se uma faixa de pele da nuca de onde se extraem os folículos a serem transplantados. 

Já na FUE, as unidades foliculares são retiradas uma a uma com instrumentos especiais, sem deixar cicatrizes ou falhas visíveis. 

A extração dos folículos na FUE pode ser manual ou por robô.

 

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621

Médico formado pela UNICAMP e dermatologista pela USP, com mais de 10 anos de experiência no tratamento de problemas capilares e do couro cabeludo. Integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein e Sírio-Libanês.


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